sexta-feira, novembro 30, 2007

Hoje é sexta-feiraaaaaa...

Tá bom, eu acredito!


Hoje tô meio pregada...não sei se por causa da gripe, o nariz trancado, essas coisas, acabei por dormir muito pouco. Eram duas da manhã e eu via filmes. A uma altura vi até "As Panteras", que aqui levam o nome de Charlie's Angels, como o original. Será? Xi, não sei se não faço confusão. Pensando melhor, acho que o seriado, aqui, é " Os anjos de Charlie". Mas isso também não vem ao caso...
Acho que consegui pregar o olho de novo já deviam ser quase cinco. E acordei eram quase sete.
Então foi café e um Cêgripe, goela abaixo. Espero dar uma melhoradinha.

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Ontem, na hora da sopa, lá me veio o Arsénio com mais uma novidade. Eu digo, ele é mesmo um debochado.
Fico incomodando porque ele nunca diz se a sopa tá boa. E eu nem sou muito criativa com sopas. Aqui o povo é, porque consomem sopa diariamente. Então, há sopa de tudo. À moda disto, à moda daquilo, de feijão, de peixe, de legumes, da pedra, de amêijoas, de agrião, de alho francês, de beldroegas, de nabiças, de alface, de bacalhau, da avó, de berbigão... sei lá... uma infinidade mais que a minha memória se torna curta prá lembrar. Depois ainda há os caldos. Minha Nossa Senhora...Mas o mais famoso é o Caldo Verde.
Enfim, tento inventar. Assim até vou aprendendo, é bom.
Como nunca diz nada e às vezes fico achando que não gostou das minhas invenções, ontem, enquanto eu comia, vi que andava às voltas com qualquer coisa debaixo da mesa. Disfarçado é ele...
Então, tcha...ram...
Olha o cartaz que o cara apresenta!
Claro que tinha que ter foto! E tem, tá ali acima.
Eu posso?
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Pois é...hoje é sexta. Mas ainda não tá parecendo...
O dia tá de encomenda...nem muito frio.
E eu aqui...a curtir essa desgranida dessa gripe...
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Ia ao centro, não fosse isso.
Ao Largo Camões, no Consulado.
Mas hoje há greve geral por aqui, também não ia adiantar...se calhar nem há transportes. Ainda não ouvi, nem vi nenhum ônibus a passar ali na rua. Vou prestar mais atenção.
O metro normalmente para em dias de greve. É o primeiro.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Fotos do fim de semana...

Céu azulzinho e as fachadas antigas na ruela do centro de Setúbal.


À beira do rio Sado que, a certas alturas, mais parece um mar...


E outra mais...

Uma rua em Setúbal...


Vitrine de restaurante...


Uma praceta em Setúbal...

A caminho de Setúbal...


Mas, segundo o que está lá no google...

O que é

O cerefólio é uma erva originária da região mediterrânea da Europa, sendo conhecido como "folha da alegria". É usada, principalmente, na culinária, devido ao seu sabor e aroma peculiares, que lembra levemente a mirra. Os romanos a usavam muito e difundiram seu uso na Europa, principalmente na Inglaterra e França.

Culinária

Muito usado na cozinha francesa, de aroma delicado, o cerefólio pode ser usado em tudo o que leva salsa: omeletes, saladas, vinagretes, molhos com creme, sopas ou carnes assadas. Procure acrescentar ao prato cozido, no final do preparo.

Uso terapêutico

Cru ou em infusão (chás) estimula a digestão e alivia problemas circulatórios e hepáticos. Combate o reumatismo e a baixa pressão circulatória. É diurético.


Ah, sim, entendido.
E, como eu sou muito queridinha e boazinha...aí vai uma...


Receitinha básica, que achei no google, claro. Nunca fiz. Mas vou experimentar. Juro.

TRUTAS AO FORNO COM CEREFÓLIO

Ingredientes:

250g de manteiga
75g de cebola picada
100g de miolo de pão
75g de cogumelos de Paris picados
suco e raspa de um limão
1 xícara de cerefólio picado
sal e pimenta-do-reino
4 trutas, com cerca de 200 e 250g cada uma, ou uma grande, com 1 ou 2K, limpa.

Tempo de preparação: 10 minutos

Tempo de cozimento: 20 minutos

Serve: 4 pessoas

Acompanhamento: Arroz e Legumes ao vapor

Bebida aconselhada: Vinho branco

Cozinha de origem: Internacional (vai saber qual!)


Modo de preparar

Aquecer o forno a 180ºC. Derreter a manteiga e refogar a cebola até ficar dourada.Numa tigela grande, misturar o miolo de pão, os cogumelos, o suco e a raspa do limão, o cerefólio e os temperos. Juntar a cebola cozinhada e mexer. Dispor as postas em um recipiente refratário. Cobrir com o molho. Assar em forno médio previamente aquecido.


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Bom, gente, como deu prá ver, não se trata de SALSA coisa nenhuma, mas é algo semelhante.
Bom apetite!

Cerefólio...

Olha, a não ser que o meu nariz ultra constipado me engane, isso cheira mesmo a salsa. Sem tirar nem pôr. Mas salsa é salsa. E cerefólio deve ser cerefólio. Portanto, não tem com o que se enganar. Quando melhorar da gripe, cheiro de novo. Prometo. E passo a informação, claro.
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaatchimmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
!

A hortinha...

Isso, que parece salsa, mas não é... tem um nome tri esquisito: Cerefólio. Serve de condimento para saladas, molhos, omeletes e sopas. Não sei que cheiro tem, ainda. Mas logo digo.

Aqui temos de tudo...até amores-perfeitos.

Aaaaaaaaaaaatchimmmmmmmmm!

Pois foi...
Não deu jeito, a danada da gripe pegou. Mesmo com todos os suminhos.
Fazer o que, agora é muito mel e xaropinho. Um dia sai...não nasceu aqui.

Bom dia, prá começar!
E prá começar bem.

Não assisti a nenhum jogo, ontem, mas sei os resultados. Toda a gente sabe. E deu o previsto.
Sem comentários...

Vou ter que ir ao Consulado do Brasil, tratar de uns papéis. Nossa! Isso é coisa prá um dia inteiro, com aquelas "bichas" lá. O melhor da festa é que acabamos por conhecer um monte de brasileiros e a história de cada um. Com o tempo que se fica na fila-bicha...
Vá lá...alguma coisa boa tem que ter, né...
Vou ligar antes. Se calhar nem é lá que tenho que ir. A ver vamos. Não sei onde se faz um substabelecimento de procuração prá mandar pro Brasil. Mas logo descubro.

A minha horta cresce a olhos vistos. Será que isso ainda vira uma floresta?????????????????
Ontem o Arsénio me perguntou se aquelas coisas verdinhas ali eram as plantas ou eu tinha colocado lá alguma outra coisa?
Anteontem queria saber se os coentros da sopa já eram da minha horta...
Minha Nossa Senhora!
Desse jeito não entras prá CEE, Doce...
Ele é um debochado de marca maior...isso sim!
Melhor. Não acredito nada em pessoas desprovidas de senso de humor.

Ontem estudei bastante sobre fotografia.
Mas preciso é ir à luta. Exercitar. Testar.
É isso.
Vou dar jeito.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Sim!

A expressão: " Aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes" é mesmo do Nietzsche.
Ponto.

E hoje à noite...

Jogam o Benfica e o Porto.
Um com o Milan, aqui em Lisboa, no Estádio da Luz, e o outro com o Liverpool, lá.
Se a gente vai "secar"?
Ahhh...isso não sei. Mas acho que sim.
A ver vamos...até porque os dois jogam no mesmo horário, vai ser uma ginástica com o controle remoto.

Sporting


Pois é...perdemos ontem.
Mas foi com muita dignidade, isso foi! Não nos intimidamos.
Tudo bem, estamos fora do campeonato da Liga dos Campeões.
Mas até o final do primeiro tempo estivemos direitinho, com bom domínio de bola e o sistema defensivo a funcionar como deve.
Na minha humilde opinião, houve um certo descaso por parte do Manchester, tipo o que a gente chama de "entrar de salto alto", no Brasil. Mas sem tirar o mérito do Sporting, que não se intimidou em momento algum.
Visto isso, o "sir" resolveu engrossar a linha de frente.
Daí tinha que entrar aquele maldito argentino chamado Tevez (no bom sentido...calma) e, aos 61 minutos, fazer aquele arremedo de gol. Que nem foi dele, tá visto.
Autogolo de nooooooooooooooooovo?!!!!!!!! Oh...Marian Had!
Depois, claro, não ia faltar um gol do Cristiano Ronaldo. E tinha que ser aos 92!
Um bonito gol, com toda a certeza, dizer o que?
Tudo bem, vá lá, a vitória foi merecida. Mas só porque no segundo tempo o Sporting não conseguiu superar a pressão do adversário, se fosse pelo todo...não sei. Era 1 x 1.
Se terminasse aos 47...era bom, não era?
Mas um jogo tem dois tempos...

Alguns podem achar que não entendo nada de futebol (e até podem, se calhar, não entendo nada mesmo ou tenho uma leve noção), mas digo que continuo gostando muito da atuação do Moutinho, do Miguel Veloso, do Polga, do Levezinho, claro (apesar de ontem ter estado muito apagadinho).
Só que no jogo de ontem tiro mesmo o chapéu é para o goleiro (guarda-redes) Rui Patrício, esse menino de 19 anos que mostrou ter um grande potencial e medo nenhum.
Palmas!




Lendo...

O Fiel Jardineiro, do John Le Carré.
Bom.
Mas ainda não tenho uma opinião. Depois...


" Aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes"
Isso é do Nietzsche? Puxa...já nem me lembro...
Em todo o caso falei pro Arsénio que era. E acho que é mesmo. Uma quase certeza.
Ele gosta dessa frase, mas não vai muito com o Nietzsche. Entenda-se...
Depois confirmo...


Falei ontem com o meu irmão Ricardo, pelo telefone. Hoje tira os pontos. A cada dia sente-se melhor. E vamos em frente com o nosso projeto de escrever, valha-nos isso!
Guri querido, esses seis meses hão de passar voando.
Sem ironia...juro.

A minha amiga irmã Eda (Floripa) faz aniversário hoje.
Antes de qualquer coisa, vou lá mandar-lhe um mail de felicitações carinhosas.
Beijo, Eda! que sejas sempre muito feliz! E que a gente possa ser sempre muito amigas, independente de tempo, espaço ou distância!


Acho o blog http://imigrantesofre.blogspot.com/ um barato! Vai lá e confere. Muito inteligente e divertido. E há ali os links de outros blogs super interessantes.


Vou dar uma volta pela Badela.
Até mais.
E um lindo dia.

terça-feira, novembro 27, 2007

Xiiiiiiiiiiiiiii...a gripe tá pegando todo mundo por aqui!

E eu tô tentando ver se escapo.
Tomando muito suco de laranja, limão, bergamota e tudo o que for cítrico.
Nossa!
E ainda nem fez frio prá valer.

Frio...

Mas não muito.
O suficiente prá gente se encasacar, mas é mais pelo vento. Porque há sol, o dia está claro e o céu muito azul.
Vou à rua.
Até mais.

segunda-feira, novembro 26, 2007

E...

A minha horta tá de vento em popa! Termo mais esquisito e impróprio prá uma horta...mas, enfim...
Já começam a brotar as primeiras folhinhas verdes.
Logo vamos ter temperos e flores por aqui.
Gosto de pensar nisso. E muito mais de ver.
O Ivan Giacomelli, agora quando andou por Lisboa, a caminho de Madri, me deu uma dica legal. Ele tem uma horta de dar inveja boa, lá no apartamento dele, em Santa Maria.
Pica todo e qualquer resto de frutas e verduras, cascas, essas coisas, bem picadinhas. E vai juntando a um balde de terra, revolvendo de vez em quando. Coloca a mistura nos vasos e aquilo tudo é um viço só. Palavras dele. E eu acredito, porque mão boa prá cozinha e prá plantar como ele tem, tô prá ver. Então, se ele o diz, prá mim é lei.


Terminei de ler " A soma dos dias" da Isabel Allende.
Gostei. Sério, gostei.
Lendo assim, parece que em todo o lado as pessoas têm, mais ou menos, relações parecidas, problemas semelhantes, sentimentos, sofrimentos, alegrias e emoções que não fogem muito à regra. Somos todos personagens, de alguma forma.
Verdadeiro, o livro. Parece bem uma novela, que a gente quer que continue, prá saber o que vai acontecer nos próximos capítulos. Todos nós temos, lá no fundo, essa coisa de sermos um pouco voyeurs. Sem problemas...deve ser porque assim nos sentimos mais iguais. Ufa! Somos então normais!
Enfim, o livro é bom.
Fico com vontade de ler "Paula". Mas, quem sabe...acho que ainda não é hora.
"A Casa dos Espíritos " não li, mas vi o filme e acho uma obra prima.


O Gabriel acabou de contatar. Já o vejo, ao vivo e a cores, diretamente de Dublin. O cabelo mais curto, parece um irlandês. Mas continua bonito, o meu filho. Como todos os meus filhos. A mãe coruja aqui, não tem mesmo nenhum jeito...hehehehe...

Pois é...eu bem ficava mais algum tempo por aqui, a lembrar de coisas e a colocá-las no blog, mas tenho outras tarefas inadiáveis, portanto, por hoje é o que temos.
Beijo grande.
Volto depois.
Até mais.

Ahhh...mas é claro!

Momento de inspiração, a caminho de Setúbal, na Serra da Arrábida.

Setúbal, num canto de paz à beira do rio Sado.



Esquecer, como?
Tenho a minha Canon EOS 400D, finalmente!
Eu me dei de presente de aniversário, Natal, Ano Novo e sabe lá mais o que. Páscoa, talvez...
E já ando exercitando...o tempo todo, claro, prá desespero do Arsénio, que acaba sendo o foco preferido, via de regra.
Boa câmera. Boa mesmo.
Mas vou ter que estudar muito e aprender mais ainda.
Sábado fomos para os lados da Arrábida, dar um passeio e fazer algumas fotos.
Eu, feliz da vida, parecendo criança com brinquedinho novo.
Agora é fotografar.
Uau!

E o que mais...deixa ver...

Sim, levamos os "chapéus de chuva", claro.



Hora de seguir viagem...é tão bom rever amigos. Com Ivan, Marcos e Marlene.


A Marlene, o Marcos e o Arsénio, a estudar roteiros..



A caminho do Palácio da Pena...em Sintra

Sim, claro, recebi a visita dos meus amigos Ivan Giacomelli, do seu irmão Marcos e da sua cunhada Marlene. Gente muito boa! Andamos virando Lisboa. Pena que ficaram só três dias e também a chuvinha de molhar parvos que nos incomodou um pouco, mas deu prá ver algumas coisas legais. Na segunda ficamos pelo centro. Fomos ao Castelo de São Jorge e perambulamos pela Baixa, Chiado, Rossio e tudo o mais. De chapéus de chuva em punho, eu e a Marlene. Os guris, com seus impermeáveis de capuz. À tarde ainda fomos à Torre de Belém, visitamos os Jerônimos e tomamos um belo café com os Pastéis (de nata) de Belém. Rodada dupla prá todo mundo, claro. Aquilo é mesmo uma desgraça de tão bom.

Na terça encontramo-nos na estação do metro em Sete Rios e, de lá, fomos de comboio (trem) até Sintra.

Sintra é um caso à parte. Bonita demais. O Palácio da Pena, mesmo com o nevoeiro que estava, um espetáculo. Sem comentários. Subimos até lá a pé. A Marlene revoltada, mas andando sempre. O Ivan nos deixou prá trás logo na saída. Boas risadas no caminho até o palácio. Tomamos chuva o tempo todo, mas valeu a pena.

Depois, um café, claro. Com direito às Queijadinhas e aos Travesseiros de Sintra. Essa é a parte complicada, pelas conseqüências que encerra, mas quem resiste, diz lá?

Mais tarde encontramos os Arsénio no Parque das Nações e fomos para uma bela petiscada (comida, de novo?), regada a imperiais ( cervejas à pressão, ou o nosso chopp, como queiram), no Vasco da Gama. Salada de búzios, bifana ao prato, chouriços, morcelas, cogumelos, muita azeitona (que o Ivan ama de paixão, a ponto de comer no pé assim, crua, sem curtir, sem tempero nem nada) e outras coisas de que já não lembro, mas que nos desviaram do caminho da sopa da ordem, já em casa.

Revisaram roteiros, o Arsénio deu umas dicas de viagem, as estradas melhores e tal, despedimo-nos e cada grupo foi pro seu lado.

Ainda ficaram mais um dia em Lisboa, quarta-feira, mas não nos vimos. Quinta bem cedinho devem ter viajado, alugaram um carro prá ir até a fronteira com a Espanha e, dali, de comboio ou autocarro para Madri. Não me deram notícias ainda, mas acredito que estejam bem. Tomara que tenham conseguido ver bastante coisas em Portugal, pelo caminho.

Adorei esses dias com eles. São pessoas muito giras, como diz o Arsénio. Castiços os meus amigos. E o Ivan, mais um irmão que tenho, trabalhamos juntos algumas vezes, na Caixa.

quinta-feira, novembro 22, 2007

De volta...

Num vôo duplo, com a repórter da TV, para uma matéria sobre vôo livre na Bahia.


Meu irmão Ricardo, com a filha Fernanda.


E como um pássaro...


...a voar no céu...

O MEU IRMÃO RICARDO

Há notícias boas, mas às vezes as notícias não tão boas nos confundem um pouco. É então hora de parar e dar uma pensada mais a fundo sobre o que andamos fazendo da nossa vida e essas coisas.

Na véspera do meu aniversário, dia 17, recebi uma ligação da Bahia, da Marly.
A Marly é uma pessoa extremamente querida, tenho uma amizade e um carinho muito grande por ela. Além disso, é minha cunhada. Conversamos um pouco, deu-me os parabéns e passou ao meu irmão Ricardo.

O meu irmão Ricardo é aquela pessoa inquieta, de uma retidão impecável, com um senso de justiça à qualquer prova, alegre, divertido, debochado e impetuoso. Mas acima de tudo, um grande amigo, para além de ser meu irmão. Poderia ficar aqui dizendo um montão de coisas mais, porque ele é mesmo um barato. Ninguém fica quieto perto do Ricardo. Com isso, acho que digo muito.
Pois esse cara voa. Antes já fez de tudo, começou pelo surf, depois o windsurf, foi inventando moda, até que chegou à asa delta e essas outras modalidades de vôo que a gente conhece. Voa há mais ou menos uns 25 anos. Em Salvador foi um dos pioneiros e tem uma paixão tão grande por voar que, quando some sem dizer nada, todos sabemos que anda a muitos metros do chão, com algumas bananas ao bolso, prá não ter que descer na hora da fome. Costuma ficar horas a fio a planar, como um pássaro. Diz que é uma forma de exercer a liberdade a pleno.
Já participou de inúmeros campeonatos, venceu alguns, perdeu outros tantos. Tem sido instrutor de vôo há muitos anos, de meninos e meninas em idades várias, que vão dos 18 aos 70 anos.

Aos dezoito anos, acabado o curso de Telecomunicações da ETFPEL (hoje CEFET Pelotas, RS), malinha na mão e um admirável senso de liberdade, ganhou a estrada e escolheu a Bahia prá ser a sua casa. Lá teve muitos empregos, para lá chamou os seus amigos, ali casou, teve seu dois filhos, construiu o seu mundo e uma empresa que presta serviços na área de projetos de telecomunicações, incluindo trabalhos para a Petrobrás.
Prá mim, é um exemplo de pessoa. Sempre com as rédeas da vida na mão e com uma visão otimista das coisas.

Mas aos corajosos a vida também prega as suas peças.
No dia em que eu estava viajando prá Lisboa, 27 de outubro, nem sabíamos, mas ele estava participando de um campeonato de vôo livre e, na descida, quase a pisar o chão, houve qualquer problema com a asa. Um acidente complicado, um grande susto.
Por seis meses já não trabalha, teve que fazer uma cirurgia na coluna, onde lhe meteram alguns parafusos, usa aquele colete horroroso, mas necessário, e vai ter que usá-lo por todos esses infinitos seis meses.
Voar, parece que nunca mais.

O meu irmão Ricardo acorda muito cedo, como eu. Corre na praia todos os dias, antes do trabalho, pratica vários esportes, é uma cara super saudável e tem uma alimentação impecável (nem preciso dizer que nisso não somos iguais, apesar de eu ter toda a intenção...)
Mas ele, com os seus 51 anos, é dono de uma jovialidade que não se vê em muito garoto por aí.
E agora?
Tolher os movimentos desse guri?
A gente está feliz porque não há danos na parte motora, porque ele tá vivo, porque podia ter sido pior e Deus o protegeu. Graças!

Parece bem, ao telefone. Já está caminhando, passa parte do tempo sentado, tem algumas dores...Mas tem também o incrível poder de superar-se a cada dia, isso tá nele. E a gente sabe.
Mas fiquei triste. Somos sete irmãos. Passou por tudo isso sem que ninguém soubesse, porque não quis nos incomodar, preocupar. E foi me contar agora, depois que tudo já anda a caminhar pro normal, segundo ele. E não nos deixa contar à mãe.
Tenho prá mim que às vezes nos impomos certas coragens desnecessárias.
Sei que ele vai sair dessa situação ainda mais rico, porque sempre aproveitou cada momento prá crescer e seguir em frente. É um vencedor, já disse, né.
Mas queria poder estar ao lado, dar colo, acarinhar, ouvir as suas histórias, dar risada com ele. Fazer com que esses seis meses passem muito mais depressa, porque sei que ficar amarrado a um colete, em casa, prá ele, vai ser um caos. Mas já anda a inventar modas...enfim...isso é dele.
Ontem ainda falamos sobre aproveitar esse tempo prá escrever as histórias que conta (e deve ter uma infinidade delas). Ficou animado. Eu também. Acho que levamos a termo e vai ser divertido. Já está lá com o seu PC portátil, a postos. Resta começar.
É um jeito de driblar a adversidade, através da criação.

Olha, meu irmão, seja como for e o que quiseres fazer, conta comigo. Sempre estivemos juntos, ainda que distantes fisicamente, mas há um elo muito forte a nos ligar. E sempre vai haver.
Muita energia e todo o amor do mundo! Vamos caminhando, um pouco a cada dia. Enquanto isso, repensamos a vida. Já não vais poder voar pelo céu, como um pássaro livre (e quanto a isso ainda tenho uma certa dúvida...se bem te conheço), mas há outros vôos à tua espera. E sei que saberás achar o caminho.
És um vencedor!

link

http://ibahia.globo.com/irado/corpo_materia.asp?modulo=33&codigo=27562&tit=esporte

domingo, novembro 18, 2007

Êêêba!

Bom, né...como hoje tô de aniversário, tô liberada...
Não?
Então tá...conto tudo amanhã...ou mais tarde...rssssssssss

Beijo enorme e com carinho especial prá todos os meus amigos do coração. E também prá todos aqueles que me visitam. De alguma forma, estamos ligados.

Até mais...volto depois.

sábado, novembro 17, 2007

O Sábado...

A Costa da Caparica à tardinha...linda

Hoje o dia amanheceu mais frio do que de costume.
Já começa a arrefecer, dizem os tugas...
Levantamos cedo, fomos dar umas voltas pela Badela.
O almoço foi com os velhos, acomida da dona Graciete, sempre aquilo tudo, uma delícia.
O café foi no Parque das Nações, na tenda das tortas de Azeitão. Só café, sim. Tortas...bem capaz...
Passamos no AKI prá comprarmos um pouco de terra, quero ver se misturo com a que buscamos na mata, eu e o seu Manoel, prá encher os vasos da minha "horta".
À tardinha fomos passear na Costa da Caparica, com os amigos Énio e Isa, tomar um café e caminhar à beira da praia. Fomos contemplados com um lindo pôr-de-sol.

Abraço, gente.
E um belo domingo.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Continuando...

Andei a olhar as câmeras fotográficas, na Baixa.
Nada...
Como não entendo muito de fotografia digital, resolvi então comprar um livro sobre o assunto. Fui até a Bertrand, ali ao pé do Café à Brasileira. Lá dentro me perco e já não tenho vontade de sair, tanto livro, tanta opção. Encontro um à maneira e depois mais um tipo manual, pequenino.
Saio a ler pela rua...tenho essa mania...depois lembro que posso levar ou dar algum encontrão em alguém, a rua tá cheia...fecho o livro e desço em direção ao Rossio.

De passagem, entro no Celeiro (loja de produtos naturais). Converso um pouco com o Énio, amigo nosso, e ele me apresenta uma amiga do Arsénio, casada com um dos amigos de infância e colega de empresa, dele. Foram também colegas no tempo de escola, ele e ela.
Compro um complemento vitamínico (vitamina E) que ela me indica e depois pergunto ao Énio sobre câmeras. Ele me dá umas dicas, passo no caixa e me dirijo ao metro, voltando prá casa.

Em frente à Loja do Cidadão, aquela multidão de costume.

Olha, soube pela tv, que ontem andaram levando muito imigrante ilegal para prestar declarações junto às autoridades do setor. Bem tinha visto um burburinho ali pros lados do Rossio, perto da loja da Ginjinha, com carros de polícia e tudo o mais. Como não sou curiosa a esse ponto, não fui ver de perto. Estava cansada, também, louca prá chegar em casa e tomar um banho.
Passei batido.

Já em casa, depois do banho demorado, consegui falar com o Rodrigo, a Daiane, ver as crianças e falar com a Carol, pelo msn. Vi os vídeos que ela colocou no orkut, bem legais. Dela, do Lucas e também do Francisco, com fundo musical. Uma graça. A Luísa tocava uma gaitinha de boca e dava muita risada. Ficava olhando desconfiada prá câmera. O Mano (Francisco), bem intrigado, encarando a imagem da tela, não devia estar entendendo nada. A certo ponto, começou a chorar e a estender os bracinhos, prá que alguém o tirasse do carrinho. Na minha idéia de vó coruja, pensei logo que era um jeito de demonstrar saudade. Sei lá, por que não? Mas também podia ser sono. Só sei que me deu um nó na garganta. E fui fazer qualquer coisa na cozinha, prá enganar o choro...a gente vai ficando cada vez mais manteiga derretida...pura verdade. Mas também, né...fala sério, tem que ser forte.

O Arsénio chegou logo depois e fomos juntos ver os livros que eu tinha comprado e conversar sobre o dia.

Não tenho falado com o Gabriel e a Rê, mas hoje falei com a mãe dela, no Brasil (a gente fala todos os dias, acho ela um barato!). Deu-me notícias dos dois. Muita correria, um monte. Estudo e trabalho, direto, mas bem felizes. Isso é que é bom.

A Raquel, por ser feriado, andava às voltas com limpezas no apartamento, disse-me a Carol. Mas tinha falado com ela anteontem e tava tudo bem.

Com o Rodrigo é que mais falo, temos um horário meio combinado de msn. Estamos sempre trocando idéias. E fico bem faceira que está feliz com a família, com o trabalho e com a vida. Conta do torneio de futebol lá na Associação da Caixa, em que ficaram em segundo e do dia bonito que foi. Tão alegre que contagia a gente.

Bom, gente...tenho coisas a fazer.
Grande abraço.

Frio chegando...

Acordo cedo e, como de costume, levanto cedo também.
Synthroid 50 mg e um copo d'água, enquanto preparo o café. Sim, nem tudo é perfeito, devo ter que tomar isso pelo resto da vida. Problemas com a tireóide, fazer o que? Controle, só. Depois que comecei a tomar, conversa vai, conversa vem, descobri que há muito mais mulheres com o mesmo problema do que eu imaginava. Aliás, nunca tinha nem pensando em problemas do gênero.
Enfim...só prá ilustrar.

Dou uma olhada lá em baixo. O bairro começa a movimentar-se desde muito cedo. Hoje temos um pouco mais de frio e, segundo as previsões, deve começar a aumentar nos próximos dias. O frio.
O dia parece nublado, acabou-se o efeito São Martinho, penso cá com os meus botões...

Alguns passeiam os seus cães, homens da administração limpam as ruas e começam a colocar os enfeites de Natal, mulheres passam enroladas em suas mantas, o vento parece mais forte hoje. E o vento, aqui, a partir do outono, é de um frio diferente, que se entranha. Não dá prá facilitar.

Apesar disso, as árvores aqui na Badela ainda têm as folhas verdes, só de teimosia. Na maior parte da cidade, já amarelaram e cairam. Não há uma explicação, mas a natureza também há de ter lá os seus dias de rebeldia.

A vida a acontecer lá embaixo e eu aqui, a olhá-la, pela vidraça da marquise, nariz colado ao vidro, como fazia em criança. Se me visse aos olhos, havia de ser um par de olhos arregalados e curiosos, inquietos, a olhar ora para um lado, ora para outro, tentando descobrir detalhes do grande puzzle que parece ser esse pequeno grande mundo da minha rua.

Podia desenhar...mas não sou boa nisso. Por isso gosto da fotografia. Vejo tanta coisa, que por vezes me dá medo de perder tanta minúcia. Com ela, o registro fica sempre, em algum lugar dentro do PC ou mesmo em cds, dvds ou outros bichos mais.

Ando a ler a Isabel Allende, desde ontem. O livro é bom, autobiográfico, ao estilo dela. Tem emoção e eu gosto disso.

Fui à ArCo, ontem. Levei um tempão prá encontrar o endereço. Pudera...do mesmo lado da rua há números pares e ímpares. De um lado, os números crescem, de outro, diminuem, ambos na mesma direção, uma doideira...Mesmo embrulhada, acabei encontrando, com a ajuda de um moço que estava trabalhando em uma obra.
Decepção. Cursos pontuais só para conhecedores da arte da fotografia. Workshops, nem pensar. Restou-me o curso regular, dividido em 4 semestres, com aulas duas vezes por semana, duas horas e meia por dia e mais a prática, de duas horas. Ao todo, sete horas semanais, nos meses de março a junho. Como as aulas desse semestre já estão em andamento, só posso me inscrever em janeiro de 2008. É um curso bastante caro. Mas deve ser bom, pelo que me pareceu. Não sei, até janeiro, decido. Por enquanto, vou procurando outros aqui e ali.

A minha amiga Mariângela não foi, a gripe deve tê-la pegado de jeito mesmo. E a Karina não deu sinal de vida. Nem ela, nem o seu navio. Deve me ligar, qualquer hora dessas.

Domingo chegam o Ivan Giacomelli, meu amigo e colega da Caixa e os seus irmãos, com suas respctivas esposas. Devem ficar dois dias em Lisboa e quero ver se me encontro com eles. Saudade dessa turma.

No domingo também faço anos, como é o costume dizer por aqui, então teremos um almoço em família. O Arsénio é quem cozinha, diz que o prato é Arroz de Tamboril. Eu devo fazer os tomates recheados ao forno e muita salada. Prá beber, vinho, claro. Ele queria que fôssemos almoçar em grande estilo, os dois. Mas eu não sou muito dada a essas pompas, prefiro juntar o pessoal, tomar um bom vinho e dar umas belas risadas. Prá mim, podia ser até um piquenique no parque, sentados na relva, à beira do Tejo, entre amigos. Ficava bem faceira, porque gosto disso. E os relvados aqui, aos domingos, estão cheios de gente a fazer o que dá na telha. Fica como uma grande família, já que não vão estar os filhos, a mãe, os irmãos e os pirralhinhos. Ano que vem devo passar com eles, no Brasil.

Pausa para o café.
Até mais...
Ahhh...lindo dia prá todos!

quinta-feira, novembro 15, 2007

As fotos...

OOutono...


Outono e suas cores...


O pôr-do-sol...


Pausa prá foto...




Um olhar sobre o rio...



Fotógrafos a postos...


Namorados...café ao fundo, calçadas do Parque à beira do Tejo, no Parque das Nações.


A entrada do Centro Comercial Vasco da Gama.


A Gare do Oriente, vista da calçada em frente.


A Feira do Livro, na Gare do Oriente.

Em tempo, gente, a Sónia apresenta mesmo a Praça da Alegria.
Desculpem a nossa falha.
rsssssssss

A tarde no Parque das Nações, em Lisboa...

Ontem acabei não indo até a ArCo, fiquei mesmo no Parque das Nações, a bisbilhotar a tarde.
Antes tomei a sopa da ordem na Paris, ali mesmo na Gare do Oriente. Adoro uma sopa!
Andei pela Feira do Livro, volta e meia está por ali. E eu quase não gosto de cheirar livros...a traça de esbaldou. Noutro dia tinha assistido à entrevista com a escritora brasileira Ângela Dutra de Menezes, na TV daqui, e fiquei bem curiosa com seu livro " O Português que nos pariu" (Civilização Editora) que é uma visão brasileira sobre a história dos portugueses, considerado pelo jornal O Globo como um dos dez melhores livros do ano.
Achei. Comprei. E, de ontem prá hoje, li.
Devo dizer que gostei e dei boas risadas, porque o livro é mesmo divertido, um bolaço, e a escritora tem um estilo muito interessante.
Uma maneira bem-humorada de encarar a História.
Recomendo.

Mas onde eu andava mesmo?
Ah...na Gare do Oriente.
Pois.
E a Feira trás sempre livros bons e até em conta.
Andava me ensaiando prá ler "A soma dos Dias", da Isabel Allende (Difel). Comprei também.
Mas ainda não li. Dei uma olhadela e parece bom. Antes de acabar o fim de semana, de certeza, digo.

Isto posto, entrei no Continente para comprar as tais sementes de temperos a que me referia ontem de manhã (mas isso já é fora da Gare, é no Centro Comercial Vasco da Gama, onde se chega apenas atravessando a rua e pronto) Achei várias. Começo a preparar a minha pequena horta. O Continente é um dos grandes supermercados (rede) que temos aqui, onde se acha de tudo. Perto do caixa estavam um livros de receitas natalinas, por 2 euros, tendo por garota propaganda a Sónia, apresentadora do Portugal no Coração (ou será da Praça da Alegria? Já nem me lembro, que tonta que sou!), nas manhãs da RTP1, muito sorridente, num display ao lado, com o livro às mãos. Acabei trazendo também. Pode calhar prás festas. Afinal, ainda não estou bem a par da culinária portuguesa, preciso aprender muito.
Pago e saio. O livro parece bom, pelo menos o papel é de qualidade e as fotos, no interior, também.

Ando pelo Centro Comercial Vasco da Gama a olhar as câmeras fotográficas. Quero me "dar" uma de aniversário. Mereço, afinal.
Vejo na Worten, na Vobis...mas eu quero uma Canon com ecrã maior, a ceguinha...rssssssss... e só há com 2,5". Também queria uma com 10mp. Mas só tem de 8.1. Sei lá. Hoje vou à Baixa, prá ver o tal curso de fotografia (esse que fica ao pé do Castelo, na ArCo) e vou dar uma olhadela nas lojas ali da Rua Augusta e da Rua dos Sapateiros.
Já é a terceira vez que namoro as câmeras no centro comercial, mas não compro nada. Hora dessas me decido.

Caminho pelo Parque, gosto demais do lugar.
À beira do Tejo, o movimento é peculiar, há vida própria. Pessoas diferentes, situações um tanto inusitadas. Gosto disso. E tudo com aquele pano de fundo que passa longe de ser feio. Acho o Tejo lindo, a ponte Vasco da Gama ao fundo, suas gaivotas, as pessoas sentadas nos bancos, a olhar o horizonte, serenas. É um cenário que me agrada.
Olho para o lado e vejo um grupo de rapazes e moças que devem estar tendo aulas de fotografia. Fico com vontade de pedir algumas informações sobre câmeras, porque só gosto de fotografia, mas não entendo quase nada...depois fico com alguns receio de que não gostem da minha intervenção. Não pergunto. Fico a observar. Há um que acredito ser o professor. Têm lá umas cartolinas fixadas à parede, uma branca, outra preta. Focam ali as suas lentes. Ele dá orientações. Alguns fotografam os passantes, as gaivotas, o rio, que já se prepara para o espetáculo do pôr do sol. Todos têm câmeras grandes, já vi que a maioria é Canon (então não estou errada). E grandes objetivas. Há uma que se limita a segurar a câmera e fumar. Aliás, o que fumam essas mulheres e homens portugueses, é algo!
Há uns senhores sentados nos bancos à minha frente, ao lado. Pela alameda passam casais, vê-se beijos, mãos dadas, carinho. É bonito. E não são apenas jovens. Há casais de idosos quase em igual proporção. Lindos velhinhos, todo aprumados em seus trajes esportivos ou não, as cabecinhas brancas cheias de sonhos e romantismo. Pronto, é o que penso. Se estiver enganada, paciência, é a minha "foto".
Passa uma senhora, penso que vai sentar-se ao meu lado, puxo a sacola dos livros, prá dar espaço, mas não. Ela passa e vai até um banco onde está um senhor. Senta-se ali. E cada qual olha para o rio e para as gaivotas do seu jeito, numa comunhão silenciosa, vazia de palavras, mas rica em olhares e gestos. É como se o rio fosse mágico e se apoderasse da gente.
Chega um casal de turistas. Falam inglês (novidade...é o que todos falam). Entendo um pouco, mas às vezes a língua me parece mais truncada. São os europeus do norte. Muito claros, olhos muito azuis, as roupas típicas de cor crua, as papetes de couro, pochetes à cintura, mochilas...essas coisas. Ficam um pouco, fotografam-se devidamente. Depois sentam-se no mesmo banco, ao meu lado. E ficam ali a conversar e a olhar as fotos no ecrã (tela) da câmera.
A este ponto ando a bisbilhotar a Isabel Allende, devo estar na quarta página. Resolvo que volto a ler em casa. Guardo o livro na sacola e saio a caminhar na direção norte do parque. Mais à frente há umas...puxa, agora me deu um branco...ah...sei...aquilo parecem ser o que nós, no Brasil, ou pelo menos lá pros lado de Rio Grande, Pelotas, onde mora a minha mãe, chamamos de caramanchão. Enrodilhadas, as buganvílias. Coisa bonita. De um rosa maravilha, vibrante.
Ao fundo, o rio, sempre ele, a fazer-se de moldura impecável.
Acima, os bondinhos do teleférico passam, fazendo seus ruídos, que não chegam a interferir na calma do lugar.
Sento-me de novo.
Experimento umas fotos. Para todo o lado onde se olhe há cenas interessantes.
Aproxima-se um senhor com uma câmera enorme, a objetiva em riste. Tem um aspecto totalmente peculiar. A barba bem grande, a dar-lhe no peito, cabelos longos, uma roupa que mais parece uma túnica sobre a calça de cor marrom, no bom e velho estilo hippie.
Passa muito a vontade ao lado, pára, ensaia uma fotografia...não...não era...anda mais um pouco, foca de novo. Enfim, bate algumas fotos.
Mais tarde ainda o encontro, por acaso, junto do grupo de fotógrafos aprendizes. Devem tê-lo interpelado, na certa, querendo saber algo que ele, naquele estilo todo, devia saber a mais.
A tarde cai.
Não vai dar prá esperar que o sol se ponha.
Ainda quero dar mais uma olhada nas câmeras. Entro no shopping. No caminho até ali ainda bato várias fotos.

Enquanto desço pela escada rolante ( ou será que subo, já nem me lembro), o Arsénio, a sair do trabalho, liga prá ver se quero "boléia" (carona). Digo que sim. E me dirijo à saída do shopping.
Diz prá eu esperar à porta do AKI (que é uma loja enorme, próxima da gare, onde há de tudo para casa e para a prática da bricolage. Bom, isso, gente, acho que tem o mesmo significado no Brasil, mas é essa coisa de casa, jardinagem, carpintaria, montagem de estantes, apetrechos para esse fim, coisas do gênero...fica por aí. Tem tanta coisa ali, que precisaria escrever aqui um tratado...
Passo pelo café do costume e compro ali duas empadas e um pastel de creme ( Belém), prá levar pro meu gajo( sei que ele gosta muito) e me dirijo ao AKI.

Entro.
Já à porta está uma representante dos Médicos da Alegria, que aqui leva outro nome, mas prá já não me lembro qual, a oferecer-me uns bonecos e a pedir-me que colabore. Como simpatizo muito com a causa, marcho com 5 euros e levo de nhapa um boneco-médico-sorridente-de-orelhas-enormes-e-nariz-vermelho e que faz um barulho quando a gente aperta. Muito simpático. Tinha também uma esfermeira gordinha e igualmente simpática, mas escolhi a ele.
Dentro do AKI, procuro vasos plásticos prá minha horta (lembram?) e também uma pazinha. Acho tudo. Só que a pá não é pazinha. É pazão. Mas levo igual, não tem outra. Aqui tudo parece ter tamanho família...Se calhar, estou em Itu, e não sei...Queria um regadorzinho, mas só tem regadorzão, então não levo.
Escolho quatro vasos, apanho os seus respectivos pratos de aparar a água, a pazinha pazão, passo no caixa e vou prá rua, esperar pelo Arsénio, que deve estar enrolado no trânsito, nessa hora de pique. Ainda fotografo a gare, sob esse ângulo, prá mostrar aqui no blog. E a rua. Nesta época, nos meses de outono, a cidade fica muito bonita. Cheia de folhas de todos os matizes a colorir o chão.
Eu gosto. Por isso tento mostrar aqui.
O Arsénio chega, entro no carro. Eu e mais os pacotes. Ele vem rindo sozinho. Maluco?
Nada...No caminho, ele me conta uma bomba. Bomba boa, claro.
Buemba, buemba, como diria o nosso Macaco Simão...

Mas isso já é prá uma outra ocasião. Se ele me autorizar, eu conto.
Tenho que me arrumar prá sair.
Ir ver a tal escola de fotografia e arte, lá ao pé do Castelo. Pois é.
Vou ligar à Mariângela (amiga de Santa Maria), ela também quer ver um curso de cerâmica, lá. Primeiro é preciso que tenha melhorado da gripe. andou pegando uma das antigas, como falam por aqui. Bem que eu avisei (como passam me avisando), há que se cuidar com o frio, que é tão frio quanto o nosso, mas é diferente. Dá prá entender?
Não?
Ah...então deixa.
Também tem a minha colega da FAMES, Santa Maria, a Karina, que anda a trabalhar num navio de cruzeiro e que me avisou que deve estar passando por aqui hoje. Se calhar, vou almoçar com ela, mas não sei, ainda não me ligou...

Um belo dia prá todos.
Saudações lusitanas e, sobretudo, "coloradas"!
Até mais...

quarta-feira, novembro 14, 2007

Inventando moda numa quarta-feira...

Olá!

Decidi fazer um curso de Fotografia. Por isso, estou indo até a Ar.Co, que fica ao pé do Castelo de São Jorge, conforme me disse a moça, ao telefone. Toma-se o 37, na Praça da Figueira e fica mesmo ao pé do Mirador.
Há muitos cursos lá.
E devem ser bem bons, se estiverem na mesma proporção dos eurinhos que levam.
A ver vamos.
Depois conto em detalhes.

Também resolvi plantar temperos. Salsa, coentros, manjericão (manjerico), manjerona, sálvia, tomilho e outros que encontrar. Prá isso, vou providenciar os caixotes. E a terra.
Já fazia isso em Santa Maria. A minha sacada era cheia de vasos, com tudo quanto é tempero. Daí, temperar a comida ficava de jeito.
Isso também quero ver se faço hoje.

Ganhei uma planta da dona Graciete. Querida ela, sempre com tantos mimos e carinhos com a gente. Que sorte que eu tenho! Valei-me Deus! Se tivesse encomendado uma mãe de namorido tão maravilhosa, garanto que não era. Hoje cedo veio tomar café comigo e mostrei-lhe fotos e mais fotos, aqui no PC. Não se cansa de achar as minhas miúdas muito giras e os netos tão lindinhos. Pergunta de todos, sempre quer saber como vai cada um dos meus filhos e as noras e a mãe, os irmãos. E a dizer sempre que ter saúde e ser feliz é o que vale. Uma pessoa de coração tão bom, a dona Graciete...tão solidária e tão sábia nas palavras. Uma outra mãe prá mim, pro descanso da dona Helena, que fica em pulgas lá no Brasil, a se preocupar se tratam bem a filha.
Tratam sim, mãe, até demais. Eu tenho cá essa sorte.
Depois foi-se e eu fiquei a olhá-la, cá de cima, na marquise (sacada), a atravessar a rua ligeiro e a caminhar pela rua lateral ao jardim ali embaixo, observando atenta o trabalho do senhor que anda a cortar a grama. Bem dá prá sentir o cheiro, cá de cima. Um relvado assim, de grama fininha e comprida, bem fechado, tão bonito. Pena as flores não serem mais coloridas. Decerto que ficava mais bonito.

Bom, é agora que vou.
Um belo dia prá todos.
Depois volto com novidades.

terça-feira, novembro 13, 2007

Os óculos da guria...


Tá aí...
Noooooooosssssa!
A bem da verdade, não fosse eu gostar tanto de fazer palavras cruzadas antes de dormir (costume que herdei da minha avó Maria e, depois, da minha mãe Helena) não precisava.
Mas...melhor prevenir do que remediar.
Tava na hora, né...
Dito isso, agora vou à Praça (que aqui é o mercado público, a feira, a peixaria...tudo junto) comprar verduras, frutas e "tremoços". Depois mostro o que é.
Vou lá. Sem os óculos, claro...rssssssssss
Até mais.
Abraço, gente.

Bom dia, bom dia!

E cá estamos nóis, travêiz!
A semana segue de temperaturas amenas, solzinho bom e otras cositas más.

Pois então, desde ontem eu ando a usar óculos prá perto. Coisa inusitada, claro!
Mas...como diz a musiquinha aquela...a velhice é um causo sérioooooo...rsssssssssssssssss
Que nada!
Ah...foto?
Bá!
Tá bom...depois.





Há pouco falava com o meu amigo Beto Pires, de Santa Maria.
Sobre o Scorpions, sobre os carrapatos que ele anda combatendo lá na "quinta" em que vive, sobre o leite derramando por cima do fogão enquanto a gente fica aqui de trela, sobre o café passado na hora...essas coisas de amigos. Grande figura! O Beto e a sua família bonita. Sempre super bem humorado e extremamente criativo. Gosto muito de conversar com ele.

Bom, mas falando em café...
Até mais...
Volto depois.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Scorpions no Pavilhão Atlântico







Há muito que queria assistir a um show dessa banda alemã, criada em Hannover, Alemanha Ocidental, no ano de 1965.
Enfim, vou vê-la no dia 4 de dezembro, aqui em Lisboa, quando vão estar no palco do Pavilhão Atlântico, com a turné Humanity Hour I.
Quem não lembra da maravilhosa Still loving you, que deve ter embalado muita gente boa, nos idos de 80?
É...faz um tempinho, sim..
Mas, fazer o que? A gente anda aqui e gosta de ouvir o que é bom.
Pois é!
É provável que estejam no palco Klaus Meine (vocalista da banda original), Rudolf Schenker (guitarrista e criador da banda, juntamente com o irmão Michael Schenker, que deixou o grupo ainda no início), Matthias Jabs (guitarra), James Kottak (bateria) e Pawel Maciwoda (baixo).



Confesso que estou curiosa.




E olha, prá quem, como eu, gosta de ouvir a banda no seu melhor, é legal acessar o site oficial deles:




Domingo de sol e de corrida Sempre Mulher no Parque das Nações Lisboa

O " Naco na Pedra" para o almoço. Ou é petisco? Vinho, claro. Verde, claríssimo!


Vendo os preços para o concerto (show) do Scorpions, dia 4 de dezembro, no Pavilhão Atlântico.

Vamos sim!


O relvado da Expo...vontade de deitar e rolar...não dá?


A corrida (marcha) da mulherada - estavam lá muitos homens também...a prestigiar.

Pedalando pela Expo...



Passeio de bicicleta logo cedo...

Segunda-feira

O dia tá bem bonito, era de se esperar, já que ontem foi o dia de São Martinho e, segundo a tradição, teremos ainda três dias de tempo bom.

Mas nem por isso...

Acordo logo cedo com a notícia dos navios que afundaram no Mar Negro (seis ao todo e ainda há mais dois em condições precárias) e fico a matutar sobre o quanto isso vai ser prejudicial à natureza e às pessoas. Enxofre, resíduos de petróleo, sucata, óleo combustível, tudo isso esparramado pelas águas dos mares Negro e Azov. Uma verdadeira catástrofe ecológica.
Não sei até que ponto é real, mas há quem culpe as tripulações dos navios em questão, por não terem cumprido os alertas do serviço de meteorologia.

Por outro lado, assisto com algum nojo ao desenrolar da XVII Cimeira Íbero Americana, ocorrida no Chile. Como tudo e, perdoem-me os bons, mas cada vez me desiludo mais com políticos. Pantomima pura. Fogueira de vaidades. Nem é preciso falar mais. Agem como se estivessem a desempenhar um papel medíocre, em um filme idiota, enfadonho e inútil. Acaba-se em nada a finalidade do encontro. E danem-se os interessados.

Mais tristeza ainda me dá todo esse emaranhado de notícias sobre o que vem acontecendo dentro da FATEC, em Santa Maria, há tantos anos, e que estoura agora, em cadeia nacional, envolvendo pessoas de todas as esferas.
Triste. Triste...muito triste.

Sem falar no resto tudo, que já se torna repetitivo mencionar.
Por isso é que só falo aqui de coisas amenas.
Por isso a gente anda tão desiludido, por vezes.
Por isso é tão difícil fazer poesia, quase sempre.
Por isso, acreditar também fica cada vez mais difícil.

Mas a gente insiste, porque a vida tem que continuar e há pessoas boas nesse mundo.

Prá completar... o Sporting perdeu ontem, por 3 a 0, pro Sporting de Braga. Um fiasco total.
Sem comentários.

Menos mal que o Inter ganhou do Cruzeiro. Ufa!

Vai ver, hoje eu acordei cinzenta...
Mas isso não dura.
Gosto de cores vivas.

Um maravilhoso dia a todos, tanto quanto for possível!
E uma semana melhor ainda.

domingo, novembro 11, 2007

É Dia de São Martinho! Há cheiro de castanhas assadas no ar...




A festa

Em Portugal, a festa de São Martinho é uma celebração religiosa, de origem pagã, de homenagem ao santo conhecido como o "padroeiro dos bêbados"; é a celebração do vinho novo. São Martinho chegava a ser representado, nas festas em sua homenagem, pela “figura de um beberrão”. Seu dia de comemoração é
11 de novembro, dia da festa em sua homenagem.A festa é comemorada com as castanhas assadas.

"Hoje é dia de São Martinho vai à adega e prova o vinho". Na tradição popular São Martinho é o "amigo" dos bons bebedores e há quem lhe chame - com todo o respeito - o santo patrono dos bêbados! Manda a tradição que no dia de hoje se faça o dito Magusto de São Martinho, mas o costume do Magusto, que tradicionalmente começava no Dia de Todos-os-Santos, é simultaneamente uma comemoração da chegada do Outono e um ritual de origem religiosa: o dia do Santo Bispo de Tours (São Martinho) está historicamente associado à abertura e prova do vinho que foi feito em Setembro, com castanhas assadas e água-pé.

Provérbios
"Dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho"
"Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho"
"No dia de São Martinho bebe o vinho e deixa a água para o moinho"



As castanhas

Pensa-se que a castanha assada seja uma invenção de pastores e lenhadores há mais de mil anos, quando nas noites frias se aqueciam à fogueira e ali cozinhavam as castanhas colhidas nas proximidades. Assadas, cozidas ou transformadas em farinha, substituindo o pão na ausência deste, sempre foram um alimento bastante popular, cujo aproveitamento remonta talvez à pré-história.Por saborosas que sejam as castanhas assadas, a verdade é que actualmente não passam de uma guloseima da época. E feitas as contas, os nossos antepassados haveriam de se pasmar com a falta de criatividade na sua utilização... Na verdade, as castanhas chegaram a ser a grande base da nossa alimentação na Idade Média, muito utilizadas em sopas, guisados e cozidos, e até na preparação de pão e biscoitos e em épocas em que os cereais escasseavam.Se as castanhas são dispensadas do seu regime alimentar por causa da calorias, não sabe o que está a perder! Apesar de muito calóricas, estão recheadas de nutrientes que trazem vários benefícios à saúde, como as gorduras mono-insaturada e poli-insaturada, vitaminas e minerais, destacando-se os glícidos, o potássio e as vitaminas C e B.Mas há mais, estas oleaginosas, fazem parte do selectivo grupo de frutos ideais para emagrecer. Estudos indicam que, quando aliadas a uma dieta, auxiliam na perda de peso, pois são ricas em gorduras monoinsaturadas, responsáveis por manter o nível de açúcar no sangue estável e activar o metabolismo da queima de gorduras.Graças à sua composição rica em fibras, proteína, cálcio, ferro, potássio, zinco, selênio, vitamina E, ácido fólico, entre outros, as castanhas actuam no equilíbrio da tiróide (evitando oscilações de peso); previnem tumores; fortalecem o sistema imunológico e protegem contra a acção dos radicais livres. São ainda poderosas na prevenção de doenças cardíacas.


Assadas, elas ficam assim...
Delícia...




As castanhas (na foto, cruas ainda) e o aguapé, que mais parece um vinho recém feito. Há o tinto e o branco.


Em todo o lado da cidade vê-se os carrinhos de castanhas, onde se pode comprar castanhas assadas às dúzias. O mínimo é uma dúzia e vem numa espécie de cone de papel, às vezes feito de jornal.
Uma delícia.
E prá beber, uma tacinha de água-pé.
Nada mau...


Água-pé

O água-pé é o resultado da água lançada sobre o bagaço da uva, donde se retirava o pouco de mosto que aí se mantinha. Esta bebida pode ser consumida em plena fermentação ou, depois disso, adicionando-lhe álcool.

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Pois é, gente, como não posso fazer tal desfeita, vou ter que saborear essas delícias, no dia de hoje.
Um excelente domingo a todos.
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Daqui a pouco tô indo andar de bicicleta à beira do Tejo, o que é outra das maravilhas de Lisboa.
Exercício é preciso (ainda mais depois de toda essa comilança...rsssssssss).




sexta-feira, novembro 09, 2007

Friozinho bem agradável...

E o banquinho de que sempre falo...Jeitoso...



Tempo bom...tudo bem verdinho. E a gente vendo tudo isso. É prá se sentir bem, não é?




Horinha do exercício...vambora!




A nossa rua...o dia começa...

E o dia hoje começa como os demais. De manhã, fresquinho. Um friozinho agradável, ameno.
Depois abre um sol gostoso, dá vontade de ir à rua e andar.
Tô indo...
Volto mais tarde.
Um belo dia prá todos.