quinta-feira, fevereiro 15, 2007

E Lisboa tremeu na última segunda-feira...

Pois tremeu. No dia 12 de fevereiro.
E eu, que não sabia o que era aquilo, achei que estava a ficar "trembleca".
Na frente do PC, às 10:36 da manhã.
A mesa se mexeu, a cadeira, de rodinhas, parecia não querer ficar em baixo de mim. Estalidos na estante dos livros e pela casa. Coisa maluca. Por uns segundos achei que estava tendo uma vertigem esquisita. Sentia-me toda embrulhada...Fui prá varanda, tomei uns goles de água...agarrei-me à rede e tentei ficar reta. Não dava. Era como se alguma força insistisse em me botasse inclinada. E eu já rindo daquela situação...
Não entendia.
Podia ser a pressão arterial. Vai saber...Às vezes dá uma louca...
Cheguei a medir. Nada. 12 por 7,5. Batimento normal.
Voltei ao PC.
Pelo MSN, a Rosália (amiga brasileira que tá morando em Valéncia, na Espanha) a me perguntar se eu estava bem. Não entendi nada e nem deu tempo de explicar, ela já me informava: _Lisboa tremeu agora. Mas te acalma, já passou, não te preocupa.
Bom, se eu não tinha me assustado ainda, aí me assustei.
Liguei a TV...nada.
Rádio nem lembrei de ligar.
Mas alguns minutos depois já falava com outras pessoas sobre o fato.
E foi, realmente.
Em Lisboa e outras cidades, mais notadamente no sul de Portugal, houve o reflexo de um sismo que chegou a 5.8 na escala Richter, com epicentro a 160 km do Cabo de São Vicente. Mais tarde, às 11:50, houve uma réplica, mas essa não foi sentida pelas pessoas, por ter sido menor (2,5º).
Graças a Deus não houve danos de nenhuma natureza. Menos mal. As notícias deram conta de que fazia mais de 30 anos que não havia um tremor com essa intensidade.
Aqui em casa as portas ficaram um pouco emperradas e no outro dia de manhã notamos uma rachadura no vaso sanitário. Se foi do tremor, não sei. Mas não estava lá antes...
E o gajo a dizer-me: _Te falei, isso aqui de vez em quando dá uma abanadinha. E a rir-se.
A bem da verdade, o povo aqui parece mesmo acostumado aos sismos. E eu, que não estou, tive que fazer uma leitura bem dinâmica de como me comportar e de todos os procedimentos aconselháveis antes, durante e depois de um sismo.
Enfim, uma experiência a mais para o caderninho azul.
Bem desagradável...
Mas real.
Espero sinceramente que fique por aí.

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