segunda-feira, abril 30, 2012

Fatos

Quando não escrevo é porque ando vivendo. Carol em casa, temos que aproveitar cada momento. E é isso que andamos fazendo. Curtindo este tempo mãe-filha, que acaba sendo tão precioso, que a gente até esquece do resto tudo. No sábado fomos ver Gadu. Foi um grande show. Ficamos ainda mais fãs. Comentar os pontos negativos da realização do espetáculo até seria assunto, mas não cabe aqui, uma vez que tudo se supera com Gadu ao palco. Basta dizer que há muito o que melhorar. Mas vamos dar o desconto. O Floripa Music Hall ainda não teve suas obras de melhorias totalmente acabadas. De resto, a casa é interessante. Bom tamanho, bem estruturada, quando forem finalizadas as obras, há de ficar ótima. Comento, e isto sim comento com uma boa dose de desagrado, a presença de algumas pessoas que não vão ao show para assistí-lo. Devem ir por qualquer outro motivo que não cabe a mim saber qual, menos para prestigiar ou deleitar-se com o espetáculo. Estão lá como quem está em um boteco qualquer, a beber e conversar em altos brados, ignorando totalmente o que se passa em volta. Deveriam ir a algum outro lugar, uma casa de espetáculos não é para este fim. Por sorte, Maria Gadu, como fazem muitos artistas incomodados com este tipo de psssoas, soube dar o recado com extrema classe e delicadeza. Mas deu. Parou o show e fez alusão ao fato, encerrando com um mas...educação se traz de casa. A certa altura, as pessoas que realmente estavam lá para assssitir, ficaram tão passadas, que começaram a emitir aquele som característico que se faz quando se quer mandar alguém calar a boca: psssssssssssssshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!! Nem assim. Total falta de respeito. Ponto alto e, pelo menos para mim, inusitado, além da performance de todos eles no palco. Uma tela transparente onde eram projetadas cenas, na abertura e em alguns momentos do show. Banda e Gadú ao fundo, por trás da tela, iluminados de forma a fazerem parte das cenas. Um efeito espetacular. Lindo mesmo. Vou tentar colar aqui três links, para que possam ter uma idéia melhor. http://youtu.be/NNcvYOPXBQE (copiar/colar na barra de endereços) http://www.youtube.com/watch?v=9iJ_8HLQbvk&feature=shar http://www.youtube.com/watch?v=Gu19tx2c194&feature=relmfu

sexta-feira, abril 27, 2012

Chegou a Carol, com seu sorriso feliz e o violão às costas!

O alcance das palavras e dos gestos

Fiquei feliz em receber um comentário aqui no blog, feito pela Paula Palmeiro. Palavras lindas, ditas de coração. Como tantas outras pessoas que me enviam comentários, ela fez valer esta manhã, que ficou ainda mais bonita. É tão importante recebermos o carinho das pessoas que nos lêem, faz tanta diferença. É um incentivo para continuarmos e nos dedicarmos cada vez mais, tentando merecer verdadeiramente e retribuir, de alguma forma. Obrigada, Paula! A ti e a todos os queridos amigos que estão sempre a ler o que escrevo e mandando carinho em forma de palavras. Podem ter certeza, vão direto à alma. Um grande e carinhoso abraço.

quarta-feira, abril 25, 2012

Dia de Quarta

Choveu cedo, de uma chuva chata e sem propósito. Fez falta o sol. O dia foi todo de olhar para dentro, rever conceitos, tentar endireitar o lado meio torto que todos nós temos. Trilha sonora de John Mayer e The Dave Matthews Band. Ainda bem. O som espetacular que fazem, especialmente no meu caso, consegue o feito de levantar infinitamente o astral. Meu e de boa parte dos mortais, quero crer que sim. Um cachorro qualquer da vizinhança, provavelmente tolhido da sua liberdade, chorou o dia todo. Deu dó. Não sei mesmo para que as pessoas teem bichos em casa. Se é para isso. E chamam-nos de estimação. Para o almoço, cozinhei um carreteiro de carne com temperos caseiros e bebi suco de maçã, feito ontem, com maçãs frescas. Pensei em ir até a fruteira, mas não tinha vontade de sair à rua. Dia cinzento, triste. Amanhã vai estar melhor. Carolzinha chega amanhã cedo. Filha chegando aumenta a ansiedade. É abraço que não se acaba mais. Parceria da boa. Se vier o violão, ainda vamos cantar muitas das nossas, bebericando um vinho e contando histórias. Isso é o que é. Momentos únicos.

25 DE ABRIL - 38 ANOS DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS - PORTUGAL

PARA QUE JAMAIS ESQUEÇAMOS DE QUE O HOMEM NASCEU LIVRE E É ASSIM QUE DEVE VIVER.
Aos portugueses, uma homenagem e um pedido de reflexão profunda neste dia. Portugal é a minha segunda casa, o país que me acolheu. Todo o meu carinho e reconhecimento.

segunda-feira, abril 23, 2012

66.000 visitas.

Legal! Acabei de ver ali no contador do blog. Desde que instalei o contador, nem lembro quando foi, mas lembro de já estar em Lisboa e que deu um trabalhão, já que não sou muito mansa da tal informática. O blog foi criado no final de 2006, antes de viajar prá lá. Esta contagem deve ter uns dois anos, talvez um pouco mais. Não deve ser muito, mas é legal saber que os teus amigos lêem. Será que isso pode significar que se eu escrever um livro sobre as minhas andanças e lembranças, será lido também? Ando pensando bastante nisso. Amadurecendo a idéia. Valeu, gente! Obrigadão pelo carinho.

No mais...

Paul McCartney se apresenta por aqui, dia 25, no Estádio da Ressacada. Não vou. Aliás, nem deve haver mais ingressos. Mas não tentei comprar. Adoro o gajo, mas shows em estádios não me fascinam e é um ingresso bastante caro para o meu bolso. Mas vai ser o acontecimento do ano. Há bunners e outdoors por toda a cidade, desejando boas vindas ao grande artista. No dia 30, véspera do feriado, vamos assistir Isa e Luiz Martins, nossos amigos queridos lá de Santa Maria, que fazem um baita sucesso aqui em Floripa. Com eles, sempre músicos de peso. O show é no Açores, ali em Santo Antonio de Lisboa e tem o melhor da música brasileira, muita bossa, além de passagens pelo pop rock, jazz e blues. Não canso de ouví-los. São demais! Andamos chupando um limão por dia e apenas um, literalmente. Faz parte de uma terapia de limpeza do organismo. Por enquanto, tudo bem. Andamos bem dispostos. Caminhadas matinais também fazem parte da nossa rotina, minha e da Eda, a minha vizinha mais querida do pedaço. A minha ex-cunhada, que nunca deixou de ser chamada de cunhada e que é, acima de tudo uma das minhas melhores amigas. Atualmente, a melhor e mais próxima. A determinação é grande, vamos ver no que isso dá. Por enquanto, estamos nos sentindo muito bem. É aquilo que falei ali antes, o professor disse: o homem é um SER EM MOVIMENTO. Na Revista Runner´s impressa, onde o meu filho Gabriel faz umas ilustrações, volta e meia, há um bom roteiro para caminhadas e corridas, nos mais diversos níveis, e dicas de acessórios de corrida que custam pouco e funcionam muito. Edição de abril 2012. É bom conferir. Bem, gente, a rua me espera. Um grande dia para todos. Abraços e saudade.

Vaivém

Quando se tem quatro filhos mimosos e três netos prá lá de fofos, a mãe, os irmãos, todos a viver em pontos geográficos mais ou menos distantes daqui, a rotina do vaivém passa a ser o mote. Na quinta agora, a Carol aporta em Floripa prá passar uns dias comigo e dar uma boa descansada, que quase não tirou férias ano passado e nem neste. Carregar baterias é preciso, sempre que possível. Cá estou, ansiosa pela chegada da minha mocinha mais velha (ela e a Raquel tem apenas um ano de diferença na idade, mas de qualquer forma, como nasceu primeiro, recebe o título). Vamos ter os nossos momentos mãe-filha-mãe, que sempre são muito gostosos. No roteiro, show da Maria Gadú, no sábado, 28. Muita caminhada na praia, comidinhas saudáveis, música ao vivo dos amigos em alguns bares típicos por aqui - espero que ela traga o violão - muita conversa séria, troca de idéias e risadas. Os filhos são tudo de bom, sempre. A meio de maio, perto do dia das Mães, o Gabriel e a Renata vem para voltarmos juntos para São Paulo, onde eles vivem e trabalham. Uns dias com eles e depois o rumo é Barreiras, na Bahia. Lá está agora o meu filho Rodrigo e, chegando, a Daiane, a Luísa e o Francisco. Uma semaninha com eles, prá matar a saudade e conhecer Barreiras e arredores. Por força de ter que estar aqui, em função de obras na casa, não vou poder ir a Santiago dar umas beijocas na Raquelita, Dionathan e Yasminzinha. Nem vou conseguir ver a mãe Hélène, o Sérgio, a Betina e o Zeca, que moram no Cassino e em Rio Grande, antes de eu viajar prá Portugal. Mas todos estão no meu coração e vão sempre comigo onde quer que eu esteja. Depois tem a santa Internet, que nunca vai ser o mesmo que apertar os meus queridos em um abraço, mas sempre ameniza a saudade. Como eu costumo dizer a eles, vou ali e já volto. E como diz aquele professor de educação física lá de Santa Maria da Boca do Monte - e eu nunca esqueci disso - o homem é um SER EM MOVIMENTO. Não vou voltar na primavera, como na canção do Kleiton e do Kledir, mas podem apostar que no verão estarei de volta aos pagos. Temos grandes projetos para o final do ano, com a gurizada do Corazón Libre, e uma viagem, desde há muito sonhada, pela América do Sul, que deverá resultar em um livro de fotografias e textos com fundo musical. São os sonhos de que sempre falo e que movem a minha vida em tempo integral. Não é o sonho, é a vida que me basta. Mas é o sonho que me leva, é o que me arrasta. Uma vez. há muito tempo, escrevi isso. E sem dúvida alguma, podem acreditar que me traduz.

Por lá...

Lisboa é a minha segunda casa, onde vivo em uma freguesia chamada Bobadela. Na verdade, a Bobadela pertence ao Concelho de Loures e não ao Concelho de Lisboa. No entanto, o município é Lisboa. Lá esta divisão é um pouco diferente. A Bobadela poderia ser um bairro de Lisboa, se fosse como aqui. Na verdade ainda não consegui entender com clareza esta localização. O que pode esclarecer é dizer que vivemos a alguns minutos do Parque das Nações, do Aeroporto da Portela e pouco mais de quarenta e cindo minutos do centro histórico de Lisboa, se não houver bichas (filas) no trânsito. Se houver - e em horas de pique há - acrescente-se aí alguma horinha a mais. Em maio estarei voltando a Portugal. Lá tenho o meu companheiro à minha espera e uma porção de tantas outras coisas bacanas para a gente fazer juntos. Outros projetos, a vida em comum, muita cumplicidade e, de novo, um verão inteirinho para viver intensamente. Lá tenho o meu trabalho voluntário junto à Abraço, que neste ano completa 20 anos de trabalho sério e luta, apoiando pessoas infectadas e afetadas pelo HIV e onde tenho aprendido muita coisa importante e feito grandes amizades. Mesmo que eu adore o inverno do nosso Rio Grande, com seus vinhos, lareiras, casacos e cachecóis, desta vez vou dar uma fugidinha dele. Mas logo estarei de volta. Tenho cá as raízes mais profundas, os meus amores e a maior parte da minha vida.

Por aqui...

Os dias continuam de quase verão em Floripa. Pode-se caminhar na praia, aventurar-se em algum banho de mar com água quase morna, correr na geral do Rio Vermelho pela manhã e à noite cobrir-se com um edredom leve. O ideal seria que esta temperatura se mantivesse ao longo do ano. Mas não há de ser assim, aqui o inverno também acontece, embora muito mais ameno. Não fossem as chuvas e a umidade, seria bem gostoso. Ando por aqui tentando (re) construir a casa, bastante atingida pelos sucessivos aluguéis de que foi objeto ao longo dos verões e também fora das temporadas. Nunca saem ilesas. Talvez o que se gaste para recuperá-las, não chegue nem perto do que se recebe alugando. Desta forma, decidido está: já não se aluga mais. Passo a viver aqui, quando por estas paragens, o que deve acontecer com maior frequência e durante uma boa parte do ano. No Brasil estão a minha família amada, os meus amigos queridos, as minhas lembranças bonitas e muitos dos projetos em que ainda penso me aventurar. Porque a vida é assim, essa coisa dinâmica e pulsante, que nos leva ao movimento e à ação. Não poderia ser diferente. Pelo menos não no que me toca. Sendo assim, vamos a isso! Uma excelente semana a todos! Depois da caminhada matinal, aqui estarei envolvida com pincéis, produtos de limpeza, regador, enxadas e pás e uma porção de outros utensílios facilitadores da transformação.

domingo, abril 22, 2012

I m p r e s s õ e s

O que realmente interessa não aparece nas cenas editadas porque, afinal, a vida de verdade acontece nos bastidores. Ali, sim, todos os gestos, as vontades e a essência, sem maquiagem ou retoque. É que estas, na maioria das vezes, resultam inconvenientes.

sexta-feira, abril 20, 2012

Paisagem

Verde. Azul. Vermelho. Amarelo. Todas as cores. Mas às vezes a vida nos vem em preto e branco...

domingo, abril 15, 2012

Sentidos

A casa toda cheira a cera recém passada. Abro portas e janelas em busca do ar. Olho a rua através da janela. Tempo molhado e cinza. Então sinto falta das cores. Não há pássaros cantando, apenas o barulho da chuva batendo forte em tudo o que encontra. Um quadro diferente de todos os outros dias, ensolarados. A música que toca me leva a lugares distantes. Lembra futuros. Viajo em mim mesma. Sem deixar de olhar a rua, abro o vidro das balas de mel sobre o balcão e apanho uma delas. Pressiono-a entre o indicador e o polegar e concentro-me em olhá-la contra a luz que vem da rua, Tem um tom dourado, transparente, quase vítreo, que me encanta. Através dela o dia lá fora tem reflexos de verão molhado. O cheiro de mel precipita o ato que se segue. Gosto de infância sobre a língua e uma outra viagem. Lembra passados. Tão absorta, nem percebo o silêncio dentro de mim, concentrada em detalhes quase imperceptíveis. Levanto e subo a escada que leva até o mezzanino, então troco o disco.

terça-feira, abril 10, 2012

sexta-feira, abril 06, 2012

Concerto da OSSCA, ontem à noite.



Senti saudade dos tempos em que ia assistir aos ensaios da OSPA, às terças.feira, ali na UFRGS, nos idos de setenta e tais. Foram bons anos vivendo em Porto Alegre.

Depois havia o Clube Amigos de Beethoven, em Santiago.

Vivaldi era o meu preferido, mas adorava ouvir todos eles.
Fechava os olhos e viajava no tempo, no espaço, no mundo. Ia longe.

E ontem foi uma noite muito especial. A convite da Eda fui assistir ao Concerto Virtuosi - Souvenir de Russia, no Teatro Governador Pedro Ivo.

O Souvenir de Russia faz parte do ciclo de eventos da temporada OSSCA 2011-2012, patrocinado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, tendo como diretor artístico e regente o talentoso maestro José Nilo Valle, desde 1992, quando criou a OSSCA, com o apoio da Fundação Catarinense de Cultura.

Performance destacada do pianista baiano Paulo Brasil, interpretando - em primeira audição histórica no Estado - o Concerto para Piano e Orquestra em Si Bemol Menor, Opus 23, do compositor russo Pyotr Ilyich Tchaicovsky.

Também no programa, obras dos grandes mestres Liadov e Borodin, cujos temas de inspiração folclórica evocam - como lânguidas reminiscências - a sensibilidade artística e a grande paixão pela música peculiar ao povo soviético.

Noite memorável!