sábado, dezembro 22, 2007

Natal...

Andava por aqui...pensando no que escrever.
Tempo complicado esse de festas...dá mesmo uma espécie de bloqueio.
Leio e releio os meus amigos e parceiros de blog...
Parece que já há muito todos parecemos cada vez mais avessos a essas comemorações de um dia apenas. É verdade.
Talvez a gente tenha sido criado dentro de um pensamento perfeccionista a respeito das coisas que devem acontecer ao longo da nossa vida. Ou tenhamos andado a ler em demasia os contos de fadas, na infância.
Não sei...mas nada do que realmente é se parece com aquilo que a gente tinha em mente. Digo em termos de consciente coletivo...
Ontem falava com uma amigo que me dizia nem se importar de estar sozinho no dia de Natal. E não é só ele. São muitos. Cada dia mais.
Eu cá já preparei tantas festas de Natal, em toda a minha vida. E achava a maior graça.
Mas talvez fosse mais pelo brilho que via no olhar dos filhos, dos sobrinhos, quando pequenos. O gosto pelo abrir dos pacotes, pela ceia, pela festa de estarmos juntos, pela música, que sempre nos acompanhou vida afora.
É verdade.
Valia a pena.
Deve ser porque Natal tem que ter crianças prá ser mais Natal. Ou prá ser mesmo Natal.
Porque são eles que nos fazem reviver a magia do lúdico. Que a gente, no dia a dia e no afã de viver rapidamente, vai deixando de lado. E vai endurecendo...
E mesmo eles...quando já um pouco maiores, escolhem e já sabem o que terão dentro dos pacotes. Muitas vezes já os abriram muito antes da noite de Natal. Ou nem houve pacotes...nem surpresas.
Decididamente, precisamos de mais crianças sendo crianças neste nosso mundo. No Natal e quando não é Natal, também.
Ora...ora...não sei o que me deu...mas ando esquisita.
Saudosismo?
Pode ser...
O fato é que anda precisando acontecer alguma coisa diferente nos Natais...ou não? Será que a gente é que precisa dar uma reciclada? Ou a nossa criança interior andou amadurecendo depressa demais? Ou não estamos cuidando dela como deveríamos?
Nossa, é de fazer confusão, mesmo.
Queria que os meus netinhos pudessem viver ainda por muitos anos essa ilusão. Porque as ilusões são necessárias e não nasceram prá que um dia vivêssemos necessariamente o antônimo delas. A dona Helène sempre nos ensinou que precisávamos ter ilusões na vida. E a cada dia vejo mais que ela tava coberta de razão. Ilusões são feito os sonhos. Dão colorido aos dias.
Mas sei que um dia eles vão crescer...e, a menos que venham a ser algum Peter Pan perdido ao deixar a Terra do Nunca, vão acabar por se dar conta de que o dia de Natal é mesmo um dia, e só um dia. O mundo se encarrega de ensinar-lhes isso, infelizmente.

Mas tomara que também acabem por entender que o significado que este dia encerra pode e deve ser estendido a todos os outros dias do ano, da vida. Em qualidade de sentimentos e de atitudes de amor, de respeito, de solidariedade e de paz.
Como diz o Arsénio, Natal é quando um homem quiser. E ele também tem razão.
Se não é, deveria ser.

Estou plenamente convencida.

Gente, um bom tempo de reflexão para todos nós, onde possamos resgatar o muito da criança que nos fugiu com o passar dos anos.
Felicidade a todos.
E vamos nos preparar para entrar no novo ano com um pouco mais de consciência acerca do que realmente tem valor nesse mundo.
Obrigada pelo carinho, pela amizade e pelo amor com que iluminam a minha vida.
Muita paz, muito amor, muita luz e a melhor energia que houver, sempre!



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