terça-feira, maio 22, 2007

Seguindo viagem...

O almoço foi num restaurante familiar, numa povoação vizinha a SEIA. Muito bem servido por um empregado de mesa esquisito e engraçado. Um tanto atrapalhado, mas...enfim, a comida era boa.
Febras mistas (bifes finos de carne de porco e chouriços/enchidos), com batatas fritas. Salada de alface e tomate, vinho branco frisante (não lembro o nome) e néctar de pêssego Compal.
Já repararam que quase não se come arroz?
Pois não. É raro.
Mas a carne de porco é muito consumida por aqui. Especialmente a do porco branco. A do porco preto não é muito difundida, ou começou a ser consumida mais recentemente.
E as batatas fritas, prá meu desespero, são o "Rivelino" dos pratos todos. Sempre escaladas...
Já aprendi a pedir que não venham acompanhando os pratos, do contrário, ginástica na VIVAFIT é piada.
Já é de tarde para o almoço...por pouco não encontramos o restaurante fechado. Mas há ali junto, o café. E as pessoas, como é costume, vêm tomar o seu. Mulheres, homens, jovens, crianças, gente de mais idade. Juntam-se ali e parece que se conhecem, todos eles. O lugar, a povoação, deve ser pequena, não me admirava nada se realmente se conhecessem. Entabulam uma conversa animada e um pouco engraçada, prá mim, que às vezes preciso prestar muita atenção ao movimento das bocas, para entender o que dizem. Como, se falam português?????????????? Pois é. Mas de fato, nós, brasileiros, falamos a língua brasileira. Há expressões e palavras que nem sonhamos o que sejam. É preciso perguntar, sem rodeios. E procurar por algo que se assemelhe na nossa língua. Muitas vezes, nem há, tal a peculiaridade. Mas isso é um outro capítulo, prá depois.
Enfim, pagamos relativamente pouco. 14 euros toda a despesa. Para os moldes daqui, considera-se comer bem e barato. Ainda mais levando-se em conta que tivemos sobremesa e tudo. Salvo engano, foi pudim de leite. Será?

A volta a Manteigas foi por Penhas Douradas. Um lugar interessante em meio às montanhas. Pedras enormes, arredondadas e sobrepostas. Sobre algumas, entre ou junto delas, foram construídas casas, aproveitando-se a rocha.
É um cenário bonito, embora estivesse ventando muito e fazendo frio, o que nos fez ficar pouco tempo a apreciar o local. Tiramos algumas fotos e retornamos à estrada principal.

Já em Manteigas, fez-se pausa na estalagem e depois resolvemos andar morro acima, pela estrada que vai prá torre, a pé. Claro, depois de muita discussão, porque, a bem da verdade, subir não é nada comigo. Sempre resmungo muito e alego o fato de não ter nascido um cabrito. Enfim, me rendo e vamos pelo Vale do rio Zêzere acima, durante uma hora e meia. Ali se vêm as casas dos pastores de ovelhas, muitas ovelhas no caminho, rebanhos inteiros. É hora de recolhê-los, há pastores cortando a vegetação com foices (aqui parece que chamam forcados), imagino que seja para colocar nos refúgios, onde as ovelhas passam a noite. Não sei se é a comida delas, ou se serve prá aquecê-las. Ou os dois. É um vale profundo, portanto, as coisas são pequeninas, lá em baixo.Tiro muitas fotos. Do rio, das ovelhas, dos refúgios, até de uma raposa que passa correndo e vai se esconder junto ao rio. Depois some.
E fico imitando o berro das ovelhas, que me respondem...prá risada geral.
O frio é grande e resolvemos voltar.
A descida é um espetáculo, a parte de que mais gosto, sem dúvida.
Mas o vento é frio e corta. Tenho que tapar o nariz, prá não sofrer com a minha rinite, mais tarde.
Prá esquentar, a sopinha básica na Taberna Caldas. Sopa de legumes ou Caldo Verde? Fico com o Caldo Verde. É uma das sopas típicas de Portugal, todas deliciosas...e isso é também um outro capítulo.
Na volta à Estalagem, nova investida contra a máquina do chocolate, no prédio das Termas. Hoje foi Mash. Booooooooooommmm.
Já em casa, banho relaxante, jornal da noite no "berço", leitura e sono bom.
Estamos no dia 27, ainda ficamos mais dois dias nessa região.
Na quinta, 29 de março, o destino é o Piódão, na Serra do Açor. Uma aldeia medieval preservada. Já estivemos lá em 2003. É muito bonito.

2 comentários:

Cris disse...

Adorei a descrição, que lugar mais lindo.
Volto mais vezes.
Muito prazer, Cristina.

Ruth Miyuki Horie disse...

Vc escreve e descreve muito bem viu? Aliás, vou colar o seu link no meu blog, pra poder acessar de lá. Beijos!