quarta-feira, maio 23, 2007

...faltou dar o endereço...

http://www.agenciacentralsul.org/radiounifra/main_apresentacao.php



Vale a pena conferir. Palavra. Entre outras coisas, a boa música brasileira.

Ouvindo a Rádio UNIFRA, de Santa Maria, RS - BRASIL e tal...

Pois é...a seleção musical tá de muito bom gosto.
Encontrei por acaso, hoje. E daí que tô ouvindo até agora...
Tenho que dar parabéns ao pessoal, incluindo o Gabriel (filho), que também tá envolvido nesse projeto.
As boas coisas da vida...

terça-feira, maio 22, 2007

Nossa...tenho tanto prá contar. Mas por hoje...

Vou ter que ficar por aqui.
Muitos afazeres.
Amanhã há mais.
Energia boa, da melhor que há, prá todos.

O frio...a comida e a Estalagem

Não era talibã...não...era o frio mesmo, na descida do Vale do Zêzere...hehe
As febras mistas, as batatas fritas e a salada. A carne parece ser assada. E olha a cebolinha crua na salada...Minha Mãe...desde criança sou avessa a ela...só gosto frita ou em molhos...hehe



Casa da Roda, estalagem em Manteigas.


Seguindo viagem...

O almoço foi num restaurante familiar, numa povoação vizinha a SEIA. Muito bem servido por um empregado de mesa esquisito e engraçado. Um tanto atrapalhado, mas...enfim, a comida era boa.
Febras mistas (bifes finos de carne de porco e chouriços/enchidos), com batatas fritas. Salada de alface e tomate, vinho branco frisante (não lembro o nome) e néctar de pêssego Compal.
Já repararam que quase não se come arroz?
Pois não. É raro.
Mas a carne de porco é muito consumida por aqui. Especialmente a do porco branco. A do porco preto não é muito difundida, ou começou a ser consumida mais recentemente.
E as batatas fritas, prá meu desespero, são o "Rivelino" dos pratos todos. Sempre escaladas...
Já aprendi a pedir que não venham acompanhando os pratos, do contrário, ginástica na VIVAFIT é piada.
Já é de tarde para o almoço...por pouco não encontramos o restaurante fechado. Mas há ali junto, o café. E as pessoas, como é costume, vêm tomar o seu. Mulheres, homens, jovens, crianças, gente de mais idade. Juntam-se ali e parece que se conhecem, todos eles. O lugar, a povoação, deve ser pequena, não me admirava nada se realmente se conhecessem. Entabulam uma conversa animada e um pouco engraçada, prá mim, que às vezes preciso prestar muita atenção ao movimento das bocas, para entender o que dizem. Como, se falam português?????????????? Pois é. Mas de fato, nós, brasileiros, falamos a língua brasileira. Há expressões e palavras que nem sonhamos o que sejam. É preciso perguntar, sem rodeios. E procurar por algo que se assemelhe na nossa língua. Muitas vezes, nem há, tal a peculiaridade. Mas isso é um outro capítulo, prá depois.
Enfim, pagamos relativamente pouco. 14 euros toda a despesa. Para os moldes daqui, considera-se comer bem e barato. Ainda mais levando-se em conta que tivemos sobremesa e tudo. Salvo engano, foi pudim de leite. Será?

A volta a Manteigas foi por Penhas Douradas. Um lugar interessante em meio às montanhas. Pedras enormes, arredondadas e sobrepostas. Sobre algumas, entre ou junto delas, foram construídas casas, aproveitando-se a rocha.
É um cenário bonito, embora estivesse ventando muito e fazendo frio, o que nos fez ficar pouco tempo a apreciar o local. Tiramos algumas fotos e retornamos à estrada principal.

Já em Manteigas, fez-se pausa na estalagem e depois resolvemos andar morro acima, pela estrada que vai prá torre, a pé. Claro, depois de muita discussão, porque, a bem da verdade, subir não é nada comigo. Sempre resmungo muito e alego o fato de não ter nascido um cabrito. Enfim, me rendo e vamos pelo Vale do rio Zêzere acima, durante uma hora e meia. Ali se vêm as casas dos pastores de ovelhas, muitas ovelhas no caminho, rebanhos inteiros. É hora de recolhê-los, há pastores cortando a vegetação com foices (aqui parece que chamam forcados), imagino que seja para colocar nos refúgios, onde as ovelhas passam a noite. Não sei se é a comida delas, ou se serve prá aquecê-las. Ou os dois. É um vale profundo, portanto, as coisas são pequeninas, lá em baixo.Tiro muitas fotos. Do rio, das ovelhas, dos refúgios, até de uma raposa que passa correndo e vai se esconder junto ao rio. Depois some.
E fico imitando o berro das ovelhas, que me respondem...prá risada geral.
O frio é grande e resolvemos voltar.
A descida é um espetáculo, a parte de que mais gosto, sem dúvida.
Mas o vento é frio e corta. Tenho que tapar o nariz, prá não sofrer com a minha rinite, mais tarde.
Prá esquentar, a sopinha básica na Taberna Caldas. Sopa de legumes ou Caldo Verde? Fico com o Caldo Verde. É uma das sopas típicas de Portugal, todas deliciosas...e isso é também um outro capítulo.
Na volta à Estalagem, nova investida contra a máquina do chocolate, no prédio das Termas. Hoje foi Mash. Booooooooooommmm.
Já em casa, banho relaxante, jornal da noite no "berço", leitura e sono bom.
Estamos no dia 27, ainda ficamos mais dois dias nessa região.
Na quinta, 29 de março, o destino é o Piódão, na Serra do Açor. Uma aldeia medieval preservada. Já estivemos lá em 2003. É muito bonito.

O Centro de Interpretação da Serra da Estrela - CISE, em SEIA

Pois é algo prá não esquecer, mesmo.
Num prédio bastante grande, em relação aos demais prédios da cidade, fomos descobrir um mundo.
O atendimento nota 10.
Fomos recebidos à entrada por uma senhora que parecia ser da coordenação do Centro, que nos encaminhou a uma moça muito simpática que, por coioncidência, tinha o nome de Heloísa. Pode?!
A Eloísa (depois me disse que o nome era sem agá) nos levou até uma sala, onde deu-nos uns óculos para ver em 3D e que, não preciso nem dizer, nos deixou LINDOS...hehe
Não mostro não...nem sob tortura, que a foto tá impublicável...hihihi
Assistimos a um filme sobre a Serra da Estrela. Algo realmente esclarecedor e muito bem feito, de uma qualidade ímpar, em termos de recursos multimídia.
O passo seguinte era acompanhar um técnico a uma Sala Interativa, onde se poderia ver o que se imagina e muito mais, em termos de tudo o que se refere a relevo, geografia e detalhes interessantes do universo, além da parte biológica de tudo isso e, claro, também da Serra da
Estrela, que é o foco.
O José, biólogo que nos acompanhou, assim que me ouvir falar, já foi adiantando:
_ Por acaso, és a primeira brasileira a entrar aqui e nos visitar. Bem-vinda! Depois quis saber de que lugar do Brasil eu era e tal...
E fez questão sempre de focalizar o Brasil em tudo o que nos mostrava. Muito educado, profundo conhecedor do assunto e, acima de tudo, o que mais me chamou a atenção, um entusiasta da causa. É tão bom vermos alguém feliz da vida com o que faz! Não tem preço.

Não preciso dizer. Espetáculo. Parece que a gente está dentro dos cenários todos.
E conseguimos entender mais profundamente e nos localizarmos nas questões da Serra da Estrela.

Ainda fomos à Exposição de Insetos do Mundo, onde também fomos super bem recebidos e esclarecidos, por técnicos e estudantes que ali trabalham. As coleções de insetos são incríveis. E as borboletas são um capítulo a parte. Havia borboletas brasileiras ali também.
Foram várias aulas num só lugar. Muito proveitoso e agradável. Eu, curiosa ao extremos, perguntando tudo e querendo saber os porquês.
Depois visitamos a parte externa do CISE.
Há jardins muito bem cuidados, com árvores e plantas diversas, muitas flores, algumas mais raras. Tudo muito limpo. Muito mesmo.
O espaço é excelente e as instalações, algo que eu gostaria muito de ver no meu Brasil.
Mas, um dia chegamos lá, temos tudo prá isso.


A Terça-feira

Amanheceu um dia frio. Frio mesmo. E eu já fiquei adivinhando mais neve lá em cima, na Torre. Será?
O café era tomado no Prédio Central do INATEL. A cena engraçada foi a de sentarmos em frente à janela, porque os jardins ali são um verdadeiro espanto (lindos e coloridos). E há córregos por todo o lado. A Água, na serra, é algo que se vê e ouve em todas os cantos. E é limpa. E cheira bem, acreditem.
Sentamos para o café. Depois de algum tempo, uma das moças que arrumam as mesas vem e nos pergunta:
_ São do grupo?
E eu...
_ Grupo? Não sei...que grupo?
Depois vi...era o grupo dos velhinhos adolescentes.
_ Não...não somos não.
_ Ah...então, precisam trocar de mesa, se faz favor. As mesas em frente às janelas estão reservadas a eles, desculpem.
Ora vejam! que beleza! Estava desculpada.
Saí faceira por abrir mão do visual. A causa era mais do que nobre.
E ri, pela função toda.

Trocamos de mesa e nos acomodamos em outro recanto do salão de café, igualmente confortável e aconchegante. Ainda se via os jardins.
Logo chegaram "os dos grupos". Felizes, de roupas coloridas, chales, cachecóis, todos muito arrumadinhos e perfumados. Fiquei ali a me deliciar com a cena. Pois tá aí, todos as pessoas nessa idade deveriam estar assim, a passear e se divertir, numa convivência especial, alegre e boa. Trabalham tanto pela vida afora.
Lembrei da minha mãe...tão resistente a viagens, de uns tempos prá cá. Sempre que vejo isso, fotografo tudo e mando prá que ela veja e repense...
E eles ali, ocupados com a torradeira, que jogava os pães para o alto. Riam à toa. A alegria se dá por qualquer motivo, em situações assim. Voltam a ser meninos e meninas.
Tomara que eu consiga chegar lá, com todo esse vigor e alegria. Saudável, principalmente.
Por sinal, é algo que me chama muito a atenção por essas bandas.
As pessoas mais idosas andam muito, viajam muito, são aventureiros, por assim dizer. Em grupos, nas famosas excursões ou em suas próprias "autocaravanas" (motorhomes), vemos pessoas de 70, 80 e até mais. É incrível.
A explicação: Pessoas relativamente saudáveis, porque têm uma qualidade de vida razoável e, portanto, vivem mais. A segurança social é boa, no que tange à prevenção da saúde; e eles têm, cá entre nós, excelentes remunerações por conta das aposentadorias (reformas).
Isto posto, viajar é o detalhe. E é isso que fazem. As estradas são uma beleza, verdadeiros tapetes. Põe-se a andar pelo mundo. Nesse caso, pela Europa. É comum a gente ver.
Vejo isso aqui em Portugal, vi na Espanha, em Andorra, no sul da França. Imagino que quanto mais desenvolvido o país, tanto maior o movimento das pessoas nesse sentido.
A maioria leva a casa nas costas. E há excelentes Parques de Campismo por aqui. É onde se instalam.
Mas voltemos a Manteigas...
Depois do café, resolvemos retornar a SEIA. As povoações aqui são todas muito próximas, não se anda muito para encontrar uma aldeia, povoação ou vila. Então, SEIA fica perto de Manteigas.
Ainda nos faltava ver o Centro de Interpretação da Serra da Estrela, que estava fechado no dia anterior, por ser uma segunda-feira. Às segundas os museus e esse tipo de estabelecimento ligados ao turismo não funcionam aqui. Antes havia qualquer coisa menor, mas o Centro havia sido inaugurado há uma semana, em instalações espetaculares. Valia a pena ver de perto.
Foi o que fizemos.


Taberna Caldas, a sopa , a água com sabor e o chocolate da máquina marada...

Aí estão! São uma delícia, uma melhor do que a outra. Água mineral com gás e com sabor. Por acaso, a que bebi lá na Taberna era de outra marca e o sabor era de goiaba e lima, da Formas LUSO. Essas são as Águas das Pedras e os sabores que eu conheço - pêssego & chá branco, manga & ginkgo biloba, limão & chá verde e a de framboesa & ginseng. Não lembro, mas talvez haja de morango também. Se não é dessa marca, é doutra. Mas são deliciosas, todas elas. Fora essas, ainda há Frizz Limão, Frizz Morango e outros sabores que não recordo.




Em Manteigas, à noitinha, com o frio que fazia, só havia lugar prá uma bela sopa. A Taberna Caldas era o nosso ponto de aquecimento.Íamos a pé, por dentro do complexo do Inatel, que ali em Manteigas tem três prédios, incluindo o Prédio das Termas, para onde vão inúmeros grupos de Terceira Idade passar uns belos dias.
Quando estão por lá, é um rebuliço. Bonito de ver, mesmo. Casais, companheiros de viagem, todos muito barulhentos e divertidos, como um bando de jovens a descobrir o mundo.
Pois ali na taberna sempre havia a sopinha do dia, antes de nos recolhermos à Casa da Roda, que era onde estávamos hospedados. Tudo muito limpo, muito típico, também. Um bom queijinho da Serra e o pão...ahhhh...o pão...aquilo tudo.
Sopa de legumes era a do dia. E depois uma água mineral com sabor goiaba e lima. Isso nunca vi antes. Água mineral com sabor. O que não inventam... É o que mais se toma por aqui, além do vinho, claríssimo, né... De várias marcas e com várias combinaçõs de frutas e chás.
A Taberna fica na parte de baixo do prédio e no pavimento superior há uma espécie de loja, onde se vende produtos da terra. Vinhos, queijos, enchidos, chouriços, roupas de lã de ovelha. Até ponchos vi ali. Mas não compramos nada. Depois de um tempo a gente aprende a olhar, gostar e deixar...hehehe...Faz um bem pro bolso...nem imaginam. É só deixar passar o primeiro impulso.
Depois da sopa, a caminhada de volta pelos jardins do Inatel. No caminho, a máquina dos chocolates no prédio das Termas. Sempre emperrada...mas a gente sacudia e o chocolate caía. Era a farra...
De vez em quando ela tentava engolir as nossas moedas. Mas bastava uma sacudidela e lá estava...Fazer o que? Só funcionava mesmo a tapas...Bahhhhhhhhhhhhh!!!
Nesse dia tivemos que correr da chuva. Fininha...de molhar parvo, como dizem por aqui.
Depois...já na estalagem, um banho quente, ler alguma revista, mais alguns capítulos do livro aquele...(sempre tem uma sinfonia inacabada...hehe) até cair num sono profundo e reparador.

segunda-feira, maio 21, 2007

De Sabugueiro para Manteigas


A neve se pondo no caminho, branqueando tudo.
É uma festa...quando a gente vê pela primeira vez assim, caindo...
Dá uma emoção.



Voltamos pelo caminho da Torre da Serra da Estrela. A todas essas, eu rezando prá que tivesse um resquiciozinho que fosse de neve. O tempo começou a fechar no caminho. À medida que subíamos, parecia que começava uma chuvinha miúda, até ficar um nevoeiro total. Foi quando comecei a ver os flocos no pára-brisa do carro. Endoidei.


Os flocos caindo, primeiro pequenos, leves, depois mais grossos e formando gelo no vidro. Paramos para fotografar. Da outra vez em que estivemos lá, havia neve, mas caindo, assim, eu ainda não tinha visto. É algo indescritível de tão belo.


Subimos até a Torre para tomarmos um café e caminharmos na neve, que a essas alturas, lá em cima, já estava em camadas.


O cenário é mesmo algo.


A comida em Sabugueiro - Javali ensopado, com batatas cozidas e pão serrano tostado.

Em todo o Portugal é inadmissível comer sem o pão...para qualquer prato. Até porque a maioria dos pratos é sempre muito abundante em molhos, quer seja de carne, quer de azeite e ervas aromáticas. E sem contar que o pão é realmente algo prá não esquecer. Não é à toa que os portugueses são famosos pelo seu pão. É irresistível.

O convento de São Francisco ao fundo em GOUVEIA


As flores no centro de SEIA


Caminho para GOUVEIA

No caminho há muitas povoações. A estrada não é lá essas coisas. Obras pelo caminho...
Em São Martinho, deu-me a impressão de que só há mesmo uma rua e é a única e principal(não por ser a principal das ruas, mas pela importância da rua em si, o grande movimento era ali mesmo).
Em todo o lugar há muitas igrejas, isso não falta.
Ainda passamos por algumas povoações como Passos da Serra, Moimenta da Serra e finalmente chegamos a Gouveia. Muitas máquinas na estrada, como disse, há sempre obras no caminho. Chegamos ao convento de São Francisco, mas só conseguimos vê-lo por fora, porque estava fechado. Pareceu-me em mau estado de conservação. Mesmo assim, tirei foto.
Andamos a bater pernas em Gouveia, mas não há muito o que ver. A cidade tem cerca de 4 mil habitantes, também pertence ao Distrito da Guarda e é sede de um município que tem 22 freguesias. Mas não tem grandes
A estrada de saída é que foi uma boa surpresa. Nova e boa. Tomamos os rumo de Manteigas. No caminho, um nevoeiro espesso, não se conseguia ver praticamente nada à frente. Como dizem os portugueses, não se via puto.
Paramos em Sabugueiro e almoçamos no Restaurante Encosta da Serra. Na nossa escala de 1 a 5, nota máxima. Comeu-se javali ensopado com salada (sempre aface, tomate, cenoura e cebola CRUA, em rodelas- que dispenso). Um vinho verde delicioso, DONZELA e depois a sobremesa, mousse caseira de chocolate com o famoso "cheirinho" que são duas colherinhas pequeninas de whisky, brandy ou bagaço. Dá um toque especial e aquece, quando é muito frio. Atendimento perfeito, música ambiente bem suave. Melhor, nem mandando fazer.

Mais fotos do Museu do Pão


O Museu do Pão em SEIA


No Museu do Pão, além de mostrar tudo o que há em termos de produção, desde o plantio do trigo, através dos anos e das gerações, há um cenário de bonecos (perfeitos), que se mexem e demonstram o processo para as crianças, em visitas acompanhadas por uma jovem especialmente capacitada, que conta tudo, com luxo de detalhes, em linguagem apropriada para os pequenos. É lindo. E os grupos de crianças geralmente são de escolas. Acaba sendo uma espécie de visita interativa onde, ao final, as crianças fabricam pães ou bolachas, que irão comer depois de prontos. É tudo extremamente organizado, limpo e funciona.
Foi uma bela visita.

A Serra da Estrela

Já estávamos em SEIA, quando resolvi entrar numa "papelaria" e comprar um caderno prá registrar as andanças.
A esta altura, já tínhamos nos instalado devidamente em Manteigas, numa estalagem do INATEL. Costumamos fazer QG em algum lugar que seja ponto estratégico e depois fazemos os roteiros propostos, de forma a conseguir ver o máximo possível, com tempo e nas calmas. Na mesma papelaria fizemos a tradicional aposta no euromilhões (a bem da verdade, sou das que aposta só quando acumula...e aquilo andava em torno de 50 milhões de euros para o primeiro prêmio -depois explico como isso funciona), antes de sair a andar pela cidade e ver o que havia por lá.
A cidade de Seia é a sede do Concelho de SEIA, que está dividido em 29 freguesias, portanto, é mais desenvolvida do que essas outras localidades. Fica na Região Centro e subRegião da Serra da Estrela.

Nunca sei se são cidades, aldeias, povoações...ainda não percebo isso muito bem, mas SEIA, a cidade, pertence ao Distrito da Guarda, e tem cerca de 7 mil habitantes.
E...sim, aqui CONCELHO é mesmo com "c".
Visitamos a Igreja Matriz, a Biblioteca Municipal, a Matriz da Misericórdia...tudo muito bonito e bem cuidado. O que mais me encantou foi o Museu do Pão. Lá se pode ver todo o processo da fabricação do pão, através dos tempos. É muito interessante. E extremamente organizado.Há ali um café, com uma vista incrível para a serra, onde se pode beber um delicioso chá, ou mesmo um café, acompanhado de croissants deliciosos, além de pastéis de nata, tão famosos em Lisboa (Pastéis de Belém) e outras delícias portuguesas.

Nas ruas coloridas pelas cameleiras em flor, caminhar tem um sabor diferente e bastante agradável. Os cafés (imagino que a cada 6 passos há um) estão sempre cheios. Toma-se muito café deste lado do oceano...sobretudo em Portugal. Na Espanha também. E em Andorra, na França...o povo gosta mesmo de café. E têm o hábito. Homens e mulheres. Não importa raça, cor, idade, sexo, estado civil ou condição econômica. Todos freqüentam cafés. E tem mais...o café que se bebe aqui por essas bandas é o café brasileiro no seu melhor. E de que nós, os brasileiros, só tomamos conhecimento quando calha de tomarmos café por aqui.

Pode?
O nosso melhor café é todo exportado, salvo engano.

As vilas, povoações, aldeias,seja o que for, sem exceção, são limpas. E floridas. Deus do Céu! Quanta flor!

Na cidade de SEIA, antes de qualquer coisa, fomos ao Turismo, que é o que a gente sempre faz, quando chega em algum lugar. Sempre têm muitos folhetos, muito material para nos guiarmos melhor. Lá fomos super bem atendidos. As pessoas são extremamente bem preparadas para dar informações e as explicações necessárias. E são amáveis, educadas. Um ponto alto em SEIA, além de ser o lugar muito simpático.


De SEIA, seguimos para GOUVEIA...

Depois de uns tempos...


Pois estive andando...batendo pernas por aí, como digo...
Já há um bom tempo não entrava prá atualizar o blog. Até porque isso tava cheio de dificuldades, a cada vez que entrava, tinha que criar nova password. Ninguém merece...hehe
Hoje resolvi tentar por tentar. E deu certo na primeira. Portanto, no bom "português", Cá Tou!
Então... por onde vamos começar...a ver...
Depois da viagem à Serra, no final de março (e ainda devo fotos e estórias...), tivemos o passeio ao Alentejo, na Páscoa, o concerto dos Marillion (banda inglesa), andei a pintar pedrinhas do rio, fiz um monte de ginástica na VIVAFIT, fomos aos Açores por 11 dias, agora em maio (botei toda a ginástica fora...hehe), voltei à ginástica, assistimos ao maravilhoso concerto do The Who, no Pavilhão Atlântico, dia 16 e agora ando à cata de assuntos de interesse na região da Galícia (Espanha), que é prá onde vamos mês que vem.
Isto posto, começo a contar...