segunda-feira, dezembro 31, 2007

Um ano que termina...2007.

Há um cheiro de melancolia no ar.
Não de mofo, não.
Alguma saudade da gente mesmo, não sei...sensação esquisita.
Com disse antes, é apenas um dia, depois do outro. Ou devia ser. Mas a gente tem registros e isso não há como negar.
Não tenho a mínima vontade de fazer aqui qualquer restrospectiva...gosto de olhar prá frente, pensar prá frente, agir prá frente. Mas esse é o meu lado pseudo-pragmático. O coração, esse tem lá as suas manhas e, às vezes, se dá ares de rebeldia.
De qualquer sorte, o dia hoje há de ser cheio. Sorvido com algum vagar até a gota derradeira.
À meia-noite e um nos abraçaremos todos, física ou virtualmente, e isso será sincero a mais não poder. E estaremos realmente emocionados e impregnados de boas intenções e esperanças.
E depois?
Depois será a vez de petiscarmos, comermos as nossas uvas, bebermos o que houver prá beber e de vislumbrarmos os fogos na Torre Vasco da Gama. De longe, da janela...porque a visão do todo é o que mais me encanta.
Porque amanhã...a despeito de já ser 2008, é mesmo apenas um dia, ainda que seja o dia 1, e a vida segue, com as nossas alegrias, lutas, esperanças, desenganos e tudo o que dela fizer parte.
O que queremos é que seja sempre um dia leve e, na medida do possível, bem feliz.

domingo, dezembro 30, 2007

Jesus Cristo Superstar

Espetáculo dos Espetáculos!
Adorei.
E me emocionei.
Quem ainda não viu e tem vontade de assistir...em frente! Vale cada cêntimo.
Realmente, ainda não tinha visto nada do Filipe La Féria mas, como dizem por aqui, tudo o que ele faz, faz muito bem. Foi o que pude perceber e saí do espetáculo muito impressionada.
O que se fala dele é muito mais do que verdade e ainda supera qualquer expectativa, em força, originalidade e beleza plástica.
Com um elenco de 54 atores, cantores e bailarinos, todos brilhantes, cada um no seu papel, a peça tem a leveza, a intensidade e a emoção na medida exata para cativar o público durante as duas horas de duração, sem que se perceba o tempo passar.
Figurino, cenários, trilha, canções, vozes e coreografias, tudo funciona, toca e surpreende.
Destaque para Pedro Bargado (Judas), Gonçalo Salgueiro (Jesus Cristo) e Laura Rodrigues (Maria Madalena), donos de performances impecáveis, que devem ficar em nossa memória.
Aplaudido de pé, enfaticamente, o espetáculo merece todas as críticas mais positivas que se possa fazer.
É puro sentimento!
BRAVO!


Vesti azul...minha sorte então mudou...




Pois quem tem mais ou menos a minha idade, sabe do que falo.
Sim, é mesmo da música aquela...do Wilson Simonal (bah...mas como sou antiga...Alvarenga!)
Que nada...
Pois aqui em Portugal, usa-se a cor azul para esperar o novo ano. Que, segundo alguns, dá sorte, mas sobretudo, saúde. E, como diz o cara aquele da Globo, saúde e paz, o resto se corre atrás,
por via das dúvidas, resolvi apetrechar-me a caráter, como manda o figurino, e lá me fui à loja do chinês ali da esquina, comprar o necessário.
Que não seja por isso.
Aproveitei prá comprar mais um pijama (eu e os pijamas!!) quentinho, de soft, porque ainda teremos muito inverno pela frente. Azul, claro! Cheio de bonequinhos bordados. Gracinha...
Lembrei da Luísa e o seu Tip Top rosa, que eu disse que era da Pantera. Gostou tanto, que cada vez de trocar de roupa era um berreiro. Só queria vestir aquilo.
De resto...na passagem do ano no Brasil, a gente costumava usar branco, amarelo...pelo menos até onde lembro. Aqui é azul. Novidade prá mim. E tem mais aquela coisa de eu ser colorada, não sou lá muito do azul...
Enfim... vamos a isto!
Saúde nunca é demais!
Energia da boa, quanto mais, melhor!
Muita luz prá toda a gente!

Luz azul, bem azulzinha, viram! Não esqueçam!

sábado, dezembro 29, 2007

Dia enferrujado e o musical Jesus Cristo Superstar...


Hoje não teve sol prá ninguém, em Lisboa. Pelo menos aqui na Badela não. Mas acho que é geral. A umidade do ar a 93%...
Um nevoeiro de lascar...pouco se viu do dia.
Almoçamos com o seu Manuel e a dona Graciete. A comida dela sempre tudo de bom. Depois, ao café de costume, no Basílio. E depois, prá casa ver um filme, que andar na rua era mentira. Frio e névoa. Chá da tarde, com bolinhos e andanças pelo PC, enquanto o Arsénio assiste à bola na TV.
À noite vamos assistir ao Jesus Cristo Superstar, no Politeama.
Tô curiosa.
Amanhã conto.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Aniversário!


Hoje faz um ano que me mudei prá Lisboa.
Uma decisão e tanto!
E o que tenho a dizer é que gosto muito de estar aqui.
Fui super bem recebida, convivo com pessoas a quem amo muito, que me dão todo o carinho do mundo e que me fazem sentir em casa. E Lisboa é linda! Portugal todo o é.
Tirando o fato de estar longe dos meus filhotes, da minha família e dos amigos, que realmente é algo bastante doído, estou feliz e em paz.
Portanto, é dia de comemorar algo muito importante.
Obrigada, Arsénio, por ter me feito acreditar que valia a pena. Até aqui, valeu cada momento que a gente construiu. Temos muito pela frente. E vamos de mãos dadas.
Tim...tim!

Dia de sol...e frio.

Pois está.
E por isso mesmo vou dar umas voltas por aí, ver a vida acontecendo lá fora destas vidraças.
Um belo dia prá todos.
E muita paz, que é disso que o mundo precisa.

Bom moço...

E o Kaká, detentor dos títulos de Melhor Jogador do Mundo, da FIFA de 2007 e da Bola de Ouro européia/2007, quando perguntado pela revista FOCUS, porque nunca vemos o seu nome nos tablóides, respondeu:
-Simplesmente porque gosto de sair com a minha mulher ou com os meus amigos para jantar e volto cedo para casa.

Se é por isso mesmo, certo é que o que dá ibope é ser mauzinho. Dá assunto aos tablóides.
Mas também que não é preciso ser assim mauzinho, nem andar freqüentando as páginas dos tablóides para ganhar tais títulos.
Do pouco que sei (e é bem pouquinho mesmo) pode ter muito mais a ver com a sua postura, enquanto profissional: Não vou decidir todos os jogos, mas vou arriscar sempre.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro...

Nem o Papai Noel escapa à violência.
Um helicóptero que o trazia a bordo, quando seguia para uma festa de crianças, foi alvejado em pleno vôo, dizem, por um grupo de traficantes, que julgava se tratar de uma operação policial.
Um dia prá esquecer, realmente.

Compromissofobia?

Assunto de matéria na revista SÁBADO desta semana.
Pessoas que desejam amar, mas sentem terror do compromisso e fugirão sempre do parceiro que represente a idéia do "felizes para sempre".
Será?
Uma das hipóteses...já não é preciso casar para se ter amor e sexo.
Não sei...
Sinceramente...não sei.

Um dia depois do outro...afinal, é o que é...


Pois então. É assim.
É isso mesmo.
O dia 1º do ano, o dia 1 de janeiro, como se queira.
Se não houvesse calendário, seria apenas um virar de página.
Mas tem afinal toda essa coisa de começar tudo de novo, que agora sim, que ano que vem eu faço...que daqui prá frente tudo vai ser diferente...somos assim mesmo.


Ontem e hoje de manhã estive a devorar as revistas semanais. Mais coisa, menos coisa, todas têm praticamente os mesmos assuntos. E fazem as suas previsões prá 2008.
Quando penso em 2008 me dá uma certa confusão. 2000 era o marco. Ultrapassamos. E já vamos em 2008! Minha Nossa! O mundo não acabou, pelo contrário, apesar de os homens estarem fazendo todos os possíveis prá dar cabo dele.
No mais...segue o baile.
E lá vamos nós prá mais comemorações.

Ou não.

Entre os assuntos mais falados...Soraia Chaves e o novo filme de Antonio-Pedro Vasconcelos - Call Girl, que chega às salas de cinema de Portugal nesta semana; as considerações gerais sobre os malefícios do tabaco e a nova lei ANTI-TABACO, que entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2008 (eu não disse, daqui prá frente tudo vai ser diferente e tal...?); a retrospectiva de 2007 e, como já falei antes, as previsões prá 2008. De resto, as fofocas de sempre...políticos, celebridades...blá...blá...blá...quem anda com quem, quem vai assumir o que, quem sai, quem entra, essas coisas.

BENAZIR BHUTTO
Mas as notícias do mundo me abalam sempre.
Benazir Bhutto era uma mulher bonita, de olhos marcantes, idealista, corajosa e tinha imperativos morais que a impediam de desistir e deixar que a barbárie continuasse a dominar pelo medo. A sua morte estúpida e covarde, diz-se, era um desfecho mais do que previsível. Como a "crônica de uma morte anunciada".
Não sei de que mundo venho, mas essas coisas me deixam estupefata.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Noite da Consoada

" Mães Natal" Ângela e eu.


Tina experimentando o "chimarrão"



Cantos alentejanos. Arsénio, Tina, tia Ana Maria, seu Manuel e o primo Sérgio.




Dino, Seu Manuel, Fábio e André (atrás). Gerações em sintonia.



Momento divertido e bom. Eu e o Arsénio.





Seu Manuel, prima Maribel, eu e a Ângela.






A caminhada na Fonte da Telha

As primas Tina e Maribel...

Reflexos e reflexões...


Poses malucas da prima Maribel...e eu me presto...



Ângela, Maribel, eu e Arsénio.



quarta-feira, dezembro 26, 2007

Pôr-do-Sol


Pôr-do-sol visto da vidraça do Cabana

Baixa Lisboeta

Bondinho no Terreiro do Paço.

O Carro do Fado, na Rua do Carmo.


Dias de festa...

É verdade.

Enfim, o Natal foi bonito, estivemos juntos, comemoramos o fato de estarmos juntos, com boa parte da família do Arsénio, na Praia da Aroeira. Muita comida típica portuguesa, deliciosa. Bacalhau, uns camarões gigantésimos, grelhados, ao molho de manteiga e limão, Bolo Rei, filhoses, Arroz Doce da Graciete. E muito vinho. É o que se faz por aqui, na noite da Consoada (noite que antecede o dia de Natal).
Tanto comer...complicado é a gente se manter em forma...só se for em forma bem redondinha...
Também teve música. E as canções alentejanas, cantadas por todos os que sabem as letras, que são lindas e emocionam a gente. Um fado, dois fados, na voz da tia Ana Maria. Quando nova cantou até na rádio da Amareleja. Momentos prá ficar na lembrança.
Consegui falar com a minha família toda, meus filhotes...falei até com a Luisinha (que não fala ao telefone, mas presta uma atenção, com o ouvido grudado...depois diz ao pai: É a vovó Lolô).
Muita saudade deles. Muita mesmo.
O Correio não entregou os presentes, até agora. Mandei no início de dezembro. Paciência... Algum dia há de chegar. Aqui me disseram que chegava em cinco dias. O problema deve ter sido a entrega mesmo...pena...
E estamos de volta, prontos prá uma semaninha de sopas e comidinhas leves.
Fizemos uma caminhada na segunda à tarde. Fotos lindas. Café da ordem no Cabana, à beira da Praia da Fonte da Telha. Pôr de sol inexplicável.
Uma amiga nova, a Ângela, da Holanda, que esteve com a gente, passando o Natal em família.
De resto, tios, primos, amigos, muita alegria e gestos de carinho. Senti-me em casa.
Festa bonita em si.

Estamos de volta.
E já começamos a nos preparar pra passagem do ano.

Sábado que passou andamos na manta, passeando pelas ruas da Baixa, eu e o Arsénio. Almoçamos na "Chimarrão" (quase uma churrascaria à moda gaúcha em terras portuguesas) ali nos Armazéns do Chiado. Delícia. Depois estivemos andando, vendo a vida acontecer em Lisboa. E acabamos por descobrir um mercadinho onde vendem erva mate. Compramos.
Ontem fiz chimarrão, pro pessoal daqui provar. Até apareceram fregueses da cuia...mas tomavam um gole e passavam de volta, acharam muito quente. Os mais corajosos...o tio Monteiro, a Graciete, a Tina, a tia Laurinda, o primo Frederico e o seu Manoel. Ah...também a Maribel. Mas nem por isso, acabei por tomar uma chaleirada cheia. Depois, que dúvida, dormir foi mentira. Passei a noite em claro, vendo filmes. Sono era coisa que não existia. Devo ter conseguido adormecer eram uma cinco e quinze da manhã. E acordei às sete e meia ou qualquer coisa prás oito, quando o Arsénio saía pro trabalho.

Sábado que vem a gente vai assistir Jesus Cristo Superstar, uma produção do Filipe La Féria, no Politeama. A ópera rock levou mais de cem mil espectadores ao teatro, na cidade do Porto, e está sendo considerada pela crítica como o seu melhor espetáculo.
Estou curiosa.

Beijão, gente!

sábado, dezembro 22, 2007

Aos meus filhos...aos meus netinhos, à minha mãe e aos meus irmãos e suas famílias.

Família querida,

Quero dizer que, mesmo com toda a distância que supostamente possa nos separar, o meu amor por vocês é tão grande e tão profundo, que sempre vão estar dentro do meu coração, não importa o tempo, nem o espaço, nem as datas...nem qualquer outra circunstância.
É incondicional.
Vou estar sempre com vocês.

Que possamos ser sempre melhores, a cada dia.
Que possamos sonhar sempre e que tenhamos para a vida os olhos ingênuos de uma criança, com todo o amor que, como ela, sejamos capazes de sentir e de espalhar, por onde formos.
E que sejamos sempre multiplicadores do respeito, da amizade, da justiça, da solidariedade e da vida em plenitude, sendo exemplo de pessoas inteiras e verdadeiras.
Que o Natal seja um dia de pensarmos nisso e de agradecermos por todas as coisas maravilhosas que nos têm sido possibilitadas pela vida afora.
Muito amor, imenso carinho e todos os beijos e abraços que puderem receber.
Contem comigo, para tudo, sempre!

Da mãe, avó, filha e irmã, cheia de saudade.

Natal...

Andava por aqui...pensando no que escrever.
Tempo complicado esse de festas...dá mesmo uma espécie de bloqueio.
Leio e releio os meus amigos e parceiros de blog...
Parece que já há muito todos parecemos cada vez mais avessos a essas comemorações de um dia apenas. É verdade.
Talvez a gente tenha sido criado dentro de um pensamento perfeccionista a respeito das coisas que devem acontecer ao longo da nossa vida. Ou tenhamos andado a ler em demasia os contos de fadas, na infância.
Não sei...mas nada do que realmente é se parece com aquilo que a gente tinha em mente. Digo em termos de consciente coletivo...
Ontem falava com uma amigo que me dizia nem se importar de estar sozinho no dia de Natal. E não é só ele. São muitos. Cada dia mais.
Eu cá já preparei tantas festas de Natal, em toda a minha vida. E achava a maior graça.
Mas talvez fosse mais pelo brilho que via no olhar dos filhos, dos sobrinhos, quando pequenos. O gosto pelo abrir dos pacotes, pela ceia, pela festa de estarmos juntos, pela música, que sempre nos acompanhou vida afora.
É verdade.
Valia a pena.
Deve ser porque Natal tem que ter crianças prá ser mais Natal. Ou prá ser mesmo Natal.
Porque são eles que nos fazem reviver a magia do lúdico. Que a gente, no dia a dia e no afã de viver rapidamente, vai deixando de lado. E vai endurecendo...
E mesmo eles...quando já um pouco maiores, escolhem e já sabem o que terão dentro dos pacotes. Muitas vezes já os abriram muito antes da noite de Natal. Ou nem houve pacotes...nem surpresas.
Decididamente, precisamos de mais crianças sendo crianças neste nosso mundo. No Natal e quando não é Natal, também.
Ora...ora...não sei o que me deu...mas ando esquisita.
Saudosismo?
Pode ser...
O fato é que anda precisando acontecer alguma coisa diferente nos Natais...ou não? Será que a gente é que precisa dar uma reciclada? Ou a nossa criança interior andou amadurecendo depressa demais? Ou não estamos cuidando dela como deveríamos?
Nossa, é de fazer confusão, mesmo.
Queria que os meus netinhos pudessem viver ainda por muitos anos essa ilusão. Porque as ilusões são necessárias e não nasceram prá que um dia vivêssemos necessariamente o antônimo delas. A dona Helène sempre nos ensinou que precisávamos ter ilusões na vida. E a cada dia vejo mais que ela tava coberta de razão. Ilusões são feito os sonhos. Dão colorido aos dias.
Mas sei que um dia eles vão crescer...e, a menos que venham a ser algum Peter Pan perdido ao deixar a Terra do Nunca, vão acabar por se dar conta de que o dia de Natal é mesmo um dia, e só um dia. O mundo se encarrega de ensinar-lhes isso, infelizmente.

Mas tomara que também acabem por entender que o significado que este dia encerra pode e deve ser estendido a todos os outros dias do ano, da vida. Em qualidade de sentimentos e de atitudes de amor, de respeito, de solidariedade e de paz.
Como diz o Arsénio, Natal é quando um homem quiser. E ele também tem razão.
Se não é, deveria ser.

Estou plenamente convencida.

Gente, um bom tempo de reflexão para todos nós, onde possamos resgatar o muito da criança que nos fugiu com o passar dos anos.
Felicidade a todos.
E vamos nos preparar para entrar no novo ano com um pouco mais de consciência acerca do que realmente tem valor nesse mundo.
Obrigada pelo carinho, pela amizade e pelo amor com que iluminam a minha vida.
Muita paz, muito amor, muita luz e a melhor energia que houver, sempre!



quinta-feira, dezembro 20, 2007

Neve chegando...


Chuva...chuva e mais chuva, aqui em Lisboa.
E neve na Serra da Estrela e no norte de Portugal.
Nevão.
Volto mais tarde.
Bom dia!

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Ausência...

Pois fazem dois dias que não escrevo nada...
Um pouco, por andar envolvida com as funções de Natal.
Outro...sei lá, não me deu vontade.
E outro mais é que ando meio emotiva. Bastante. Chorando até em propaganda de TV, prá não dizer outra coisa...rssssssss. E olha que aqui até nem são lá essas coisas de emocionantes...mas choro igual. É que essas coisas de Natal, junção de família, desejo de reunir todo mundo e já não dá...

Mas não só por isso, a data em si me deixa um tanto melancólica, algo que nem sei explicar muito bem, só sentir.
Daí que fico na minha...choro as minhas pitangas e depois tento acionar o meu lado Pollyanna com toda a força.
Há ainda outro pouco...que é um pouco bem grande...ando devorando o Codex 632. O livro gruda mesmo. Daí não sobra muito tempo pro PC.
Enfim...
Hoje choveu desde que o dia amanheceu. Tava previsto pela moça do tempo.
Chuva de balde. Criada a Toddy.
Como sou do contra, fui prá rua, enfrentar a chuva, o frio, os transportes, as bichas e o mundaréu de gente que se aglomera nos shoppings e centros comerciais. Fomos eu e a Mariângela.
E o metro (aqui diz-se métro) era de borla, hoje. E de borla é "de graça". Por causa da inauguração do trecho Terreiro do Paço-Estação Santa Apolónia.
Linha Vermelha até a Alameda, Linha Verde até a Baixa Chiado e Linha Azul até o Parque. E afinal não era. Tinha que ter descido na Estação de São Sebastião, prá ir ao El Corte Inglés. Desce mesmo ao pé dele.
Passamos a tarde lá, subindo, descendo, olhando, de vez em quando um café quente...
Coisas prá encher os olhos e esvaziar os bolsos. Ainda mais prá gente, que ganha em Reais e tem que gastar em Euros...Mas deu prá encontrar algumas coisinhas...a preços razoáveis. E foi só. Bom mesmo é em tempos de saldos. Aí vale a pena.
Na volta, por conta de ser a borla, o metro andava devagar, quase parando. E cheio, claro. Mais ou menos como Santa Maria em dia de Passe Livre. Muito mais. E põe muito e mais nisso.
Em cada estação tínhamos que esperar uns 10 minutos, quase...
Gente saindo pelo ladrão, parecendo sardinha em lata, mas daquelas em que a lata vem generosamente preenchida. Cair com o movimento de parada e saída, lá dentro, nem pensar, que não há espaço. Mesmo assim não passam despercebidos os rostos graves, muito quietos. O clima que antecede o Natal...será que isso tá assim, melancólico mesmo prá toda a gente? Alguns conseguem até dormir de pé. Não há muitos sorrisos a passear no "métro". Tenho uma amiga paulista que não conseguiu se adaptar aqui. Comentava que, olhando para as pessoas à volta, se sentia culpada por estar feliz, logo de manhã. Acabou voltando prá São Paulo, depois de nove meses.

Já eu não me importo, embora estranhe. E talvez nunca me acostume.
Apesar disso, adoro Portugal e os portugueses. Se não gostasse, não teria vindo viver aqui. É uma questão de respeitar culturas distintas.

Na "camioneta" (e isso é o ônibus urbano e faz a linha estação-bairro) que vem prá Bobadela, o atendimento é quase vip. Ar quente, espaço total, tv a bordo, coisa e tal...dá até prá ficar observando os gestos de cada um que entra, as coisas que diz, as conversas ao telemóvel (ai, que coisa mais feia ficar ouvindo conversa dos outros!). A gente não pede prá ouvir, mas não tem como não. O povo aqui fala alto.
-Atão, pá, taischhhhhhhhh bom?
-Prá já digo-te que tó cá geladinha até os ossoshhhhhhhhhhh...
-É pá...andava no meio da chuva e do frio, que quereschhhhhhhh que eu faça?
-Não...por acaso hoje já não vou porque tó mal disposchhhhhhhhhta, mas amanhã logo se . À tarde dou-te uma apitadela, depoischhhhhhh do trabalho (há um amigo que diz que as coisas por aqui devem acontecer todas por acaso, tanto que o termo é usado no dia a dia dos portugueses)
-Não, pá...não me ligueschhhhhhhhhh...ligo-te eu.
-Atão vá...até logo...porta-te bem...beijinho grande...(esse é o final da maioria das conversas ao telemóvel, pelo menos as que tenho ouvido por aqui).
Beijinho "grande"? Por que "beijinho", se é grande? E por que "grande", se é "beijinho"? Nunca vou conseguir entender. A gente diz...beijão, abração. Aqui eles estão sempre a mandar muitos beijinhos prá toda a gente...(não é todo o mundo, como a gente fala no Brasil, porque daí era gente demais, segundo o Arsénio).
Uma loira entra reclamando que não conseguiu ver o destino da camioneta, por causa da chuva e o motorista resmunga qualquer coisa. Ela retruca (aqui toda a gente retruca). Pergunta de novo se é o Santa Iria...E já vai com trocentas pedras na mão...O motorista limita-se a tossir e depois devolve as pedras, quando ela já está sentada. Elementar...
O povo entra com os chapéus de chuva e as roupas pingando. A chuva não deu mesmo trégua hoje.
Sacudindo os pingos entra uma senhora de idade (aqui não se diz da terceira idade, diz-se sénior). Faceira, a senhora sénior. Não reclama, nem pergunta nada. Apenas assovia. Assovia?
Eu falei isso? Molhada que nem um pinto e assovia?
Pois é...assovia mesmo. Um fado qualquer. Que deve ser triste, por ser fado, mas que se torna alegre, por ser música, no assovio da velhota sénior.
É uma coisa rara por aqui. Bem rara.
Quando vejo isso fico feliz da vida. Dá vontade de rir sozinha.
Mas ainda há os moçambicanos, os caboverdianos, os angolanos. São divertidos, alegres e vestem roupas muito coloridas. E falam alto aos telemóveis, também. Uma linguagem que mais parece um dialeto entre o português de Portugal e português brasileiro, com algumas palavras que eu não chego a entender, por mais que me esforce. É meio cantado.
Atenta ao entra-e-sai das pessoas, nem dou pelo trajeto e já está.
Chego ao destino e desço. Abro o chapéu de chuva e começo a andar ligeiro. Mas o vento não deixa. Antes que vire tudo do avesso, fecho-o.
Em casa.
Bom.
Agora é banho, a sopa quente do costume e o pijama novinho de pelúcia. Lembro de um comentário que sempre faço e rio...um dia alguém me disse que "elas" não usam pijama. Por acaso eu tô bem preocupada que elas usem ou não. Frio é que não passo...

Ora, dava muito gozo...

Boa noite prá todos.
Portem-se bem...Beijinho Grande.



segunda-feira, dezembro 17, 2007

Mas e a Ginginha...


Puxa, mas como eu sou lerdinha...

Recém hoje, lendo o blog Lusofolia, é que fui saber o porquê da Ginginha estar fechada no dia em que fui levar a turma do Ivan lá no Rossio, para experimentar um copinho da dita...

Foi encerrada por falta de condições higieno-sanitárias e técnico-funcionais. Isso em novembro, justo um dia antes do dia em que fomos lá.

E só poderão reabrir depois de nova vistoria da ASAE.

Também não sei mais, pode até já ter sido reaberta...

Vou ter que me informar.

O próximo...


Sexta passada comprei o Codex 632, em sua 27ª edição. Essa da foto é a 20ª. E sei que já anda na 28ª.

José Rodrigues dos Santos, o autor, é um jornalista moçambicano, com doutorado em Ciências da Comunicação. É também professor da Universidade Nova em Lisboa e jornalista da RTP - Rádio e Televisão de Portugal
Codex 632 é o terceiro romance desse que é um dos mais premiados jornalistas portugueses.
Escrito em 2005, aborda temáticas dos descobrimentos e polemiza a verdadeira identidade de Cristóvão Colombo.
Tem grandes chances de ser adaptado para o cinema, semana passada li que já existem prováveis negociações com algumas produtoras de Hollywood.

A ver vamos. É o primeiro livro dele que leio. E tenho ouvido e lido excelentes comentários.
Depois conto...

Rio das Flores...

Acabei de ler, hoje cedo.
Gostei.
De verdade.
Um bonito romance, recheado de história política de Portugal, da Espanha, do Brasil e do mundo da época em que se passa.
Por que não?
Um livro real. Muito bem escrito. Não sou crítica literária, não. Sei que não sou. Mas tenho alma.
Gostei.
E recomendo.

"El tiempo es veloz, la vida esencial"


Hoje acordei com vontade de ouvir Mercedes Sosa.

E veio a calhar que fosse logo essa canção de David Lebón, que fala da vida e das suas urgências e da vontade de mudar o mundo. E que nos mostra que as coisas continuam andando, a despeito de nós. E dessa sede de algo que nem nós mesmos sabemos o que seja.

Toda a gente que me conhece, sabe o tanto que a aprecio.
Comecei a gostar da Mercedes Sosa e das suas músicas fortes, da sua voz gigantesca e da força que me traz, cada vez que a ouço, ainda era adolescente. O que sempre me intrigou foi a suavidade com que canta essa voz imensa, sem fazer a mínima força, como se isso lhe viesse do mais profundo da alma.

E deve vir. Deve, sim.

Só isso explica.

A outra explicação devem ser as letras que escolhe para cantar. Sempre fortes, sempre gritantes, sempre de sentimentos muito claros. Violeta Parra, Ataualpa Yupanqui (compositores), Charly Garcia, León Gieco, Antonio Tarragó Ros, Sílvio Rodriguez, Milton Nascimento, Raimundo Fagner, Pablo Milanés, Fito Páez e tantos outros parceiros.
Em outros tempos, costumava ouví-la não só apenas por gostar. Quando me sentia a fraquejar em alguma situação, a energia da voz de la negra me trazia de volta ao que sempre fui ou queria ser: Forte.
E foi também uma canção que ela canta, Maria, Maria, de Milton Nascimento, a trilha sonora de entrada da Raquel, quando se formou em Publicidade e Propaganda, caminhando para receber o seu diploma. Cantada por mim, uma mãe emocionada, de voz trêmula, mas extremamente feliz, por entender que tudo aquilo que eu quis passar aos filhos, estava, de alguma forma, a florescer ali, na atitude da minha filha. Foi um momento desses de que nunca mais se esquece.
Depois, numa conversa com o Rodrigo, numa viagem ao Cassino, nós dois no carro. E ele a me dizer que, depois de muito tempo negando por pura birra, confessava achar a voz do Milton Nascimento maravilhosa e que ouvir a Mercedes Sosa nas viagens que a gente fazia, a cantar em altos brados, estrada afora, era uma coisa de que tinha saudade. E que com aquilo tinha aprendido a gostar de música de qualidade.
Outro momento. Sem comentários.
O Gabriel nunca se manifestou. Mas sempre ouviu, quietinho, sensível, imerso nos seus pensamentos, como a desenhar sempre o momento seguinte, dentro daquela cabecinha brilhante. A música fazia-se pano de fundo prá criatividade.
Minhas filhas Carol e Raquel sabem grande parte das músicas da Mercedes. Incontáveis vezes as cantamos juntas. Acho que foi assim que aprenderam um bom pouco de espanhol. E emocionavam-se, feito eu. Cantamos até hoje, quando nos encontramos nas junções da família. E sempre nos vêm lágrimas aos olhos. Definitivamente, a música é algo que nos liga imenso.
Essas coisas vão bordando a vida da gente de cores e matizes incontáveis. Vivas, fortes, suaves, às vezes um tanto cinzentas, mas sempre carregadas de enorme significado. Que nunca mais nos escapa, pela vida afora.
Por isso essa alma, que nunca se cala.
"No será tan fácil, ya sé qué pasa,
no será tan simple como pensaba,
como abrir el pecho y sacar el alma
una cuchillada de amor.
Quién dijo que todo está perdido?
Yo vengo a ofrecer mi corazón"
(Fito Páez)
Bom dia, gente!
E uma linda semana.

domingo, dezembro 16, 2007

Parabéns, Raquel!


A minha filha querida, que hoje faz 25 anos.
Que alegria ter filhos tão maravilhosos como vocês.
Amo. Amo. Amo!
Muito.
Com toda a força de que sou capaz. E ainda muito além.
Beijo.Imenso.
Abraço apertaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaado.
Nessas horas é que fica ainda mais difícil estar longe.
Me faz o favor de ser muito feliz, filha!
E que Deus te cuide sempre.
Toda a energia mais linda que houver no mundo!
FELIZ ANIVERSÁRIO!

sexta-feira, dezembro 14, 2007

E...como uma música puxa a outra...

Acabei por lembrar de outra, essa feita pelo Ricardo Freire, meu irmão/amigo, quando a Raquel tinha alguns 4 ou 5 anos. Foi no dia em que o conhecemos, pela mão do Luíz Bastos, que ia fazer um show na AABB, em Santiago, e levou aquele "tecladista" maravilhoso, como ele dizia, prá tocar com ele. Naquele tempo o Ricardo andava por Santa Maria, a divulgar a Chrysálida, banda instrumental que deixou saudade e da qual faziam parte o Luís (baixo) e a Isa Martins, ele, o Rica Freire (teclados), o Edésio Gomes (sax), o Brasília (percussão), que depois foi morar nos States e tocar prá uma cantora americana famosa, e o Evandro Brenner (guitarra).
De lá para cá, e lá se vão uns vinte anos, o Rica é um dos nossos grandes e "maravilhosos" amigos, como diz o Bastos. Além de ser um músico nota infinitos mil.

Naquele dia, dedilhando o violão, ele cantou assim:


Raquel...com seus olhos de mel
me fazem ... ao léu (não lembro da palavra ali...)
num barquinho de papel...
Tão cheia de coisa e tal
um rostinho angelical
e jeito de menina moça.

E depois escreveu, num caderninho que a Raquel ainda deve guardar de lembrança, até hoje.
Me diz, Raquel, era assim mesmo? Completa o que falta.

Era um tempo bom... bonito mesmo.

Uma canção do Beto Pires na memória...

Com essa do "tem sol"...acabei por lembrar de uma música que o Beto fez, quando as minhas filhas Carol e Raquel ainda eram bem pequenas e, por algum motivo, ensinou-as a cantar.
A esta altura andavam muito encantadas com um disco do Raimundo Fagner e tinham aprendido a cantar todas as músicas do tal disco. Cada um que chegava lá em casa tinha direito a uma sessão musical da dupla e, aliás, para o mais puro encantamento da mãe que aqui vos relata o fato, se saíam muito bem. O Rivail, grande amigo nosso, era um grande fã.
Foi numa dessas que o Beto inventou de ensiná-las, para que fossem cantar em algum festival, a sua música, agora lembrei.

E era assim:

Bola de brincar, céu de algodão,
tem sol
e eu vou pro mar
no meu barquinho de papel,
brincar que eu tô no céu...
é bum...baratimbum,
é bum...baratimbum.

não lembro de tudo...mas terminava assim:

Sonhos de criança ainda insistem em ser
nossos brinquedos mais guardados
no baú escuro do passado,
onde eu deixei o meu tambor,
lá de onde eu vim...
é bum...baratimbum,
é bum...baratimbum!

Será que era assim mesmo?
Mas as gurias devem lembrar...
Era tão bonitinha a letra. E tinha uma melodia linda também.
Anos depois ouvi-a, já com outra letra, também do Beto, mas que não era mais infantil, na voz da Juliana Spanevello. Bonita igual. Mas que não tinha a magia da primeira.

Grande Beto!
Sou muito fã. Do músico e da pessoa que ele é. Grande amigo!

Bom Dia!

O dia tá bonito, há um sol brilhando no céu e tá bem frio.
Gosto disso!
Vou prá rua.

Um lindo dia prá todos.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

E o Sporting...


Graças a Deus, ontem encerrou a participação na Liga dos Campeões com uma boa vitória sobre o Dínamo do Kiev.

3 x 0...

E teve até gol de pênalti do Polga e tudo!

Ufa!

Até que enfim, Polga. Valeu!

Curtas...longas...umas boas...e outras não tão boas...

Bom dia!
Acordo com a sensação de andar meio suspensa de tudo, já há uns dias.
Às vezes isso me acontece. Não muito. Mas há alturas.
Logo me acho...
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Leio alguns jornais, revistas, disponíveis aqui na Net. (Em Santa Maria - Brasil -Net é uma empresa de TV a cabo, mas aqui é Internet mesmo...rss)
Ando confusa com tanta informação.
Enfim...

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CPMF no Brasil derrubada pelo Senado.
Resta saber o que virá em substituição. E vem. Toda a gente sabe que vem. Deixa só passar essa fase pré-eleitoreira. Afinal, 40 bilhõezinhos não são qualquer vintém...
Se isso é bom?
É e não é. Tudo tem os seus lados vários. A finalidade sempre foi a melhor possível. Mas a gente sabe que não era nem de longe cumprida.
Enfim...
Prefiro assistir ao desenrolar dos fatos.
Ainda há de rolar muita negociação por aí...a gente também sabe...
Se existe algo com que definitivamente não me iludo é com políticos.

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Por aqui acontece (e já aconteceu, estava marcada prás 10 da manhã) a assinatura formal do Tratado de Lisboa ( Tratado Reformador da União Européia), em cerimônia histórica e marcada pela pompa e circunstância, nos Claustros do Mosteiro dos Jerónimos, com a presença dos líderes representante de cada um dos 27 países que fazem parte da União Européia.
Não, não fica tudo definido. Ainda resta o processo obrigatório de ratificação/confirmação do documento em todos os Estados-membros, sem exceção, por via parlamentar ou através de referendos, que é a condição prévia para a sua entrada em vigor, com data provável para 1º de janeiro de 2009, antes das próximas eleições européias de junho do mesmo ano.

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O que é o Tratado de Lisboa?

É um tratado reformador, uma vez que deve introduzir profundas reformas nas instituições comunitárias e colocar assim as bases para uma nova UE no século XXI, definindo o seu novo papel no mundo globalizado.

Foi concebido também para aumentar a coerência política, a legitimidade e a transparência democrática de um bloco comunitário único no mundo, bem como para aproximar a sua população - em torno de 450 milhões de habitantes - do funcionamento das suas instituições decisórias.

Não o chamam de Constituição Européia, inviabilizada em 2005, pelos referendos negativos ao documento, na França e na Holanda, e que iria substituir todos os Tratados europeus existentes. Mas é o que vem a ser, na prática, uma vez que altera os dois tratados constitutivos atuais (Tratado da União Européia - Maastricht, de 1992 e Tratado da Comunidade Européia - Roma, de 1957, que passará a ser designado como Tratado sobre o Funcionamento da UE, pelo novo Tratado Reformador).
Com a mudança do nome do segundo Tratado, a Comunidade Européia desaparece de vez, sendo o espaço ocupado pela União Européia, que passa a ser uma "entidade única", herdeira da personalidade jurídica da Comunidade. Isso significa o fim da estrutura em "pilares", simplificando a ação da União no plano interno e externo.

Algumas das inovações:

A partir de 2009, haverá um Presidente do Conselho Europeu, eleito por dois anos e meio, pelos seus membros, que são os chefes de Estado ou de governo dos países da UE. Não terá funções executivas, mas de representação externa.

Retoma o sistema de votação por "maioria qualificada" previsto na "abandonada" Constituição. Uma decisão somente será adotada no Conselho de Ministros da UE, se tiver apoio de 55% dos Estados-membros (15)em representação de pelo menos 65% da população total da União. E qualquer "minoria de bloqueio" deverá incluir pelo menos quatro Estados-membros, ao invés de três, como atualmente. Esse novo sistema de votação deverá entrar em vigor apenas em 2014.

As atuais presidências semestrais da UE serão modificadas, de acordo com uma decisão a tomar pelo Conselho, que deverá prever equipes de três Estados-membros para um período de 18 meses.

As reuniões do Conselho de Relações Externas passam a ser presididas pelo Parlamento Europeu, sob proposta do Conselho Europeu.

Propõe mais garantia para os Estados e mais flexibilidade, uma vez que o novo Tratado prevê maior definição das competências da UE, estabelecendo que tudo o que não é atribuído á União, continua a ser da exclusiva competência dos Estados-membros.

Prevê ainda o reforço dos Parlamentos Nacionais.



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Ainda não tenho conhecimento para fazer uma análise sobre o assunto. E não gosto de ser irresponsável com essas coisas.
Por isso, por enquanto, limito-me ao caráter informativo... em algumas pinceladas.


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Com todos esses acontecimentos...semana passada foi a Cimeira EU - ÁFRICA, fica complicado andar pelo centro e em alguns outros lugares de Lisboa. Peso de segurança, polícia, manifestações, essas coisas comuns a tais eventos.

Hoje não há pastéis de nata prá ninguém nas imediações do Mosteiro dos Jerônimos. Algumas ruas estão fechadas, impedindo o trânsito de pessoas e veículos.

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Fim de semana foi a vez das manifestações junto à Estação do Oriente e à Baixa Lisboeta. Difícil era se movimentar em meio aos manifestantes. Pacíficos, verdade, ao ritmo do slogan: África não está à venda".

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Fora isso, leio que a Xuxa perde o seu programa matinal diário na TV e que vai ter um novo programa, agora aos sábados, voltado às crianças e às famílias. Mas já não era?

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E ontem, dia 12, inaugurou um novo Hipermercado aqui na Badela, enorme, da rede francesa de supermercados E Leclerc, o Centro Comercial Shopping Tejo. Fomos dar uma espreitadela, eu, o seu Manoel e a dona Graciete. Depois o Arsénio se juntou a nós. Uma alternativa interessante prá essa nossa região e boa oportunidade de trabalho pra muita gente. Beleza.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

E eu continuo na mesma...


De novidade, só a ambrosia que fiz à cópia da receita que a Zinha me deu de manhã.
Espetáculo!
Calma...
Vou dar a receita, sim.
Já vai.

AMBROSIA DA ZINHA (mãe da Rê, minha nora)
Para 4 ou 5 pessoas

Ingredientes
1 copo de água
300g açúcar
8 cravinhos
4 ovos
1 litro de leite

Colocar em uma panela o copo de água, o açúcar e os cravinhos e deixar ferver em fogo médio, até virar uma calda rala. Enquanto isso, bater as claras em "castelo" e misturar as gemas.
Colocar o leite e os ovos na calda e deixar ferver, em fogo brando, sem mexer.

De vez em quando, sacudir a panela devagar e passar a colher de pau, levemente, para o doce não grudar no fundo.
Deixar cozinhar até que esteja dourado e quase seco.
Retirar os cravinhos, porque, segundo a Zinha, é muito desagradável morder um deles, em meio ao doce. Colocar em um vidro com tampa, bem bonito.


Feito!
É isso!
Fica uma delícia. Eu recomendo.
Se quiser fazer para mais pessoas, é só dobrar, triplicar...a receita.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Hã?


Tsc...tsc...
Pensando...

Ainda não me ocorre nada...
Volto depois.
Ando a fabricar geléias...hmmmmmmm...
Té já.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Boa Noite...

Hoje não deu vontade de escrever nada...
Sei lá...
Não calhou.
Volto amanhã.
I promisse you that.

domingo, dezembro 09, 2007

Vila Franca de Xira










Não faço lá muita questão de conduzir automóveis em Lisboa. Desde que vim de Santa Maria, praticamente só tenho andado de transportes. Até porque acho muito mais cômodo e prático. Faz-me confusão o trânsito daqui...e como não sou lá muito atenta, prefiro andar a observar e contemplar, sem ter que me preocupar com sinais, gente que não respeita, a falta de paciência dos outros condutores e, claro, tenho que admitir, a minha natural dispersão.
A minha amiga Mariângela, noutro dia, quando levava o filho à escola, por um dá cá aquela palha que ela nem sabe qual...só não foi chamada de "santa", por um condutor que vinha atrás dela...
Pois não ando com vontade de me estressar e nem de andar a ouvir essa espécie de elogio...

Só que ontem teve um vinhozinho ao almoço. E resolvemos passear à tarde. Como eu só tinha tomado um copinho pequenininho, sobrou-me a direção. Como toda a gente sabe, por aqui, se alguém for pego conduzindo com mais de 0,5ml de álcool por litro de sangue, tá todo lixado. Carro apreendido, carta de condução recolhida, multa elevada e um monte de incomodação. Se calhar, ainda dá prisão. Tá bom assim, ou quer mais?

Peguei a Nacional 10, em direção à Vila Franca de Xira. O Arsénio ao lado, de co-piloto. Até que não foi mau.

Depois de parar no caminho para comprar a cômoda numa tal loja Max-não-sei-o-que, acabamos por ir até Vila Franca, por onde eu já havia passado várias vezes, mas nunca tinha parado ou andado pela cidade.
Uma povoação muito simpática, característica do Ribatejo, onde as ruas são estreitinhas, na parte mais antiga, e as casas típicas, de cores suaves e com muitas roupas penduradas em frente às janelas e portas.

A maior tradição, ali, são as touradas, há uma grande e colorida Praça de Touros logo à entrada da cidade.
Lembro logo da minha mãe, que é louca por touradas, não perde uma na TV, mas acho que nunca foi ver ao vivo e a cores, como gostaria.
Um dia desses ainda vou ter que ir a uma no Campo Pequeno, aqui em Lisboa, tirar muitas fotos e mandar prá ela, que há de adorar, com certeza.
Em Vila Franca de Xira, no verão, acontece a Festa Brava, a festa dos Coletes Encarnados, e a cidade se enche de visitantes. Me diz o Arsénio que por ocasião das Largadas de Touros às vezes chega a morrer gente. Fugindo do touro, alguns, com medo, pulam o muro que acaba por colocá-los embaixo de algum trem. Daí, como ele diz, é arroz queimado. Antes de colocarem o muro mais alto, também morreu um ou outro touro, pelo mesmo motivo. A linha do comboio passa mesmo ao lado e os trens andam a uma velocidade muito grande.
Há também um jardim muito bonito à beira do Tejo. Agora no outono, ainda deve estar mais, o chão coberto pelas folhas, parece um tapete multicolorido, em tons laranjas, marrons e verdes.

As pessoas é que não se vestem com muitas cores, mas é o jeito de cada um, paciência.

Portugal é assim...cada lugar tem o seu encanto e muita história prá contar.

Tabaco?

Enfim. E põe enfim nisso!
A partir do dia 1º de janeiro de 2008, portanto, daqui a menos de um mês, estaremos de certa forma livres de respirar a fumaça dos cigarros alheios, na maioria dos estabelecimentos em Portugal.
E, pasmem!
A grande maioria dos fumantes concorda que é uma ótima medida, uma vez que será para a preservação da saúde da população. E dão depoimento na TV e tudo.
Demorou...
Mas, antes tarde do que nunca.
Não sou ninguém prá dizer prá alguém que deve ou não fumar. E nem sou contra. Quem quiser fumar, que fume. Mas em ambientes fechados, gente? Tenham dó.
É como eu sempre digo...Precisa virar lei ou doer no bolso. Daí vai.
Aleluia!
Sou feliz! Eu e mais um mundaréu de gente!

Natal chegando...







Pois é...
E é o meu primeiro Natal por aqui.

Então ontem a gente resolveu montar árvore, enfeitar a casa e compramos até um Papai Noel grandão, daqueles que a gente pendura prá fora da janela, a subir uma escadinha e tal, como manda o figurino. Foi motivo de muita risada a tarefa de montá-lo e depois amarrá-lo do lado de fora da marquise (sacada). Rendeu fotos e fotos. Depois ainda descemos prá olhar lá de fora, da rua. O gajo tava meio enviesado, com os pés fora dos degraus e uma bunda pontuda (porque dentro são feitos de uns arames, sei lá...). O Arsénio fotografou assim mesmo. Depois subimos prá ajeitá-lo melhor. Arrumamos os pés, subiu-lhe o casaco. A cara enterrada na parede, não era a melhor pose. Toca a puxar o gajo de volta e arrumar de jeito. Tive que virar a cabeça para um lado, como se estivesse a espiar a vizinhança...quase lhe caem os óculos. Minha Nossa Senhora!
Enfim, ficou como ficou. E eu faceira, que nem criança.
Na árvore, luzinhas e bolinhas vermelhas, bonequinhos, ursinhos, uns papai noéis em miniatura...uma gracinha. Nossa!
O Arsénio doido da vida e dando muita risada. Nem acreditando que era ele ali, a grudar-se num Pai Natal, que até na bicicleta ergométrica andou a sentar-se, antes de ir pendurar-se lá fora. E eu não acreditando que nunca fizera aquilo. Pois não.
Por fim, deixamos o store aberto, prá se ver lá da rua, as luzinhas pisca-piscando e fomos comer alguma coisa.
Não antes de eu convencê-lo a colocar um touca de Pai Natal e posar prá uma foto. Uma não! Várias! Com...migo e sem "migo" também! Os dois de touca vermelha e pompom caindo pro lado, em pose de foto natalina.
As coisas que essa mulher me faz fazer! Eu nem acredito!
Mas fez!

E agora anda ali...a montar uma cômoda que compramos ontem.
Hoje, domingo.
Complicadíssimo!
Nem chego perto, prá não desconcentrar...
Mas tiro fotos, volta e meia. Capaz que não...
Começou a função ainda pela manhã, enquanto eu andava pela cozinha, a inventar alguma coisa pro almoço, fazendo um bolo e cozinhando maçãs carameladas.
De vez em quando dava prá ouvir um xingamento à cômoda.
Almoçou e voltou à árdua tarefa. Nem o cafezinho no Basílio, hoje. Nem sei como...é praticamente um vício, aos domingos depois do almoço. Sentamos ali na esplanada, a olhar o Tejo e a curtir a "cobra" enrolada ao pescoço que, invariavelmente se instala depois das almoçaradas. Mas hoje não...
Chego até onde ele está...pergunto como vai o trabalho...vejo que já está quase pronto. Pego a câmera. Ando a fotografar por etapas... Tão concentrado na tarefa, nem me vê bater a foto, senão reclamava...
Bonita cômoda!
Sou mesmo muito debochada...que horror!
Volto ao PC e continuo a escrever.
Espirro.
Ele grita: "Santinho!"
Eu rio...
Esse inverno promete.

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Tantas coisas...







Tarde de domingo...
Tempo fechado, dia enferrujado. Mas não há de ser nada...
Vamos recapitular o resto da semana que passou.

Dia 7, sexta, era o dia do aniversário da Mara.
Tentei falar com ela o dia todo, mas não deu certo. Devia andar a fazer os bolos para distribuir aos amigos, rua afora, que é o que costumeiramente faz, ano após ano. Acha que aniversário é assim, nada de festas em casa ou em clubes, nada disso. Faz um monte de bolos e, de pratinhos e garfinhos em punho, distribui a quem encontrar. Na escola onde trabalha, na faculdade, no forró onde vai dançar aos sábados...e é muito feliz assim. Uma grande almoçarada com os filhos, onde se esmera nos pratos, às vezes um jantar. Mas a festa mesmo é do jeito que mais lhe agrada.
Bem que faz. Acho um jeito bonito de comemorar a vida. Que seja por muitos e muitos e muitos anos mais, é o que desejo. E que cada vez tenha mais e bons amigos prá repartir os bolos.

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Encontrei com a Mariângela e andamos a caminhar pela beira do Tejo durante umas duas horas, quase. O dia estava bom, calorzinho e tal. Depois fomos à casa dela, acertar uns detalhes de internet, orkut, essas coisas. Dali pro Continente, comprar os presentinhos dos meus netos, prá mandar pelo Correio. Criança tem que ter um monte de pacotinhos, no Natal. Sempre achei isso. Nada de presentes muito caros, nem muito mirabolantes. Brinquedinhos coloridos, bonequinhas...carrinhos. Natal devia ser isso, sempre, prá ter mais graça.

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Logo que cheguei à Gare do Oriente, antes de encontrar a Mariângela, ouvi um barulho de tambores.
Curiosa, claro. Flor de curiosa, subi as escadas que dão para a rua, no pavimento superior, prá bisbilhotar. Havia um movimento em prol do Direito à Alimentação. Um grupo de tambores fazia uma apresentação, enquanto algumas pessoas serviam os passantes, a quem quisesse, um prato de comida, que tiravam em conchas de uma panela enorme. Estavam ali a manifestar-se em virtude da II Cimeira UE - ÁFRICA, onde estariam reunidos os governantes e chefes de Estado europeus e africanos, pela Paz e Segurança, Democracia e Direitos Humanos e ainda Comércio e Integração Regional.
Pediam atenção à fome e o direito à uma Alimentação Adequada, como direito humano básico em vários documentos e tratados internacionais que, como tudo, acaba por ficar apenas no papel.
Ainda conversei com uma das pessoas, que me explicou o movimento e me passou um folheto, escrito em português, de um lado e, em inglês do outro. Depois me ofereceu um prato e perguntou se eu queria almoçar com eles. Agradeci, delicadamente, e falei que já havia almoçado, do contrário teria muito prazer em fazer companhia a eles. E perguntei se podia ajudar com alguma coisa, de alguma forma. Ela apenas sorriu um sorriso aberto, de dentes muito brancos e bonitos e agradeceu, falando que não precisava de nada, só de atenção. Eu sorri de volta. E fui andando, meio engasgada, sentindo os olhos arderem e aquele aperto no peito, que a gente não controla...

Tentando entender a vida tão simples e tão complicada.
A comida cheirava bem, parecia bastante condimentada, senti um cheiro forte a cominho. Mas sabia bem, como se diz por aqui. Grãos, feijões, não pude ver o que mais havia. Muitos turistas e curiosos (como eu) andavam por ali a encher os pratos. Fotógrafos, repórteres, algum jornalista, câmeras. Mas não li nada em jornal algum, nem no dia, nem depois. Na TV também não vi.
Afastei-me sem pressa...pensando naquilo tudo e entrei no Centro Comercial Vasco da Gama, à procura da Mariângela. Quando nos encontramos, sugeri que voltássemos ali, prá ela ver o que acontecia. E retornamos, antes de começarmos a caminhada para os lados da Bobadela, pela beira do rio.
Um dado impressionante prá mim...Nos últimos 30 anos, a produção global de cereais aumentou 84% e, mesmo assim, os números da fome não diminuiram nunca. 850 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo. Não que eu não soubesse, mas é preciso bater de frente com esses fatos prá gente parar um pouco e refletir. Aquilo me martelando na cabeça.
Não dá prá gente ficar alheio...não dá.

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A II Cimeira UE - ÁFRICA está acontecendo aqui em Lisboa, nos Pavilhões da FIL, no Parque das Nações. E encerra hoje, domingo. Falo sobre isso daqui a pouco.
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sexta-feira, dezembro 07, 2007

Aniversário da Mara

Eu, o Zeca, a Betina, o Maurício, a minha mãe, a Mara e o Sérgio. Na foto só falta o meu irmão Ricardo, que não pode vir pro casamento do meu filho Gabriel.


É sim.
É hoje.
Entre os meus seis irmãos (e irmãs) tenho uma que se chama Mara, que é um pouco mais velhinha do que eu ( bem pouquinho mesmo), mas só na idade. De resto, me dá e sempre me deu de dez a zero!
Figura extraordinária e mais ainda, castiça, como diz o Arsénio.
Mora em Maceió e já lá vão muitos anos.
Tem três filhos, é professora, técnica em eletrotécnica e atualmente anda se vendo maluca com o trabalho de conclusão do curso de Matemática. Já foi funcionária da Caixa Federal e antes, de um outro banco, que foi incorporado pela Caixa. Também trabalhou na Traffo, em Porto Alegre, por vários anos.
Um dia, em função do tal banco, foi de mala e cuia prá Maceió.
É uma pessoa única, na verdadeira acepção da palavra. E uma irmã fora de série.
Mas volto a falar dela mais tarde, agora tenho que dar-lhe os parabéns.

"O Segredo", a minha mãe e a região de Rio Grande...

Pois é...a famosa Lei da Atração...
Não, não achei o livro. Aliás, ainda nem procurei.
Nem o filme (ou documentário, o que seja).
A minha amiga Rosália, que é lá de Santiago do Boqueirão e mora em Valéncia, na Espanha, onde finaliza um doutorado, leu o blog e resolveu mandar uma espécie de resenha do livro, em slides que, por sua vez, tinha recebido de uma outra amiga.
Muito bem.
Ela antes me avisava que era um pouco chato, apesar de haver ali verdades inegáveis. Não falou assim, nessas palavras, mas foi o que entendi.
Tá visto.
E concordo com ela. Chega a beirar o aborrecido, tal a insistência e repetição das idéias. Mas deve ser prá isso mesmo. Quase uma lavagem cerebral.

Mas nem por isso...
O que importa é que, de alguma forma e, diga-se a verdade, não em tudo, mas tenho feito isso de um modo geral (bem geral mesmo), na minha vida.

Se bem me lembro, cresci ouvindo a minha mãe falar qualquer coisa bem parecida.
Do jeito dela, sim.
Mas sempre falou e, se calhar, sempre agiu ou nos incitou a agir dentro dessa forma de pensamento. Talvez por isso a gente tenha resultado assim, tão "desacomodado" , "inconformado" e, aparentemente, tão inquieto, sempre achando que ainda há muito mais. E não especificamente em termos financeiros, mas em termos de vivência mesmo, de sonhar alto e de acreditar que se alcança. Sempre nos deu a entender que a nossa capacidade é incalculável, que o nosso cérebro é um espetáculo e que um dia ainda nos havíamos de curar, só com a mente, de todas as doenças.
Numa versão mais simplista, costumava dizer que a maioria das doenças estava na mente e que a energia positiva é capaz de operar maravilhas.
Olha, olha, dona Helène...
A senhora devia mesmo era estar ali, a dar o seu depoimento junto a tantas figuras de peso mostradas no filme-livro-resumo-em-slides. Com foto e tudo.
Era justo.
Uma mulher de visão, a minha mãe Helène...

Essa do cérebro capaz de maravilhas era uma...

A outra, a gente até acabava por achar que era exagero quando ela falava...era sobre o futuro de Rio Grande, muito antes de existir o Super Porto.
E olha, agora quando estive na região (ela mora na praia do Cassino), pude confirmar que muito do que ela dizia está lá. Principalmente sobre o desenvolvimento.
A cidade tornou-se pequena, incapaz e sem estrutura para tudo o que anda acontecendo. Construção da Plataforma P53, da Petrobrás, Dique Seco, Estaleiro, duplicação da BR-392... e por aí vai. Sem contar que a população quadriplicou...Rio Grande vai se transformando num dos principais polos da indústria naval brasileira.
Ela bem dizia...e a gente achava que era bobagem...e ria.
Tá aí...
Sonhava alto, a minha mãe.
E ainda sonha. Graças a Deus!

E as folhas das árvores do jardim do bairro...

Começaram a amarelar e cair...
Enfim, a natureza se rendendo às evidências, a um caro custo, depois de ter resistido heroicamente.
Já vejos ali os homens da administração a varrer e a recolhê-las.
Pena, ia descer com a câmera. Havia de dar uma bela foto.

É como na vida...a gente esperneia, esperneia, mas os sinais do tempo sempre acabam por aparecer...
Diferentes, sim. Mas interessantes. Sempre.
É o jeito.
Algo se perde. Mas muito mais se ganha.
Digo eu...

Bom dia! Boa Sexta-Feira!

Um belo dia mesmo, por sinal.
Depois de alguns dias nebulosos, finalmente o sol. Uau!

Ando pela página 120 do livro do Miguel Sousa Tavares. Mas custa-me largar a leitura, fico com vontade de saber mais sobre o desenrolar da trama. Algo semelhante (e bastante) às histórias de nossos antepassados lá do Rio Grande do Sul...Por que será?

Falei com o Gabriel, ontem a noite. Estão bem e trabalham incessantemente. Além de estudar.
Beleza. É bonita essa caminhada na direção dos sonhos, não é?

Ontem também falei com a Carol e com o Rodrigo. E a Daiane me deu boas notícias dos miúdos e da ida prá Santa Maria. Fiquei contente. Com a Raquel tinha falado anteontem, tá cheia de planos bem legais.

Enfim...ando por aqui, no momento a estudar inglês. À tarde vamos caminhar, eu e a Mariângela. Tá mais do que na hora de tomar um providência nesse sentido...rssssssssssssssssss

Ainda mais que as festas se aproximam. Daí é aquilo...né.


Por hora é só...a despeito do aumento no preço dos sacos de supermercado, para os que já eram cobrados e da cobrança daqueles que ainda não eram, em Portugal.

Bom dia prá todos!
Volto depois.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

"Rio das Flores"


Comprei.
Tô lendo.
Uma, porque gosto muito do trabalho do Miguel Sousa Tavares.
Outra...prá entender o porquê de uma certa polêmica. Por enquanto penso que o senhor aquele, de "pulido" não tem nada... Mas...enfim...

Depois comento...

" O Segredo"


Pois então...o Wellington tinha falado. Muita gente anda falando...hoje cedo conversei muito com o Rodrigo, que assistiu ao documentário...depois com a Carol, que também viu parte dele...
Será?
Começo a ficar curiosa, só prá ver o que vem lá...
Vai saber...
Total, nunca é demais.
Sou muito curiosa...êta defeitinho brabo!
Será?

Fora isso...


Tá bem frio por aqui...Já andamos nessa de nos enchermos de casacos, bonés e cachecóis.
Invernooooooooooooooooooooooooooo!



Ontem fui ao Consulado Brasileiro.
Hã? Se passei o dia todo lá?
Capaz...
Só das 11 às 17hs. Coisa pouca.
E foi mesmo.
Já sei que há gente dormindo na fila, de colchãozinho e tudo, prá pegar senha às 9 da manhã. Faz lembrar as filas do INAMPS. Rárárá...Agora é INSS. E de alguns bancos, também, em dia de pagamento de milico...em outros tempos.
Eu fui super bem atendida. Claro, às 16:45hs da tarde. Mas a moça era extremamente simpática e depois de 5 minutos já tinha o documento na mão.
Ainda bem que não desisti, senão teria que ir hoje, de novo. Fazendo os cálculos, cheguei à conclusão de que atendem, na média 20 pessoas por hora. Eu tinha a senha 209, ou seja, a tendência era de que fosse atendida lá pelas 19hs ou mais. Infeliz ou felizmente, boa parte desiste. Cansa de esperar ou tem mais o que fazer.
Resolvi esperar.
Afinal, tudo tem o seu lado bom...conheci uma porção de brasileiros muito legais, ontem, enquanto esperava a minha vez. E demos boas risadas juntos.
Como se pode ver, nem tudo é espinhos.

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Sobre o Scorpions e outras considerações gerais...


Pois é...
Fomos ao concerto e, realmente, valeu cada cêntimo.
Casa cheia. Não esteve assim na apresentação do The Who.
Surpresa boa foi ver gente de todas as idades. Adolescentes, gente da minha geração e outros ainda mais avançadinhos, cabelinhos brancos e tudo. Filhos, pais e avós, um show de platéia.
Ouvimos boa parte dos novos temas que fazem parte do "Humanity Hour I" e, prá nossa alegria, alguns do clássicos que marcaram a história do rock dos anos 80 e 90.
O espetáculo, que durou duas horas ou mais, não teve nada de extraordinário em termos de produção. Aliás, produção nenhuma. Eram os cinco em cima do palco, muita energia, muita luz e os seus instrumentos. Perfeitos!

Gostei de ver o Klaus Meine. Continua "a voz" do Scorpions, a marca registrada, mesmo com os seus quase 60 anos. E dá um show de palco, demonstrando uma vitalidade que muito garoto fica a dever.

O guitarrista Rudolf Schenker, fundador da banda, junto com seu irmão Michael e com Klaus Meine, vinte anos depois, ainda continua fazendo "gritar" a sua Gibson Flying V, com toda a competência e arte. Da mesma forma que Matthias Jabs que, para além disso, ainda guarda o charme de outros tempos.

James Kottak foi um momento a parte no show. Intrigante e extremamente criativo, fez do seu solo de bateria um dos pontos altos e divertidos do espetáculo. Muito aplaudido. Não é à toa que é considerado um dos melhores bateristas do mundo.

Igualmente aplaudido em seu solo, o baixista Pawel Maciwoda, que passou a integrar a banda em 2004, quando do lançamento do álbum Unbreakable.

Foram belos momentos de solos de guitarra, que fizeram a platéia vibrar e devolver o carinho, através de aplausos e a luz dos celulares, isqueiros, mais parecendo uma linda noite estrelada dentro do Pavilhão Atlântico.
E na hora de cantar junto, então...tão bonito de se ver e ouvir.
Eles têm um grande poder de interagir com o seu público.

Gostei.
Gostei mesmo.

E toda a gente gostou, foi o que deu prá sentir.
Especialmente nos momentos de resgate, com os clássicos "Holiday", Make it Real", Big City Nights", "Always Somewhere", "Send me an Angel", "Wind of Change", "Still Loving you" e "Rock you Like a Hurricane".
Não faltou energia em um único momento e muita emoção na hora das baladas.
Terminaram com "When The Smoke is Going Down".

Durante a apresentação, as bandeiras de Portugal e do Brasil subiram ao palco, jogadas pelos fãs, e depois, decoraram a bateria de Kottak. Pena as vaias dos portugueses, quando foi a vez da bandeira do Brasil. Pena mesmo. Podíamos ter ido prá casa sem essa. Mas não foram unânimes, resta o consolo.
Enfim...o que interessa é o show.
E 42 anos de carreira, 21 álbuns gravados e mais de 75 milhões de discos vendidos, realmente, fazem do Scorpions um grande espetáculo.

Longa vida ao Scorpions!