domingo, junho 17, 2012

FELICIDADE EM DOSE DUPLA!

Anteontem recebi a maravilhosa notícia de que vou ser vó, de novo. Ficamos felizes demais. Numa outra viagem que fizemos, também recebemos uma notícia linda, que a Raquel ia ter uma menina e que se chamaria Yasmin. Por estas casualidades da vida, estávamos em Bruxelas, almoçando em um restaurante que tinha uma imensa placa com o nome: Yasmina. Fotografei tudo, prá ficar o registro, até o garçom.
Pois desta vez estamos viajando de novo e o Gabriel e a Renata é que foram os responsáveis pela boa notícia. Papais de primeira viagem, estão nas nuvens. E a gente também.
Foi super festejado!

Hoje a Raquel duplica a nossa alegria. Ela e o Dionathan vão nos dar mais um presente e, ao que parece, os dois bebês nascem na mesma altura, verão de 2013.
Imagino a faceirice da Yasmin com um bebezinho em casa prá ela poder brincar.

Só temos a agradecer!
Que venham saudáveis, alegres, que sejam pessoas boas, solidárias e justas. E que possam fazer diferença positiva neste mundo. Parabéns, gurizada!

Fico aqui pensando em uma pessoa que estaria vibrando muito com isso e que, infelizmente, não está mais conosco fisicamente. Mas tenho certeza de que sempre vai estar em volta, mandando os seus sinais inconfundíveis. Parabéns prá nós, vovô Chicão! Teus netos vão saber de todas as coisas boas que fizeste neste mundo e, com certeza, sempre serás um exemplo!
Estarás sempre vivo em nossos corações.

terça-feira, maio 29, 2012

Sempre a começar...

E começo de novo por aqui.
Um novo começo que sabe a recomeço.
Tenho andado energética, se for mesmo este o termo aplicável. Sem mais, nem menos. Sinto que preciso mexer-me o tempo todo, como se tivesse gastar uma energia sempre excedente.
Domingo andamos cerca de três horas, em passo acelerado. Ontem não fui. Andei pela Baixa atrás de uma nova câmera fotográfica. Encontrei. Comprei e já ando a usá-la. Esta agora faz imagens de vídeo em Full HD. Sei lá se isso me agrada, mas tento seguir a corrente, ainda que isto não seja algo determinante para mim.
Hoje saí por volta das oito da manhã e fiz uma longa caminhada, intercalada com corrida leve - e bem leve mesmo - desde casa até o final do Parque das Nações.
A gente vê cada coisa no caminho...
Um gajo, não me perguntem por que, nem por que não, abriu a porta da casa, em pijamas, e pôs-se a urinar na grama logo à saída da porta. Nem me viu, absorto que estava em sua atividade matinal. Com certeza dá-lhe um gozo especial urinar logo à saída da porta da casa. Como os cães, a demarcar terreno, suponho. Ou o único banheiro da casa estava ocupado.
Começo de manhã inusitado..

Ufa!

Contente por conseguir retornar à antiga forma de postagens aqui no blog (alguém tinha dado a dica, mas eu nunca encontrava a tal engrenagem ao lado da opção de troca de idioma. Hoje, como por encanto, apareceu. Gracias!)
Ortodoxa, eu?
Digam o que quiserem, sinto-me mais à vontade.
Será que tô ficando idosa e cheia de manias?
Uau!

domingo, maio 20, 2012

A N D A N Ç A S

Desde o dia seis de maio, dia da minha última postagem aqui, ando na função de ganhar mundo. Na verdade, um pouco mais adiante, até o dia 12 estive envolvida com as obras da casa em Floripa. E no domingo, treze, iniciei a andança, junto com o Gabriel, de Floripa para São Paulo. Fizemos uma excelente viagem de carro e, grata surpresa, as estradas estão muito boas para estes lados. E por ser domingo, foi mais tranquilo ainda. A loucura do trânsito na entrada de São Paulo não é totalmente uma realidade aos domingos. Foram dois dias e meio em São Paulo, na companhia do filho Gabriel e da Rê, onde ainda conseguimos sair para jantar, dar umas voltas e terminar de fazer a mudança dos dois para um novo endereço, agora bem mais amplo do que o flat onde moravam. Gostei da cidade, já havia estado em São Paulo duas outras vezes, mas nunca tinha olhado por este ângulo. Sempre ficava envolvida com as coisas que havia ido fazer: curso do banco e outro curso sobre vidros temperados, quando começamos a vendê-los na Gorski & Andres, há uns bons anos atrás, quando fomos eu, o Chico e o Moura. Desta vez pude ver São Paulo com mais calma. Andei pela Paulista, fui almoçar e jantar com os amigos queridos Gilnei e Simone. Fui ao cinema na Livraria Cultura e assisti a um filme lindo. Iria ao MASP, se tivesse mais tempo. Mas vai ter que ficar prá volta. Gostei mesmo de São Paulo, desta vez mais do que das outras. Só detesto aquele trânsito infernal, com isso não há como não se incomodar. As pessoas levam horas dentro dos tranportes, seja do tipo que for. Um tempo roubado à família, aos amigos, à vida em geral. .................. Saí de São Paulo no dia dezesseis pela manhã, em vôo da TAM para Brasília. Cheguei por volta de 12:30h. Em Brasília apanhei um táxi, eu e as malas todas, e tentei descobrir com o taxista onde ficava a loja de uma transportadora, onde deveria resgatar o carro da Daiane e levá-lo até Barreiras, na Bahia, onde agora vivem o filho Rodrigo e a família. Confesso que não foi nada fácil encontrar o tal endereço, por sorte o senhor do táxi foi muito atencioso e prestativo. Depois de quase uma hora, acabamos por encontrar. Bagagem no carro, papéis assinados, entrei no carro e comecei a sair da cidade, rumo a Barreiras. Na saída havia um posto de gasolina junto a um shopping, onde consegui abastecer o carro e comprar algo para ir mordendo durante a viagem. Não queria perder muito tempo, uma vez que aqui para estes lados o sol se põe bem mais cedo e é ruim estar à noite em uma estrada desconhecida. Consegui começar a viagem por volta das duas e meia da tarde, mais coisa, menos coisa. Na hora de abastecer ainda deu um probleminha no trem do compartimento de entrada do tanque de combustível, tive que pedir socorro a um senhor de uma oficina de troca de óleo, pois a menina do posto se recusava a abastecer, com medo de quebrar o tal trem. Um detalhe que acabou por atrasar a minha saída, mas acabou dando tudo certo. .................. A estrada é boa, uma reta sem fim, em terreno extremamente plano. Lembrei das estradas dentro da Argentina, que levam a Mendoza. No caminho, apenas postos de abastecimento, com restaurantes e lanchonetes. As maiores cidades por que passei a caminho daqui foram Formosa, e até ali a estrada é duplicada, e Luis Eduardo Magalhães, já a cerca de noventa quilômetros de Barreiras. Não parei nenhuma vez. Tinha um certo receio, a estrada é movimentada, o trânsito de caminhões de carga faz com que a gente tenha que estar com um cuidado redobrado. Além do mais, não conhecia nada por aqui, era tudo novo, nem podia saber o que me esperava nos 635km a percorrer. Tentei seguir em frente sem paradas, até pelo medo de estar sozinha em uma estrada desconhecida. E queria chegar a Barreiras antes de anoitecer, não gosto nada de dirigir à noite. Prendi o cabelo e coloquei o rabo de cavalo para dentro da gola da camisa, um chapéu panamá na cabeça e, como dizem os portugueses, "ala que é Cardoso", o que significa algo assim como "Seja o que Deus quiser, vamos em frente" ou nada disso. ................... O meu telefone celular é de Santa Catarina, o roaming consome muito mais carga do que o normal. Foram duas ou três ligações para acertar a situação do carro, com a Daiane, e acabei por ficar desligada do mundo o tempo todo da viagem. Tinha esperança de encontrar um telefone no caminho ou algum lugar para carregar, mas não havia nada de jeito e eu não queria parar para ligar o netbook, por receio de atrasar a viagem e pegar a noite. Uma escolha que me custou vários "xixis" dos filhos, com toda a razão. Estou a ouvir até hoje, por conta das minhas horas de incomunicabilidade. Atravessei o estado de Goiás ainda era dia. Fotografei o céu, foi o que deu. Quando entrei na Bahia, me senti mais aliviada, embora a estrada continuasse uma reta sem fim e começasse a me assaltar um certo medo de sentir sono. Coloquei três chicletes na boca e masquei até sentir dor nas mandíbulas. Quando ficava sem gosto, trocava por outros. E os caminhões, cada vez maiores, passando. Menos mal que os motoristas me facilitaram bastante a vida, dando passagem, fazendo sinal, numa demonstração de educação e respeito. Foi o que me valeu durante toda a viagem. Vi um por-do-sol espetacular já a mais de meio do caminho, em estrada baiana. ................... À entrada de Barreiras, já era noite há mais de hora e meia, estacionado ao lado do posto da Polícia Rodoviária, estava o carro do Rodrigo que, ao me ver, fez sinal de luz. Eram 20:45hs e ele já tinha ido questionar os policiais sobre a possibilidade de algum acidente entre Brasília e Barreiras. Menos mal que disseram não haver nada, ele pode ficar mais tranquilo. Nem desci do carro, ele estava ligando para o Gabriel, Carolina e Raquel. Com certeza, não era para tanto, mas entendo o lado deles e tive que me desculpar muito pela peripécie. Não tive culpa, mas poderia ter entrado em contato, de alguma forma. Enfim...passou, correu tudo bem e tenho mais esta experiência na bagagem. Dá um certo medo, é verdade. Mas o desafio é sempre maior do que o medo. E eu tenho esta coisa de andar a testar-me continuamente, não consigo evitar.

domingo, maio 06, 2012

Um dia de domingo

Aos poucos as cores do dia vão tomando conta da cena matinal. Sol lindo lá fora. Vamos viver a pleno! Música, maestro!

As caras e as cores da lua desta noite...

sábado, maio 05, 2012

A lua de ontem, vista da janela. Espiando e me vendo por dentro.

Porque hoje é sábado.

Do outro lado da janela, canta o pássaro da manhã. Abro os olhos devagarinho, como quem evita quebrar o encanto. Vejo sua sombra através da cortina, entre o sol que nasce e a janela, pousado no muro, agitando as asas. Depois vai embora. Meu primo Marcelo,que vive em Rivera e que também escreve, comentou noutro dia que é preciso algum ócio para que a gente consiga escrever. Ele escreve muito bem. Fiquei pensando nisso e vejo que tem razão. Se agora levantar e começar a rotina do dia, já não vai haver palavra alguma escrita aqui. Ontem foi a lua, espetacular, brilhando no céu da noite. Enorme e magnética. Desde criança tenho esta fixação. A lua. Leio que de hoje para amanhã ela vai estar ainda mais perto da terra e que vamos poder vê-la melhor. Já tenho a câmera a postos. Ontem consegui algumas fotos interessantes, uma postei no face. Depois adormeci, encantada com ela, através da janela do quarto. Fascínio especial. Daqui a uns dias estarei chegando em Lisboa, a minha outra casa no mundo. Mais uma vez, vou arrumar a mala. De lá, no comecinho de junho, para Barcelona e depois,descendo pela costa espanhola abaixo, até o sul. Estou animada, cheia de idéias. Viagens são um outro fascínio. Por aqui, obras da casa andando, as coisas se organizam. A parte que não tem a ver com ócio me manteve extremamente ocupada no dia de ontem e em todos os outros dias antes de ontem. Mas hoje é sábado e há um sol espetacular bem ali fora. Impossivel ficar aqui, neste estado contemplativo. Vou contemplar o mundo em volta. E é já. O dia promete!

segunda-feira, abril 30, 2012

Fatos

Quando não escrevo é porque ando vivendo. Carol em casa, temos que aproveitar cada momento. E é isso que andamos fazendo. Curtindo este tempo mãe-filha, que acaba sendo tão precioso, que a gente até esquece do resto tudo. No sábado fomos ver Gadu. Foi um grande show. Ficamos ainda mais fãs. Comentar os pontos negativos da realização do espetáculo até seria assunto, mas não cabe aqui, uma vez que tudo se supera com Gadu ao palco. Basta dizer que há muito o que melhorar. Mas vamos dar o desconto. O Floripa Music Hall ainda não teve suas obras de melhorias totalmente acabadas. De resto, a casa é interessante. Bom tamanho, bem estruturada, quando forem finalizadas as obras, há de ficar ótima. Comento, e isto sim comento com uma boa dose de desagrado, a presença de algumas pessoas que não vão ao show para assistí-lo. Devem ir por qualquer outro motivo que não cabe a mim saber qual, menos para prestigiar ou deleitar-se com o espetáculo. Estão lá como quem está em um boteco qualquer, a beber e conversar em altos brados, ignorando totalmente o que se passa em volta. Deveriam ir a algum outro lugar, uma casa de espetáculos não é para este fim. Por sorte, Maria Gadu, como fazem muitos artistas incomodados com este tipo de psssoas, soube dar o recado com extrema classe e delicadeza. Mas deu. Parou o show e fez alusão ao fato, encerrando com um mas...educação se traz de casa. A certa altura, as pessoas que realmente estavam lá para assssitir, ficaram tão passadas, que começaram a emitir aquele som característico que se faz quando se quer mandar alguém calar a boca: psssssssssssssshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!! Nem assim. Total falta de respeito. Ponto alto e, pelo menos para mim, inusitado, além da performance de todos eles no palco. Uma tela transparente onde eram projetadas cenas, na abertura e em alguns momentos do show. Banda e Gadú ao fundo, por trás da tela, iluminados de forma a fazerem parte das cenas. Um efeito espetacular. Lindo mesmo. Vou tentar colar aqui três links, para que possam ter uma idéia melhor. http://youtu.be/NNcvYOPXBQE (copiar/colar na barra de endereços) http://www.youtube.com/watch?v=9iJ_8HLQbvk&feature=shar http://www.youtube.com/watch?v=Gu19tx2c194&feature=relmfu

sexta-feira, abril 27, 2012

Chegou a Carol, com seu sorriso feliz e o violão às costas!

O alcance das palavras e dos gestos

Fiquei feliz em receber um comentário aqui no blog, feito pela Paula Palmeiro. Palavras lindas, ditas de coração. Como tantas outras pessoas que me enviam comentários, ela fez valer esta manhã, que ficou ainda mais bonita. É tão importante recebermos o carinho das pessoas que nos lêem, faz tanta diferença. É um incentivo para continuarmos e nos dedicarmos cada vez mais, tentando merecer verdadeiramente e retribuir, de alguma forma. Obrigada, Paula! A ti e a todos os queridos amigos que estão sempre a ler o que escrevo e mandando carinho em forma de palavras. Podem ter certeza, vão direto à alma. Um grande e carinhoso abraço.

quarta-feira, abril 25, 2012

Dia de Quarta

Choveu cedo, de uma chuva chata e sem propósito. Fez falta o sol. O dia foi todo de olhar para dentro, rever conceitos, tentar endireitar o lado meio torto que todos nós temos. Trilha sonora de John Mayer e The Dave Matthews Band. Ainda bem. O som espetacular que fazem, especialmente no meu caso, consegue o feito de levantar infinitamente o astral. Meu e de boa parte dos mortais, quero crer que sim. Um cachorro qualquer da vizinhança, provavelmente tolhido da sua liberdade, chorou o dia todo. Deu dó. Não sei mesmo para que as pessoas teem bichos em casa. Se é para isso. E chamam-nos de estimação. Para o almoço, cozinhei um carreteiro de carne com temperos caseiros e bebi suco de maçã, feito ontem, com maçãs frescas. Pensei em ir até a fruteira, mas não tinha vontade de sair à rua. Dia cinzento, triste. Amanhã vai estar melhor. Carolzinha chega amanhã cedo. Filha chegando aumenta a ansiedade. É abraço que não se acaba mais. Parceria da boa. Se vier o violão, ainda vamos cantar muitas das nossas, bebericando um vinho e contando histórias. Isso é o que é. Momentos únicos.

25 DE ABRIL - 38 ANOS DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS - PORTUGAL

PARA QUE JAMAIS ESQUEÇAMOS DE QUE O HOMEM NASCEU LIVRE E É ASSIM QUE DEVE VIVER.
Aos portugueses, uma homenagem e um pedido de reflexão profunda neste dia. Portugal é a minha segunda casa, o país que me acolheu. Todo o meu carinho e reconhecimento.

segunda-feira, abril 23, 2012

66.000 visitas.

Legal! Acabei de ver ali no contador do blog. Desde que instalei o contador, nem lembro quando foi, mas lembro de já estar em Lisboa e que deu um trabalhão, já que não sou muito mansa da tal informática. O blog foi criado no final de 2006, antes de viajar prá lá. Esta contagem deve ter uns dois anos, talvez um pouco mais. Não deve ser muito, mas é legal saber que os teus amigos lêem. Será que isso pode significar que se eu escrever um livro sobre as minhas andanças e lembranças, será lido também? Ando pensando bastante nisso. Amadurecendo a idéia. Valeu, gente! Obrigadão pelo carinho.

No mais...

Paul McCartney se apresenta por aqui, dia 25, no Estádio da Ressacada. Não vou. Aliás, nem deve haver mais ingressos. Mas não tentei comprar. Adoro o gajo, mas shows em estádios não me fascinam e é um ingresso bastante caro para o meu bolso. Mas vai ser o acontecimento do ano. Há bunners e outdoors por toda a cidade, desejando boas vindas ao grande artista. No dia 30, véspera do feriado, vamos assistir Isa e Luiz Martins, nossos amigos queridos lá de Santa Maria, que fazem um baita sucesso aqui em Floripa. Com eles, sempre músicos de peso. O show é no Açores, ali em Santo Antonio de Lisboa e tem o melhor da música brasileira, muita bossa, além de passagens pelo pop rock, jazz e blues. Não canso de ouví-los. São demais! Andamos chupando um limão por dia e apenas um, literalmente. Faz parte de uma terapia de limpeza do organismo. Por enquanto, tudo bem. Andamos bem dispostos. Caminhadas matinais também fazem parte da nossa rotina, minha e da Eda, a minha vizinha mais querida do pedaço. A minha ex-cunhada, que nunca deixou de ser chamada de cunhada e que é, acima de tudo uma das minhas melhores amigas. Atualmente, a melhor e mais próxima. A determinação é grande, vamos ver no que isso dá. Por enquanto, estamos nos sentindo muito bem. É aquilo que falei ali antes, o professor disse: o homem é um SER EM MOVIMENTO. Na Revista Runner´s impressa, onde o meu filho Gabriel faz umas ilustrações, volta e meia, há um bom roteiro para caminhadas e corridas, nos mais diversos níveis, e dicas de acessórios de corrida que custam pouco e funcionam muito. Edição de abril 2012. É bom conferir. Bem, gente, a rua me espera. Um grande dia para todos. Abraços e saudade.

Vaivém

Quando se tem quatro filhos mimosos e três netos prá lá de fofos, a mãe, os irmãos, todos a viver em pontos geográficos mais ou menos distantes daqui, a rotina do vaivém passa a ser o mote. Na quinta agora, a Carol aporta em Floripa prá passar uns dias comigo e dar uma boa descansada, que quase não tirou férias ano passado e nem neste. Carregar baterias é preciso, sempre que possível. Cá estou, ansiosa pela chegada da minha mocinha mais velha (ela e a Raquel tem apenas um ano de diferença na idade, mas de qualquer forma, como nasceu primeiro, recebe o título). Vamos ter os nossos momentos mãe-filha-mãe, que sempre são muito gostosos. No roteiro, show da Maria Gadú, no sábado, 28. Muita caminhada na praia, comidinhas saudáveis, música ao vivo dos amigos em alguns bares típicos por aqui - espero que ela traga o violão - muita conversa séria, troca de idéias e risadas. Os filhos são tudo de bom, sempre. A meio de maio, perto do dia das Mães, o Gabriel e a Renata vem para voltarmos juntos para São Paulo, onde eles vivem e trabalham. Uns dias com eles e depois o rumo é Barreiras, na Bahia. Lá está agora o meu filho Rodrigo e, chegando, a Daiane, a Luísa e o Francisco. Uma semaninha com eles, prá matar a saudade e conhecer Barreiras e arredores. Por força de ter que estar aqui, em função de obras na casa, não vou poder ir a Santiago dar umas beijocas na Raquelita, Dionathan e Yasminzinha. Nem vou conseguir ver a mãe Hélène, o Sérgio, a Betina e o Zeca, que moram no Cassino e em Rio Grande, antes de eu viajar prá Portugal. Mas todos estão no meu coração e vão sempre comigo onde quer que eu esteja. Depois tem a santa Internet, que nunca vai ser o mesmo que apertar os meus queridos em um abraço, mas sempre ameniza a saudade. Como eu costumo dizer a eles, vou ali e já volto. E como diz aquele professor de educação física lá de Santa Maria da Boca do Monte - e eu nunca esqueci disso - o homem é um SER EM MOVIMENTO. Não vou voltar na primavera, como na canção do Kleiton e do Kledir, mas podem apostar que no verão estarei de volta aos pagos. Temos grandes projetos para o final do ano, com a gurizada do Corazón Libre, e uma viagem, desde há muito sonhada, pela América do Sul, que deverá resultar em um livro de fotografias e textos com fundo musical. São os sonhos de que sempre falo e que movem a minha vida em tempo integral. Não é o sonho, é a vida que me basta. Mas é o sonho que me leva, é o que me arrasta. Uma vez. há muito tempo, escrevi isso. E sem dúvida alguma, podem acreditar que me traduz.

Por lá...

Lisboa é a minha segunda casa, onde vivo em uma freguesia chamada Bobadela. Na verdade, a Bobadela pertence ao Concelho de Loures e não ao Concelho de Lisboa. No entanto, o município é Lisboa. Lá esta divisão é um pouco diferente. A Bobadela poderia ser um bairro de Lisboa, se fosse como aqui. Na verdade ainda não consegui entender com clareza esta localização. O que pode esclarecer é dizer que vivemos a alguns minutos do Parque das Nações, do Aeroporto da Portela e pouco mais de quarenta e cindo minutos do centro histórico de Lisboa, se não houver bichas (filas) no trânsito. Se houver - e em horas de pique há - acrescente-se aí alguma horinha a mais. Em maio estarei voltando a Portugal. Lá tenho o meu companheiro à minha espera e uma porção de tantas outras coisas bacanas para a gente fazer juntos. Outros projetos, a vida em comum, muita cumplicidade e, de novo, um verão inteirinho para viver intensamente. Lá tenho o meu trabalho voluntário junto à Abraço, que neste ano completa 20 anos de trabalho sério e luta, apoiando pessoas infectadas e afetadas pelo HIV e onde tenho aprendido muita coisa importante e feito grandes amizades. Mesmo que eu adore o inverno do nosso Rio Grande, com seus vinhos, lareiras, casacos e cachecóis, desta vez vou dar uma fugidinha dele. Mas logo estarei de volta. Tenho cá as raízes mais profundas, os meus amores e a maior parte da minha vida.

Por aqui...

Os dias continuam de quase verão em Floripa. Pode-se caminhar na praia, aventurar-se em algum banho de mar com água quase morna, correr na geral do Rio Vermelho pela manhã e à noite cobrir-se com um edredom leve. O ideal seria que esta temperatura se mantivesse ao longo do ano. Mas não há de ser assim, aqui o inverno também acontece, embora muito mais ameno. Não fossem as chuvas e a umidade, seria bem gostoso. Ando por aqui tentando (re) construir a casa, bastante atingida pelos sucessivos aluguéis de que foi objeto ao longo dos verões e também fora das temporadas. Nunca saem ilesas. Talvez o que se gaste para recuperá-las, não chegue nem perto do que se recebe alugando. Desta forma, decidido está: já não se aluga mais. Passo a viver aqui, quando por estas paragens, o que deve acontecer com maior frequência e durante uma boa parte do ano. No Brasil estão a minha família amada, os meus amigos queridos, as minhas lembranças bonitas e muitos dos projetos em que ainda penso me aventurar. Porque a vida é assim, essa coisa dinâmica e pulsante, que nos leva ao movimento e à ação. Não poderia ser diferente. Pelo menos não no que me toca. Sendo assim, vamos a isso! Uma excelente semana a todos! Depois da caminhada matinal, aqui estarei envolvida com pincéis, produtos de limpeza, regador, enxadas e pás e uma porção de outros utensílios facilitadores da transformação.

domingo, abril 22, 2012

I m p r e s s õ e s

O que realmente interessa não aparece nas cenas editadas porque, afinal, a vida de verdade acontece nos bastidores. Ali, sim, todos os gestos, as vontades e a essência, sem maquiagem ou retoque. É que estas, na maioria das vezes, resultam inconvenientes.

sexta-feira, abril 20, 2012

Paisagem

Verde. Azul. Vermelho. Amarelo. Todas as cores. Mas às vezes a vida nos vem em preto e branco...

domingo, abril 15, 2012

Sentidos

A casa toda cheira a cera recém passada. Abro portas e janelas em busca do ar. Olho a rua através da janela. Tempo molhado e cinza. Então sinto falta das cores. Não há pássaros cantando, apenas o barulho da chuva batendo forte em tudo o que encontra. Um quadro diferente de todos os outros dias, ensolarados. A música que toca me leva a lugares distantes. Lembra futuros. Viajo em mim mesma. Sem deixar de olhar a rua, abro o vidro das balas de mel sobre o balcão e apanho uma delas. Pressiono-a entre o indicador e o polegar e concentro-me em olhá-la contra a luz que vem da rua, Tem um tom dourado, transparente, quase vítreo, que me encanta. Através dela o dia lá fora tem reflexos de verão molhado. O cheiro de mel precipita o ato que se segue. Gosto de infância sobre a língua e uma outra viagem. Lembra passados. Tão absorta, nem percebo o silêncio dentro de mim, concentrada em detalhes quase imperceptíveis. Levanto e subo a escada que leva até o mezzanino, então troco o disco.

terça-feira, abril 10, 2012

sexta-feira, abril 06, 2012

Concerto da OSSCA, ontem à noite.



Senti saudade dos tempos em que ia assistir aos ensaios da OSPA, às terças.feira, ali na UFRGS, nos idos de setenta e tais. Foram bons anos vivendo em Porto Alegre.

Depois havia o Clube Amigos de Beethoven, em Santiago.

Vivaldi era o meu preferido, mas adorava ouvir todos eles.
Fechava os olhos e viajava no tempo, no espaço, no mundo. Ia longe.

E ontem foi uma noite muito especial. A convite da Eda fui assistir ao Concerto Virtuosi - Souvenir de Russia, no Teatro Governador Pedro Ivo.

O Souvenir de Russia faz parte do ciclo de eventos da temporada OSSCA 2011-2012, patrocinado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, tendo como diretor artístico e regente o talentoso maestro José Nilo Valle, desde 1992, quando criou a OSSCA, com o apoio da Fundação Catarinense de Cultura.

Performance destacada do pianista baiano Paulo Brasil, interpretando - em primeira audição histórica no Estado - o Concerto para Piano e Orquestra em Si Bemol Menor, Opus 23, do compositor russo Pyotr Ilyich Tchaicovsky.

Também no programa, obras dos grandes mestres Liadov e Borodin, cujos temas de inspiração folclórica evocam - como lânguidas reminiscências - a sensibilidade artística e a grande paixão pela música peculiar ao povo soviético.

Noite memorável!

sábado, março 31, 2012

EM CASA - FLORIPA



Desde ontem à tardinha.

Um rápido descanso e já começa de novo a azáfama.

Sol brilhando no céu e tempo ameno.

Abril e Maio prometem.

domingo, março 18, 2012

Verdade

É tão bonito ver o que construimos juntos.

www.tributoachicao.blogspot.com . Palavras lindas, minha filha. O que importa é que existe amor e que estamos todos juntos.

sexta-feira, março 09, 2012

A PROPÓSITO, FLÁVIO VENTURINI E MILTON NASCIMENTO JUNTOS, CHEGA A SER COVARDIA. OH...SENHOR, SOU UMA PRIVILEGIADA!

MANHÃ DE SEXTA, CAFÉ, POEMA DE DRUMMOND, CONVERSA COM OS FILHOS, CANAL BRASIL E O FLÁVIO VENTURINI, O RONALDO BASTOS. O LIVRO INFANTIL DA DONA HELENA.

A noite ontem foi de alegria e de viver um momento muito bacana, diferente.

Ter um texto em um livro pode não parecer lá grande coisa prá quem não dá valor prá isso, mas é prá mim. Fiquei feliz, talvez além da conta. Mas sou assim, intensa, um pouco exagerada, até. Estar ali junto com mulheres tão especiais, de gerações diferentes, meninas de todas as idades, foi algo prá lembrar sempre. Reencontrar amigas, pessoas a quem admiro, estar nesta parceria, nada se compara. Eu curto mesmo tudo isso. De verdade.
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Manhã de sexta, manhã de entrega ao que me faz bem.
Falar com os filhos, atualizar os assuntos, dar risada com eles.
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Café da manhã de sexta, na TV o Canal Brasil.
Tinha esquecido do quanto gosto do Flávio Venturini. Ele é mágico. E esta música com a Marina Machado, linda. Não canso de achar que toda a pessoa traz dentro de si um volume tão grande de amor e, que se não coloca prá fora, é capaz de explodir. Alguns conseguem fazer isso o tempo todo, vivendo em contínua explosão pessoal. E nos contagiam. Outros passam a vida a tentar sufocar, reservados que são, com medo de afogar o mundo de sentimento. Há ainda aqueles que viram o amor ao contrário e passam a fazer danos com o lado do avesso dele. Coisa maluca esta coisa do amor.
Mas a música, prá mim, é isso. Puro amor.
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"Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói." como dói, Drummond.
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Manhã de sexta-feira, quando tudo é promessa. Domingo não, domingo é a constatação dos fatos não acontecidos. Mas nem sempre. Às vezes pode ser de surpresas boas. E incansavelmente a gente espera. Todas as sextas da vida.
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Vontade de cantar. Tá faltando cantar. Tá faltando, pois é.
Vontade de escrever um livro inteiro. Vou dar jeito.

Minha mãe, que tem 82 anos, tá escrevendo um. A personagem é uma menina que gosta de andar pelo mundo. Fez os esboços todos dos desenhos que imaginou que o Gabriel pudesse fazer para ilustrar. Já escolheu a capa. Um livro infantil, para crianças de segunda e terceira séries, como ela bem explica. E preocupa-se em usar palavrinhas que elas possam entender. A minha mãe é mesmo este espanto.
As coisas que as mães fazem...


LANÇAMENTO DO LIVRO - INFINITAMENTE MULHER



















quinta-feira, março 08, 2012

ESPERANDO OS AMIGOS E QUEM QUISER PRESTIGIAR O EVENTO...

É hoje que vamos estar lá na Estação do Conhecimento, às 20hs, para compartilharmos de um momento único, especial - Lançamento do livro Infinitamente Mulher, uma coletânea de textos de 55 mulheres santiaguenses de nascimento ou que escolheram Santiago como a sua cidade do coração, com a participação da Adriana Madrid (capa), da Tainã Steinmetz (diagramação) e da Giselle Kolinski Ribeiro (apresentação).
Estou verdadeiramente feliz em poder fazer parte desta iniciativa da Casa do Poeta ( Parabéns Márcio Brasil!) e Centro Materno Infantil.
Vai ser a minha primeira vez em um livro. É uma sensação muito bacana.
A festa começa às 18hs, com muitas atrações.
Confesso que estou super curiosa.
Esperamos encontrar por lá TODOS vocês, nossos amigos queridos, para dividirmos a nossa alegria.
A noite vai estar linda e o evento é aberto ao público.
Vamos lá prestigiar!

quarta-feira, março 07, 2012

Francisco fez cinco aninhos.



É...o tempo passa rápido.

Parece que foi ainda ontem que eu estava ansiosa, lá em Lisboa, no dia do nascimento dele, querendo saber todos os detalhes do que acontecia aqui. Uma emoção muito grande. Algumas horas de espera e depois a alegria de ver a foto de um gurizinho lindo e saudável, enviada pela internet.

Só tenho a agradecer por esta família linda!

Parabéns, menino querido!

Que continues assim, sempre mimoso e feliz.

Beijinho da vó Lolô.

segunda-feira, março 05, 2012

INFINITAMENTE MULHER

Um evento para conferir. Esperamos por vocês!
Grande abraço!




Escritoras de Santiago serão homenageadas no Mulher Nota Mil, dia 08 de março.

O Dia Internacional da Mulher promete ser muito especial em Santiago. No próximo dia 08 de março acontecerá mais uma edição do evento Mulher Nota Mil, promovido pelo Centro Materno Infantil. Desta vez, o evento será em frente da Estação do Conhecimento, a partir das 18h, e contará com diversas atrações: apresentações musicais, sorteio de brindes, corte de cabelo, verificação de pressão arterial, entrega do prêmio de Mulher Revelação e brincadeiras, com a participação de caravanas do interior e dos bairros. O ponto alto será o lançamento do livro "Infinitamente Mulher", produzido em parceria com a Casa do Poeta. A obra reúne 55 mulheres de Santiago que mostram seu talento literário, ajudando a divulgar a Terra dos Poetas. Todas elas serão agraciadas com o certificado de Mulher Nota 1.000.Confira as 55 escritoras que estão participando do livro:
Aldorete Senhorinho Martins
Aline Souza de Souza
Amanda Benvegnu dos Santos
Ana Paula Milani
Ana Paula Sangói Campos
Ana Rauber
Andressa Vieira Obem
Angela Maria Genro
Angélica Erd
Antonia Nery Vanti
Arlete Cecília Tusi Cossentino
Arlete Gudolle Lopes
Ayda Bochi Brum
Camila Canterle Jornada
Camilla Cruz
Clarissa Guerra
Cláudia Inês Larre
Deise Pinto Marchezan
Delina Porto Guarize
Diessica Carlosso Boff
Eduarda da Silva Bittencout
Enadir Obregon Vielmo
Érica Bassin Fumaco
Erilaine Perez
Fátima Friedriczewski
Fernanda Alberti
Gabriela Alberti
Heloísa Flôres
Iára Marlene Mezetti
Ilma Bernardi
Indiara Silva
Janaína Almeida Vargas
Jocimari Lopes do Nascimento
Juliana Rigon
Lígia Rosso
Lilian Ferraz Zanella
Lise Fank
Louise Garcia Machado
Luana Almeida Teles
Luana Diello
Maiara Jantsch
Marla Gavioli Ramos
Marlene Brasil Brandão
Naíse Munhões Quartieri
Nara Bachinski
Nathália Nunes Cogo
Nivia Andres
Nuraciara Xavier
Rozelaine Aparecida Martins
Sandra Ivaniski
Tais Cattelan Boff
Tassiane Kother do Canto
Tatiana Vier
Thays Stefanon Rodrigues
Therezinha Lucas Tusi
Além de Gisélle Ribeiro (Apresentação) Adriana Madrid (capa) e Tainã Steinmetz (diagramação).
O evento tem os seguintes parceiros: Hospital de Caridade de Santiago Uri-Campus Santiago, Hadassa-Escola e Estética, Casa do Poeta de Santiago, Emater Santiago, Ervateira Santiago, Viação Centro Oeste e Márcia Fontana-Site Beebop.

quinta-feira, março 01, 2012

Cronópios, Turco e a moça do caleidoscópio.






Não é nenhum segredo que eu tenho uma certa fixação por instrumentos musicais diferentes, como apitos indígenas, qualquer coisa que faça barulhos inusitados.
Acho que boa parte deste gosto vem do convívio com os amigos Ricardo Freire e Marcelinho Schmidt. O Rica dá vida e som a toda a sensação. E quando não lembra da palavra que quer dizer, lasca logo um "sflings". O som geralmente tem tudo a ver com a "coisa" em si. Impressionante como consegue captar coisas que a gente não percebe. Já o Marcelo anda com o ouvido ligado a todos os barulhos que possam ser colocados em uma composição. Vai batendo nas coisas por onde passa, experimentando o som que produz. Nem os corrimãos das escadas escapam. Se for preciso, volta e bate de novo. Ouve, bate mais uma vez, depois deve colocar em alguma escala lá dentro da cabeça dele. Em Lisboa, atravessando a passagem que vai dar no monumento Padrão dos Descobrimentos, para quem sai do parque em frente aos Jerónimos, levava um pandeiro. Dentro daquilo que é uma espécie de túnel, começou a batucar. O som lá dentro retumbava pelas paredes, dando um efeito muitas vezes aumentado.
Artistas de verdade.

Eu cá tenho os meus gostos, embora não tenha esta criatividade que admiro tanto neles.
E isso dos apitos, chocalhos, invenções sonoras me causam curiosidade e gozo.
No Mercado de Floripa, aquele amarelo antigo ali no centro, encontrei uma caixa com alguns dez apitos diferentes, sons de cantos e pios de pássaros, fabricados pelos indios. O Arsénio comprou a caixa, que o gajo também adora apitos. E eu comprei três muito interessantes, que os meus netos adoram soprar e ouvir o barulho que fazem. Quanto a mim, penso colocá-los em uso em algum show musical um dia desses. Mas também gosto de soprar às vezes, pelo puro prazer de ouvir ou inventar novas formas de tirar sons diferentes.
Noutro dia fui com meu irmão Maurício, a Lia e o Matheus e a irmã Mara almoçar no Pântano do Sul. Na entrada do Arante, aquele bar/restaurante super conhecido e que eu adoro, todo cheio de bilhetinhos colados pelas paredes e teto, há muitas bancas de artesanato local. Artesanato é outro de meus xodós.
Foi ali que encontrei o Cronópios, um argentino "fazedor" de instrumentos musicais, capoeirista e professor de capoeira. Eu quis ver tudo. E acabei comprando mais um chocalho e um outro instrumento que faz barulho de tempestade, com sons de raios e tudo. Um espanto! Conversamos bastante e ele contou da paixão pelo que faz, os lugares onde já morou e outras tantas coisas. Isso também é outra mania minha. Quando compro este tipo de coisas que são importantes prá mim, quero saber de onde veem, como são feitas, quem são as pessoas que as fazem. Só assim faz sentido. Assim, cada objeto tem a sua história.
Nas bancas ao lado, uma moça vendia caleidoscópios e o Turco fazia tatoos de henna.
Adoro caleidoscópios e gosto mais ainda de presentear as crianças com eles. Comprei um para o Matheus, meu sobrinho de dois anos. Estes brinquedos foram parte da nossa infância e acho legal a idéia de passar isso a eles. Hoje em dia os brinquedos são tão sofisticados...não que eu não os ache incríveis, mas também é bom conviver com a simplicidade e magia dos brinquedos antigos.
Não fiz nenhuma tatuagem de henna, dessas que duram só quinze dias, mas um dia ainda faço uma pequenina, de verdade. Ando amadurecendo a idéia.

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Olhando a vida e vivendo.

No caminho que me leva até a praia vou fazendo uma espécie de exercício de criação. Penso em palavras que possam expressar cada cena, depois digo em voz alta, repito, prá ver como soa. Já disse, se pensarem que sou louca, azar. Cada um com as suas loucuras, a minha é essa.
Também, porque tenho muitas mais.
Último dia do mês de janeiro, já restam só onze meses deste ano de 2012.
Cá estou, agora sentada em frente ao mar, os pés a afundar na areia morna, cabelos ao vento contidos por um chapéu de palha, um livro de crônicas na mão, na bolsa vermelha o caderno espiral, o celular, a câmera foltográfica e uma caneta sem tampa. Óculos de ver de perto e está feito o quadro.
Leio.
Ouço a voz agradável da moça do chapéu psicodélico e tiro os olhos do livro para olhá-la.
Tem nas mãos um mostruário de artesanato, onde se distribuem anéis, colares, brincos e tiaras em macramê.
A pele dela tem cor de cuia e os olhos são de um azul de doer. Pela fala, não parece ser daqui, mas não consigo decifrar de onde possa ser.
Elogio o trabalho, na verdade é tudo muito bem feito e mostra criatividade. Ela agradece com um sorriso e segue o seu rumo a deslizar pela areia, parando vez ou outra a cada novo grupo de pessoas. Não compro nada, não costumo levar *dinheiro quando vou à praia, mas bem gostaria de ter ficado com alguma das peças. Quando ela se afasta, tiro a câmera da bolsa e tento focar o chapéu. Ai, aquele chapéu que me ficou no goto, desde um dia em que vi um rapaz usando um igual, ali no centrinho da Barra. Tenho verdadeira tara por chapéus. E esta pode ser mais uma das minhas loucuras confessas. Mas o chapéu, pura verdade, é inusitado e juro que está faltando na minha coleção.
Volto ao livro.
Passa a outra moça do bolo integral, antes ainda a dos panes rellenos.
Floripa toda, de sul a norte, anda tomada por argentinos e não só. Há holandeses, ingleses, australianos, americanos, finlandeses e mais. Gringos de todos os cantos.
Ontem à noite vi a matéria no último jornal da noite, na Globo. Se a memória não falha, Santa Catarina já é o segundo destino turístico no Brasil. Só fica atrás do Rio de Janeiro. Mesmo?
E dá mesmo para ver. Na matéria mostravam a Barra da Lagoa no seu melhor e depoimentos de turistas. Bom. Possibilita a troca de idéias, integra culturas. Também é um pouco mau. Os preços por aqui, desde que iniciou o verão, triplicaram sem dó nem piedade. Quem mora o ano todo, sente a diferença.
E caminhando pelas ruas do centrinho, às vezes tenho a nítida impressão de estar em qualquer um dos países vizinhos, menos no Brasil. Menos em Santa Catarina, na Barra da Lagoa. Nos bares e em muitas das casas comerciais já somos atendidos por argentinos e uruguaios. Bom para os turistas, que acabam por sentir-se em casa e retornam a cada ano, em maior número.
O sol começa a esconder a cara e eu lembro que ali ao lado da ponte azul há o Butiquim. Impossível não ir ao pastel de queijo.
Guardo o livro, recolho a cadeira e levo a câmera a tiracolo.
No caminho, mais fotos.
O pastel é uma delícia, feito na hora. E vai bem demais com uma cerveja bem gelada.
Ave, Arsénio, soubeste escolher um dos melhores cantos da Barra. Cheers!
Está aqui um ventinho bom do caraças, a gente até fica se perguntando se merece tudo isso.
Interessante é que no caminho encontro a moça do chapéu. Sai da zona de areia com outra vendedora ambulante e há um rapaz que, pedindo para que façam a pose, bate a foto. Deppois diz:
- Diretamente de Goiânia para as praias gaúchas!

Gaúchas?
Pensei que estava em Santa Catarina.
A outra, que não é a do chapéu, caminha atrás de mim, ao sair da areia. E eu não resisto.
- Sou maluca por aquele chapéu.
Ela diz que é lindo e fala que tem prá vender.
Chego perto e olho detalhadamente o chapéu de feltro, na cabeça da moça de olhos azuis.
_ Mas o que é este chapéu, é um chapéu de que?
_ De duende. É lindo, não é?
_ Sim, sim. Vi noutro dia, um rapaz usava um igual. E fazes prá vender? Eu coleciono chapéus.
_ Claro, faço um, vendo, faço outro.
_ Eu quero, podes vender prá mim? Mas tenho que pegar amanhã, que hoje não trouxe dinheiro.
_Posso, sim, amanhã vou estar aqui pela praia. São cinquenta reais.

E fica assim acertado, quando vejo que junto com ela está o rapaz que vi noutro dia a usar o chapéu.

Sentada à mesa, no Butiquim, saboreio um dos melhores pastéis de Floripa. E fotografo um menino de uns cinco anos que joga a tarrafa ali no cais dos pescadores e que de vez em quando olha prá dentro da peixaria, conferindo se está tudo como deve ser na sua atividade de gente grande. Impressionante, mas ele tem o jeito todo, as manhas. Fico encantada.

Depois, já indo prá casa, entro na peixaria e encomendo uma tainha prá amanhã de manhã. Não é fresca, porque se está na altura do defeso. Mas tem bom aspecto e vai ser assada no forno para o almoço.

Ganho a rua com a sensação de ter visto tudo isso em um filme qualquer.
Vida a pleno, isso é o que é.
Se não for, deve andar bem perto.


* Explicando: Não costumo levar dinheiro GRANDE.

Inspiração

Floripa tem isso. Por mais que a gente acorde meio atravessado, às vezes, abre a janela e vê ali a exuberância da natureza a oferecer um espetáculo sem igual todos os dias. Não dá prá ficar indiferente. É encher de ar puro os pulmões e gritar de alegria, porque estamos vivos, porque o mundo é cheio de cores e as pessoas são todas especiais.Se acharem que a gente é louco, azar.É que essa beleza toda chega a ser um exagero. Olhar a Praia Mole de cima do morro, com aquela água azul de doer, não tem nada que se compare. E chegar na Barra, então? A vista lá de cima é de tirar o fôlego. São só dois exemplos.Não temos remédio, só podemos estar bem. Melhor do que isso, só com a família e os amigos queridos por perto.É um desencadear de sonhos...E a gente a tentar fazer caberem todos dentro de uma vida só.

sábado, janeiro 28, 2012

CHICÃO - Querido por todos




Desde Florianópolis, a gente se emocionou demais com as homenagens feitas ao Chico, ontem, na abertura oficial da Copa Santiago.
Estivemos acompanhando a transmissão da Rádio Santiago e da Rádio Verdes Pampas, através da Internet. Eu, a Eda, o Elias, os filhos e os netos dela.
Estas atitudes traduzidas em manifestações emocionadas, que fazem os momentos tão especiais na vida da gente, nos fazem acreditar verdadeiramente que toda a vida, o carinho, o amor, o trabalho, a forma de se posicionar perante o mundo e a força da luta pela justiça e igualdade para todos, características tão marcantes do nosso Chicão, valeram completamente a pena.
Temos muito orgulho do homem, da pessoa, do amigo verdadeiro que ele foi.

Obrigada a todos, do fundo do coração.

Recuerdos

A maior parte das minhas férias, em criança e adolescente, eram divididas entre a praia do Cassino e a casa de minha avó materna, a vó Maria, na cidade fronteiriça de Rivera.
Os carnavais eram quase todos de revolver aquele baú mágico que havia no canto do quarto da avó e encontrar ali as fantasias mais inusitadas. Fazíamos sucesso nos bailes do Clube Uruguai, onde confetes e serpentina forravam o chão do salão e tenho uma vaga lembrança de que às vezes formavam montes que nos chegavam perto dos joelhos. Eram tempos de fartura, em todos os sentidos.
Minha avó Maria era daquelas figuras marcantes. Mulher de personalidade forte, descendente de um português que aportou em Pelotas, casou muito cedo com meu avô, um castelhano nascido dentro de um navio no Mar del Plata. Conheceram-se em Pelotas, onde ele, neto de avó índia, era proprietário de uma ferragem e uma espécie de cônsul argentino naquelas paragens. A minha avó vivia com os dois irmãos e o pai, em virtude da morte prematura de sua mãe. Era ainda uma menina sonhadora quando passou à condição de esposa. Meu avô, alguns anos mais velho, tratava-a com a delicadeza proporcional à fragilidade que acreditava ter, enchendo-a de mimos, presentes e um carinho quase de pai. Quando ela, por herança, recebeu umas terras no interior doUruguai, foram viver em Rivera e ali estiveram até o fim de suas vidas, como cidadãos uruguaios, embora sendo ela brasileira e ele argentino. Na verdade, a avó, por conta de ter casado com ele, também tinha cidadania argentina. Tiveram cinco filhos, a minha mãe, a tia Martha, o tio Beto, a tia Ude e a tia Marita. À exceção de minha mãe e da tia Martha, os outros vivem no Uruguai até hoje, as tias em Rivera e o tio em Tacurembó.
Minha mãe sempre me conta sobre a sua infância. São histórias bonitas, recheadas de imaginação e simbolismos. Uma verdadeira viagem. Fala desse tempo com denotado carinho, lembra a figura do pai, o meu avô Hidro Alves Ferreira. Um homem alto, muito elegante, de traços bonitos, que andava sempre muito bem arranjado e cheirando a bons perfumes. Dono de gestos e palavras educadas, era um gentleman. Lembro dele assim, vestindo uns ternos claros e muito alinhados. Era carinhoso com a gente. E deu uma educação interessante aos filhos, é um pouco dele essa coisa de descobrir, desbravar, viver com uma boa dose de ousadia e ter a responsabilidade total sobre os próprios atos. Foi um homem bem sucedido. Uma pessoa positiva e sonhadora, mas com os pés no chão. Tenho pena de não ter convivido mais com ele, ficou gravemente doente e faleceu quando eu andava perto dos doze anos.
Curioso que minha avó, mesmo sendo de origem portuguesa, tinha umas feições e um estilo inconfundíveis de espanhola. E tinha lá uns cabelos muito longos, que conservou até bem velhinha. Adorava vê-la pentear-se calmamente os longos cabelos, de manhã, quando acordava. Dentro de uma camisola clara e comprida, parecia uma menina daqueles filmes antigos. Depois, num gesto preciso e rápido, enrolava-os em um pequeno coque no alto da cabeça e adquiria ares de senhora elegante. Vestia costumeiramente saia e uma blusa branca ou bege, tipo camisa, abotoada na frente. Por cima um casaquinho justo de linha ou lã, também de botões pequeninos e delicados, que abotoava, deixando à mostra apenas a gola redonda da blusa. Acho que completava com um pequeno camafeu. Nos pés, mocassins escuros, de saltos baixos, confortáveis. Não lembro da minha avó usando jóias, acho que era prática demais prá isso. Usava, sim, uns lenços muito bem jogados sobre os ombros, que lhe faziam ainda mais bonita.
Acordava cedo e vivia em uma azáfama com suas atividades diárias. A esta altura morava sozinha naquele casarão enorme, na esquina da Ituzaingó y Rodó. No outro canto do quarto de dormir,havia um cofre grande e pesado, onde guardava uma lata colorida de caramelos ou coisa que o valha. Nela, moedas e notas de pesos uruguaios. Tinha o dinheiro em casa, não acreditava em bancos, contra a vontade de minhas tias mais novas, que temiam algum assalto, já que vivia sozinha. Mas ela sempre fez o que quis e bem entendeu. E desconfio que isso não foi um privilégio só dela nesta família. Era uma mulher muito forte, de personalidade marcante, de vontades férreas e muita atitude.
E tinha esse lado criativo.
Muito antes de sonharmos com as coisas de inventar teatrinho de brinquedo, nas tardes ensolaradas de Domingos Petrolini, ela dirigia peças teatrais apresentadas aos paroquianos da igreja matriz, em Rivera. E produzia os figurinos das incontáveis peças, onde os filhos e os amigos dos filhos, grande parte das vezes, faziam parte. Como a brincar com bonecas grandes e a fazer-lhes as roupinhas. Não havia limites para os sonhos da minha avó. E escrevia-os todos e não só. Também relatava os fatos com maestria, como naquela vez em que sofreu um acidente em um trem que descarrilhou, numa de suas viagens pelo Uruguai, a vender lençóis finamente bordados, vindos de Santa Maria, que depois ela ensinou as filhas a bordar também. Enquanto o trem descarrilhava, ela escrevia. E depois. Fazia poemas de tudo, a vó Maria. E depois lia-os nas reuniões de família e ria-se muito ao contar as façanhas. Aos quase setenta, vivia em plenitude, como se a vida estivesse recém começando. Era independente, completamente dona do seu nariz.
Teve também um pequeno bar, na garagem de casa. Pois teve. Lembro de umas bolachas recheadas (as galletitas rellenas) que eram vendidas por peso, tiradas de latas grandes e coloridas. Ainda lembro o gosto. Uma verdadeira desgraça para as silhuetas. Mas naqueles tempos essa preocupação não havia. Eu era magrinha como um palito, nem saia usava, com vergonha das pernas finas, que mais pareciam caniços. Quero dizer, na verdade, que não gostava de usá-las. Mas a minha mãe achava bonito vestir-me com saias a la escocês, pregueadas e tudo, um pouquinho abaixo dos joelhos. E compunha o quadro com umas meias do tipo colegial, transparentes e coloridas, que combinavam com as cores da saia e da blusa, tecida por ela mesma (os twin sets de hoje). Nos pés uns mocassins portenhos, feitos à mão, baixinhos, comprados lá no Uruguai, mas vindos da Argentina e que até hoje procuro em todo o lado, mas não encontro para comprar. Claro, tinha também um laçarote de fita que, de certeza, pelas fotos que vejo, era maior do que a minha cabeça.
Ao lado da casa de minha avó, ali na Rodó, havia uma loja grande da FIAT, tipo concessionária com oficina. Os empregados vinham fazer o lanche ali no bar da avó e lembro que comiam sempre muito chocolate. Ela me explicava que era por causa do frio e que o chocolate ajudava a se manterem aquecidos. Eu não entendia muito bem, mas acreditava piamente. Tanto que às vezes me pego falando isso aos meus netos, hoje em dia.
O pessoal da loja eram os melhores clientes do bar. Foi ali que comecei a aprender o pouco de espanhol que sei. Ouvindo minha avó charlar com os fregueses, con el señor de la panadería, de la carnicería, de la florería, con las vecinas, con las amigas en la calle y con mis primitos, hijos de las tías más pequenãs que vivían alla. Tempos depois, já na adolescência, me apaixonei perdidamente por um dos filhos do dono da concessionária, o Daniel Fernández. E tivemos uma espécie de namoro en sério que, mesmo completamente inocente, custou algum incômodo à avó. Lembranças felizes, que talvez mereçam um capítulo a parte e noutra hora conto.

Hoje preciso sair à rua, porque o sol já me beija pela fresta da janela, aqui e agora, muitos e muitos anos depois.
Até a vista.

I N T R O S P E C Ç Ã O



O filme do Saura



Bom filme. Bom mesmo!
Mamãe faz 100 anos.
Como tudo o que ele faz.
Relações humanas retratadas como quem põe dedo em feridas.

Rafaela Aparício, no papel da matriarca, é um espanto.

E Geraldine Chaplin está impecável.
Recomendo. Aliás, não só. Obra prima. em tom surrealista.
Acho mesmo que deviam ver.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Há três dias de molho. Fanha, nariz entupido e a garganta em pandarecos.




Éaaaa...

Vendo as novelinhas todas.

Bem bom.

Um caracol que passa e o lagarto abatido pelas "cãs" implacáveis.

Imagens do dia...


Tons geniais




Resquícios de carnaval, dando tom à vida em dias de céu emburrado.

Vida meio em suspenso, como os chapéus pendurados atrás da porta, esperando a vez de sair à rua cobrindo uma cabeça qualquer, em um dia de sol que há de vir.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Uma receitinha básica de Bolinhos de Peixe





Fica uma delícia, eu garanto.

Ingredientes:

4 colheres de chá de cebola picada
2 colheres de chá de alho picado
1 colherinha de café de pimenta dedo de moça
2 colheres de sopa de azeite (oliva)
200 gramas de peixe cortado em cubos (SEM espinhas)
150 gramas de atum
1 ovo
1 fatia de pão sem casca, pré-assado, no forno
1 colher de sopa de cebolinha verde picada
sal a gosto
óleo (necessário para fritar)

Preparo:

Em uma panela, refogue a cebola, o alho, a pimenta e o azeite. coloque os cubos de peixe e deixe em fogo médio até selarem.
Em um processador, ou liquidificador, bata o refogado com o ovo e o pão.
Misture a cebolina picada, no final.
Deixe a massa descansar na geladeira por 20 minutos. Faça bolinhas de mais ou menos 30g cada e frite em óleo quente.
Sirva com folhas verdes e temperos de sua preferência.

(Receita extraída da Revista ALTA Gastronomia, ano 13 - http://www.altagastronomia.com.br/ )

Vai super bem com uma cervejinha gelada.
Depois que fizerem, me contem.
Bom apetite.

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Essas coisas

A minha prima Bella me conta que um cientista ( ou era um médico?) dizia ao Jô que Alzheimer é uma questão de DNA e não de modo de vida ou alimentação especial. E que tudo o que se diz que possa vir a retardar a doença não passa de especulação, sem nenhuma fundamentação científica.

Tsc...tsc...

Ah...mas também falou que escrever é um santo remédio. Manter a mente ocupada, em função o tempo todo.
Não falou em ler, acho que não deve ter falado, pelo menos ela não comentou.
Mas disso falo eu.
Acho que ler ajuda no exercício mental.
E ver filmes, será que ajuda?
Tô aqui...especulando.

Ferreira Gullar

Há pouco estava ali no Canal Brasil, a ler seus poemas e falar do processo de criar.
Fiquei fã.
Ele é uma figura ímpar.

Sob o ventilador de teto



O barulho é compassado e lento.
Lá fora, o sol.
Tarde quente e clara. Limpa.
Céu muito azul.
Mesmo assim, não dá vontade de ir andar. Melhor cedinho, pela manhã.
A praia deve estar cheia demais.
Vou ficando por aqui, entre livros e filmes, escrevendo um pouco, prá variar.


Ontem pela manhã assaltaram três argentinos que caminhavam na praia, lá para os lados de Moçambique, onde é menos frequentado. O vizinho contou que houve até tiros e que um dos argentinos ficou machucado.
Eram quatro os assaltantes. Um surfista viu a cena e veio até a Barra pedir socorro. Os bombeiros levaram o ferido ao hospital.

Durante a noite haviam arrombado o carro dos mesmos argentinos.

Estou pasma.

O mundo se complica mais a cada dia.

Uma pena.

O pardal

Do outro lado da vidraça está o pássaro.
Eu aqui, do lado de dentro, tentando entender que significado tem isso tudo.
Desde que voltei de Santiago, no início de dezembro, tem sido assim. Todos os dias, ora na janela aqui do quarto, ora naquela da área de serviço. Ouço as batidas contra o vidro, quando acordo, de manhã. Olho. Ali está.
Agora, e hoje tem estado mais insistente, atira-se contra a vidraça, tenta pousar na madeira da janela e para, não sei se me vê ou não. Parece que me olha. Depois volta ao muro e se lança no espaço vazio entre o muro e a janela com a força de quem tenta atravessar o vidro. Faz isso incontáveis vezes. Fico preocupada que se machuque. Mas ele nunca desiste.
Nem sei dizer se é o mesmo todos os dias ou se há mais de um. Vem um de cada vez.
Já experimentei abrir a janela, prá ver se quer entrar, mas não. Nunca entra. A função dele é com a vidraça, sempre e só com ela.
No outro parapeito, o da janela da área de serviço, coloco alpiste todos os dias. Comecei a fazer isso depois que a minha amiga Ana contou ter lá em casa uma família toda de pardais a baterem em sua janela.
Dá comida. Resolvi dar também.
Ele espalha todo o alpiste pelo chão e continua em seu exercício de atravessar o vidro.
Será que se vê em uma espécie de espelho e pensa (pensa?) ser um outro pássaro, a quem decide fazer companhia junto à vidraça?
Tenho andado a observá-lo. Talvez um dia descubra. Ainda não consegui fotografá-lo.
Continuo tentando.