quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Dia na Bobadela City


E então a gente sai à rua, de manhã, e dá com esse cenário...
É bom, não é?
Eu gosto.

Dos sentimentos e das cores...

Então...daí eu pensei...Por que cores frias, se sempre gostei das mais vivas?

Azuis...
Amarelos...
Vermelhos...
Rosas...
Verdes...

Sei lá...escreve-se da cor da nossa alegria.
É sim!
Porque a nossa alegria pode ter a cor que a gente quiser. É como o Natal, que é quando um homem (ou uma mulher) quiser.
E a nossa tristeza também.
E qualquer sentimento.
A mim parece que a cor é isso, tem o poder de pôr à tona o sentimento, mesmo que por vezes a gente tente (ainda que sem se dar conta) mascará-lo um pouco.
Que venham as cores mais berrantes!
Porque a vida pulsa.
Sempre!

Pavão Misterioso... Jardins de Évora Portugal

Calma...tô aqui...tô aqui...

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

E Lisboa tremeu na última segunda-feira...

Pois tremeu. No dia 12 de fevereiro.
E eu, que não sabia o que era aquilo, achei que estava a ficar "trembleca".
Na frente do PC, às 10:36 da manhã.
A mesa se mexeu, a cadeira, de rodinhas, parecia não querer ficar em baixo de mim. Estalidos na estante dos livros e pela casa. Coisa maluca. Por uns segundos achei que estava tendo uma vertigem esquisita. Sentia-me toda embrulhada...Fui prá varanda, tomei uns goles de água...agarrei-me à rede e tentei ficar reta. Não dava. Era como se alguma força insistisse em me botasse inclinada. E eu já rindo daquela situação...
Não entendia.
Podia ser a pressão arterial. Vai saber...Às vezes dá uma louca...
Cheguei a medir. Nada. 12 por 7,5. Batimento normal.
Voltei ao PC.
Pelo MSN, a Rosália (amiga brasileira que tá morando em Valéncia, na Espanha) a me perguntar se eu estava bem. Não entendi nada e nem deu tempo de explicar, ela já me informava: _Lisboa tremeu agora. Mas te acalma, já passou, não te preocupa.
Bom, se eu não tinha me assustado ainda, aí me assustei.
Liguei a TV...nada.
Rádio nem lembrei de ligar.
Mas alguns minutos depois já falava com outras pessoas sobre o fato.
E foi, realmente.
Em Lisboa e outras cidades, mais notadamente no sul de Portugal, houve o reflexo de um sismo que chegou a 5.8 na escala Richter, com epicentro a 160 km do Cabo de São Vicente. Mais tarde, às 11:50, houve uma réplica, mas essa não foi sentida pelas pessoas, por ter sido menor (2,5º).
Graças a Deus não houve danos de nenhuma natureza. Menos mal. As notícias deram conta de que fazia mais de 30 anos que não havia um tremor com essa intensidade.
Aqui em casa as portas ficaram um pouco emperradas e no outro dia de manhã notamos uma rachadura no vaso sanitário. Se foi do tremor, não sei. Mas não estava lá antes...
E o gajo a dizer-me: _Te falei, isso aqui de vez em quando dá uma abanadinha. E a rir-se.
A bem da verdade, o povo aqui parece mesmo acostumado aos sismos. E eu, que não estou, tive que fazer uma leitura bem dinâmica de como me comportar e de todos os procedimentos aconselháveis antes, durante e depois de um sismo.
Enfim, uma experiência a mais para o caderninho azul.
Bem desagradável...
Mas real.
Espero sinceramente que fique por aí.

Tulipa e Valentine´s Day...tenho a alma tão leve...

Tentando...tentando...como será que se usa a luz numa fotografia? Eu, por mim mesma. Um jeito de paz...Lisboa fev 2007

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

Eu e o Mike, o meu fiel companheiro dos passeios no bosque do bairro Petrogal

Vivendo na Vila da Bobadela

As coisas são realmente para viver, menos para contar. Mas...se não contarmos, como se há de saber? Deve ser para isso que inventaram as palavras.
Da varanda do apartamento vêem-se os carros, o céu, os aviões que sobem. No inverno, às cinco e meia já se faz noite em Lisboa.
A Vila é mesmo uma espécie de vizinhança da infância e adolescência de todos nós. Muitas das pessoas nasceram aqui, cresceram, casaram, tiveram seus filhos e têm hoje os netos. Muitos se conhecem, cumprimentam-se, conversam quando se encontram à rua e nos cafés. A cada dez passos temos um, os cafés são uma tradição que se mantém em todo Portugal.
Também aqui, como deve estar acontecendo no mundo todo, por conta dos problemas ambientais, há situações intrigantes. As folhas ainda não cairam todas e o outono já se foi. Estamos no inverno em Portugal e ainda há folhas nas árvores, algumas ainda verdes. E as folhas secas como a formarem um tapete no chão, o que torna a paisagem extremamente bonita e peculiar.
Há dias de nevoeiro, onde o sol só aparece lá pelas duas da tarde.
Hoje, por acaso, mesmo tendo amanhecido fechado, o sol apareceu mais cedo e está mesmo um belo dia.
Por isso, pernas e olhos à rua, que hoje é dia de se ver tudo e mais um pouco. E fotografar muito.
Até breve...

Desde Lisboa...aprendendo a vida toda de novo e aproveitando tudo o que já vi, ouvi e senti até hoje...

Tenho um gosto especial pelas margaridas...Especialmente pelas que nascem nos campos, sem que ninguém as tenha plantado. Valada do Ribatejo - jan 2007