terça-feira, dezembro 30, 2008

Vizinhos...

Eu juro que não sou invocada com vizinhos. Nunca fui.
Mas este aqui de cima, realmente, tira qualquer um do sério.
Não conheço, não sei mesmo quem é. O prédio é mais ou menos grande e não nos conhecemos a todos.
Mas imagino que ele deva ter montado uma oficina aí em cima, ou esteja trocando os móveis da casa toda ou ainda que as paredes já devam ser algo parecido com um queijo suíço. Nunca ouvi ninguém furar tanto, o dia todo, sem tréguas.
É assim o dia todo, a sério.
E à noite, o miúdo, que deve ter um saco de bolas de gude, mesmo daqueles bolitões, volta e meia derrama o saco ao chão (pelo menos é o que parece). E as bolitas saltitam, fazendo um barulhão e a gente aqui em baixo leva um sobressalto.
Sobre o resto não vou contar. Mas fiquem certos de que também há outros barulhos suspeitos em horas muito esquisitas, com direito a banda sonora especial e tudo, dignos de acordar qualquer vivente do sono mais profundo.
Eu penso nisso e acabo por rir-me sozinha, lembrando do meu irmão Ricardo, que sempre diz que tem mesmo é vontade de ir morar na roça.
É verdade.
Como dizia o seu Marcelo Gorski, pessoa de quem tenho grande saudade e que deve andar a divertir os anjos lá no céu, com as suas tiradas inteligentes e engraçadas, quem não quer ouvir barulho de latas, que não as ate nos tentos.
É isso aí.
Dá-lhe vizinho!

segunda-feira, dezembro 29, 2008

A segunda cheia de chuva...


Aqui tá mesmo um invernão do caraças.
Ganda cegada, no bom português de Portugal.
Fui trabalhar, fui sim.
Mas era melhor não ter ido, porque o tempo tá mesmo feio e acho que ainda acabo por piorar desta gripona.
Espirrei o dia todo.
De qualquer modo, conseguimos adiantar serviço, pensando nos dias em que tudo vai ficar meio parado, e isso até que dá gozo.
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Agora à noite falei com a minha amiga Rosália, profe da URI, lá de Santiago (Passo da Guanxuma do Caio Abreu). Ela é uma moça estudada, com doutorado na Espanha e tal, e tem condições de me dar uma luz ou um poste inteiro, quase um holofote, na questão em que ando encasquetada ultimamente. Gestão do Terceiro Setor ou como Administrar uma ONG a sério.
Vai mandar uns artigos.
Fico faceira.
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Há um surto de gripe em Portugal. Já não há vagas nos Centros de Saúde. Estão pedindo prá utilizar a linha 24, que é um jeito de desafogar os centros de atendimento e as urgências dos hospitais, em Lisboa e outras cidades. E as consultas de rotina estão sendo adiadas por uma semana ou duas, para que se possa atender aos casos mais graves.
Não chega a ser uma epidemia, muito menos uma pandemia, como dizem por aqui. Mas o povo anda se espiando prá não chegar perto de quem espirra, com medo de pegar a maleita. E já há dificuldade em se conseguir medicamentos prá gripe em muitas farmácias.
Por isso digo, se amanhã estiver chovendo deste jeito e eu estiver assim ruinzinha, só volto ano que vem ao trabalho.
O que não impede de eu ficar trabalhando em casa. Muita leitura, cama, vitamina C e sumos, muitos sumos de frutas.
Pois é.
Que venha 2009.
Pelo jeito vem chegando bem molhado.
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domingo, dezembro 28, 2008

E amanhã, como hoje, vai ser sempre tempo de sonhar.

É dia de São Pega.
Voltamos ao trabalho.
Semaninha curta, é bem verdade, mas que deve ser bem aproveitada prá alinhavar alguns projetos prá 2009.
Todos sabemos que vai haver crise. Sempre houve.
Aliás, vamos combinar que desde que eu nasci e desde que me conheço por gente, a crise está instalada. Mais coisa, menos coisa, mas nunca foi-se embora de vez.
Quando era pequena, lembro de que o ato de catar uns tostões com os avós e pais prá comprar um chiclete que fosse vinha sempre acompanhado de discursos sobre a crise. Leite condensado e latas de compota eram sinônimo de festa e os sapatos de ir prá escola eram de plástico preto, fechados em cima, amarrados com cordão. Horríveis, medonhos, sobretudo nos dias de sol quente. E íamos à escola num ônibus amarelo, daqueles com o nariz sobressaindo, como nos filmes americanos antigos.
E a gente era feliz.
Antes ainda eram os nossos pais que ouviam dos avós e dos seus pais.
Depois éramos nós a discursar aos filhos, mesmo tentando dar a eles tudo aquilo que não havíamos tido, como fizeram os nossos avós e os nossos pais.
No entanto, estamos aqui, gordos e lindos, como sempre. Ou nem sempre gordos, mas bem lindos. Cá estamos. Sobrevivemos. E havemos de sobreviver sempre, independentemente das crises ou seja lá que nome tenham.
O que importa é que a gente sempre tenha planos, sonhos e vontade de correr atrás. E que a gente consiga manter a nossa essência, venha o que vier, tentando amenizar um pouco da crise que atormenta quem estiver ao nosso lado e que precise de alento.
O resto a gente dá conta, como sempre tem dado, até aqui.
Que venha 2009! E outros tantos infinitos anos.
Estamos preparados!

Por isso...

Vou ler na cama, que é lugar quentinho. Depois de um chá com mel, tem que ser.

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Há pouco falava com a minha família, cinco dos seis irmãos que tenho (que comigo são sete) e que estão esta semana com a mãããããããeeeeee, lá no Cassino, curtindo um colinho.
O pessoal se esparramou mesmo, mas sempre que dá jeito, tratam de se embolar.
Desta vez veio o Ricardo, de Salvador, com a filha Nandinha e o namorado dela, o Nilo. Vieram o Maurício e a Lia, lá de Dois Vizinhos, no Paraná, o Zeca, com o filho André e a Betina, o Augusto e o Rafa, que moram ali perto dela. Lá já estava o Sérgio, que mora com ela.
Faltamos eu e a Mara, ela que mora em Maceió e eu aqui, além-mar, em terras lusitanas. Mas numa dessas a gente consegue se juntar sem que falte nenhum de nós.

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A mãããããeeeee é tri curiosa, adora saber tudo.
E como sempre foi exímia datilógrafa, digitar aqui no PC é moleza. Só tenho que aumentar o tamanho da letra, mas o resto é tranqüilo.
Em resumo, fiz um apanhado geral do que tenho visto por aqui e nos países que já visitei, à volta.
Ela lê tudo muito interessada e pergunta. Pergunta, pergunta tudo. Tem lá os seus conceitos sobre tudo, não gosta de sair do Brasil e acha que a Europa é um lugar muito velho, onde as pessoas são fechadas, tristes e não têm a alegria e espontaneidade dos brasileiros. Mas gosta de saber, lê muito sobre História do Mundo, Geografia. A gente vai andando e ela vai acompanhando passo a passo, nos livros.
Sei que no fundo o que quer mesmo saber é se estou bem, aqui. Se estou feliz, se me adaptei, se as pessoas me tratam bem, essas coisas de mãe, que nunca descansa o coraçãozinho.
Afinal me empolguei, falei tanto que acho que ela acabou por ficar meio tonta.
Mas entendeu tudo.
E entendeu também que não há com o que se preocupar.
Quando me enxergou, pela câmera, perguntou logo: Estás gripada?
Não tem como esconder. Mãe sempre sabe de tudo.
Logo vieram todas as recomendações de praxe. Que eu respeito, afinal, porque ela sabe o que diz. As mães sempre sabem. Não adianta negar.
Vou lá tomar o tal chazinho e o xarope e o comprimido de vitamina C.
Pronto, mãe.
Fica com Deus.

Domingo-feira, de novo...Atchim!


Passei o dia de molho, por conta da gripe, que aqui chamam constipação.
Constipação prá nós é outra coisa, mas isso não importa.
Pois é, lareira a pleno no Natal, entra-e-sai prá ver como vão as coisas lá fora, um frio de rachar na Aroeira e deu no que deu.
Dores pelo corpo todo, como se tivesse levado uma surra.
Ontem, uma pontinha de febre. Mas a gente toma um CÊGRIPE e toca a andar. Amanhã trabalho.
Graças a Deus já me vi livre daquela conjuntivite que nunca mais acabava.
Resolvi voltar a estudar Marketing, agora do Terceiro Setor, que é o que me interessa no momento. Há muito que fazer e eu gosto de estar preparada. Trabalho diretamente com isso lá na Abraço e sei que há sempre o que melhorar.
Prá não dizer que fiquei só em casa, andamos vasculhando as livrarias disponíveis. Sorte que aqui as coisas funcionam aos domingos, a maioria delas.
Mas então, fiquei um tanto decepcionada.
Não há livros interessantes nesta área. Fui à FNAC, à Bertrand e algumas outras. Muito pouco ou quase nada. Nem de gestão, nem de marketing, nem de RH.
Tenho que convir que os livros que deixei no Brasil agora estão a fazer falta. Aliás, interessante, grande parte dos livros de Gestão utilizados aqui nos cursos universitários, são de autores brasileiros. Fiquei toda orgulhosa. O Idalberto Chiavenato é um que mora em todas as livrarias.
Ora vejam!
Nós, os do Terceiro Mundo!
Folgo em sabê-lo.
Afinal, trouxe dois livros prá casa.
O Segredo na Gestão de Pessoas, de Stephen P. Robbins, da Centro Atlântico e Planejamento de Marketing, de Marcos Felipe Magalhães e Rafael Sampaio, da Pearson, Prentice Hall.
Se serão bons, não sei. Dei uma olhadela. Mas não havia muito mais, por isso arrisquei.
Sempre se aprende alguma coisa nova, com certeza.
Ando mesmo atrás de um do Peter Drucker, Administração de Organizações Sem Fins Lucrativos. Sou mesmo fã dele. Mas vou ter que encomendar em algum site.
Sim, pois é, ando pesquisando na Internet. E onde tenho achado boas informações é no site do SEBRAE.
Saudade dos meus livros, pura verdade.
Ai, aquele livrão do Kotler...
Enfim...a ver vamos.

sábado, dezembro 27, 2008

Cenas de Natal


Muita luz e um foguinho na lareira. Clima.


Nossa praia de inverno.

Os filhos comigo, no coração e junto.

Tia Laurinda, a minha amiga não tão Secreta.

Sportinnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnng!Arsénio e primo Sérgio.

Será? que dupla de abstêmias. A Maribel e eu.

Presente que ganhei da tia Ana, minha Amiga Secreta.
Uma caminhada na praia é sempre bom.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Aos meus filhos, aos meus netinhos, à minha família e aos meus amigos, amores da minha vida, um Feliz Natal, cheio de Paz e Amor!

Tenho vocês a cada momento da minha vida, dentro do coração.
Porque o Natal continua a ser no dia em que um Homem quiser.
Desta forma, sejamos felizes todos os dias!
Muita luz e muita energia!
Beijos e abraços cheios de carinho.
Amo vocês, do fundo do meu coração.

domingo, dezembro 21, 2008

Reloginho da Abraço


Fala sério, gente, não é uma gracinha esta idéia do pessoal lá da Abraço do Funchal?
Há de todas as cores. Lindos!
Ganhei este de presente.
Adorei.


quinta-feira, dezembro 18, 2008

E por falar em Conjuntivite...

Era o que eu dizia noutro dia...não lembro se alguma vez havia tido, mas acho que não.
A propósito da dita, é interessante que se faça aqui alguns esclarecimentos, a maioria já deve saber, mas nunca é demais falar sobre.
Quando tenho qualquer coisa, acredito que muita gente é assim, fico logo curiosa e vou fuçar na internet prá me informar mais sobre o assunto. Já levei boas xingadas de médicos por conta disso. Segundo eles, o papel aceita tudo (nesse caso, a espaço virtual) e nem sempre podemos nos basear no que está ali escrito.
O melhor sempre é consultar um bom médico.
E foi isso que o Rodrigo fez.
Eu, como tinha o mesmo tipo de conjuntivite que ele, já que parecia ser viral, uma vez que a Luísa deve ter pego na escolinha e depois passou ao Mano, que passou ao Rodrigo e à Daiane e por aí foi...acabei usando o medicamento receitado pelo médico dele.
Acontece que o tal médico, sem usar de muito critério, passou a ele um colírio COM CORTICÓIDE, que depois fomos saber, jamais deve ser usado para o caso de uma conjuntivite viral ou virótica, como queiram.
Quando ele começou a desconfiar que alguma coisa não estava bem, resolveu ir a outro médico, que lhe tirou o tal colírio imediatamente e disse que usar um colírio com corticóide numa situação como a dele era o mesmo que colocar gasolina no fogo.
Resultado: ele adquiriu uma Ceratite, que é uma inflamação na córnea e que causa o embaçamento da visão por um longo tempo e tomara Deus que não lhe deixe nenhuma lesão nos olhos.
Sinceramente, fico pasma com essas coisas.
É, no mínimo, uma grande irresponsabilidade.
É sabido que a primeira coisa que o médico deveria ter feito era saber que tipo de conjuntivite era, prá depois medicar. Ele entendeu que era bacteriana. E por aí foi. E deu no que deu.
Sorte do Rodrigo ter encontrado um médico mais criterioso, que acabou por dar outro rumo à situação, que poderia ter sido bem mais grave.
Agora é esperar, no mínimo três meses para que o organismo reaja, absorva e devolva a visão límpida. Mas isso pode levar até um ano e também pode deixar lesões, que levem a uma cirurgia para correção.
Tomara que não seja o caso.
Eu, cá pelo meu lado, quando senti que o tratamento não estava a surtir efeito, fui até uma farmácia, pois era sábado de tarde e estávamos em viagem, numa povoação do Alentejo, e conversei com a técnica, que me aconselhou a trocar o medicamento por um colírio sem corticóide, porém com antibiótico, por causa da secreção. Assim fiz. E passei a lavar os olhos constantemente com soro fisiológico e a fazer compressas geladas, conforme o conselho dela. Ainda me disse que, se em quatro dias não estivesse melhor, era prá procurar um médico, pois poderia não ser conjuntivite. eu tinha os olhos que eram umas verdadeiras bochas inchadas e não se via o branco. Tentei contatar o Rodrigo, mas ele foi mais rápido em me alertar, depois de ter ido ao segundo médico.
Felizmente estou bem, já não me ardem e nem coçam os olhos, a vermelhidão e o inchaço desapareceram por completo, embora eu ainda esteja um tanto lacrimejante e com a visão um tantinho embaçada no olho esquerdo. A luz também me incomoda um pouco.
Ele ainda está com a visão um tanto comprometida, embora não tenha os olhos inflamados e nem vermelhos. Tem tratado com um colírio lubrificante (lágrima) e também com as compressas. Mas ficou com muita sensibilidade à luz e precisa usar óculos escuros. Não consegue ficar muito tempo à frente do computador e quando força, doem os olhos e a cabeça.

Conto isso prá alertar, há coisas que podem mesmo se tornar irreversíveis, se não descobertas e tratadas em tempo.
E todos nós estamos sujeitos a enganos ou negligências uma vez ou outra, seja da parte de quem for.
Muito cuidado quando se tratar de olhos.
Não custa ficar atento.
Melhor ainda é ir ao médico. Se um for pouco, ir a dois, três. Um há de acertar.
Boa sorte prá nós.



E como diz a Tramelinha...tchururum.

Pois é...
Não sei se foi por conta da tal conjuntivite que me acometeu (que palavrinha mais esquisitinha. O verbo, sim, este!), mas tenho a impressão de que ando enxergando menos, desde então. Agora, só de óculos prá ler o que escrevo. Aliás, prá conseguir escrever também.
Será?
Ou é mesmo a velhice?
hahaha...
Só porque noutro dia andei fazendo cinqüenta, não vale! Agora então o organismo de uma criatura anda a contar os dias de aniversário prá se manifestar...só me faltava essa! Vou é começar a fazer anos em silêncio absoluto, ah...vou. Bem disfarçada.

Aí então foi isso. Coloquei os meus oclinhos e estive por aqui a ler os blogs, os jornais, os mails e os orkuts da vida.
Antes cheguei da rua cheia de pacotes. Passei o dia todo na Baixa, de folga do trabalho e no afã de não esquecer de nenhuma prenda de Natal. Acho que não esqueci de ninguém, não deu foi tempo de ver tudo o que queria.


O dia hoje foi de névoa. Começou limpo, mas logo baixou a serraria. Eu que já ando com os olhos meio nuveados, achei que tinha piorado. Mas não...era um assunto alheio à minha condição visual mesmo. Melhor assim.
Mas o dia fica esquisito. Há quem goste. Eu prefiro a luz, as cores mais vivas, um sol...
Frio, mas solinho.

Não há nada como um inverno solarengo. Melhor, só a primavera, que esta bate todas, sem discussão.

Ah...sim, eu sabia, acabei por esquecer de comprar a Visão desta semana.
Vou ver se ainda acho amanhã e compro.

E amanhã...
Bem, amanhã temos o Jantar da Abraço, confraternização com os colegas, que é muito bom, sim senhora.
E no sábado há a Festa de Natal para os utentes e suas famílias, organizado pelos funcionários, em parceria com algumas empresas, que todo o ano ajudam, graças a Deus.
Vai ser bem divertida, com certeza. Muitas surpresas e prendas prá toda a gente.
Depois conto e mostro as fotos.
Abração a todos.

terça-feira, dezembro 16, 2008

Parabéns, filha querida!

A filha caçula chegou mesmo como uma caçula que se preze. Mimosa, carinha de bonequinha loira, linda e bochechudinha. O cabelinho muito liso e um sorriso de derreter qualquer coração. Quando era pequena o pai dizia que ela tinha um jeito todo especial de penetrar na rocha, que era ele. Eu sempre achei que os olhos dela "falam", é dona de uma expressividade que considero especial.

O pai se derretia, mas achava que a derretida era ela.



E também era verdade. Dengosa e enroscada, ela sempre acabava por conseguir o que queria dele e de todos nós.





Passou a ser a mimosa da casa. Talvez por isso o Gabriel tenha começado a chamá-la de Mimo, e a gente tenha continuado depois, por um bom tempo. era mesmo mimosa, a guriazinha.

Raquel foi um nome que nós dois achamos bonito e tinha tudo a ver com ela, por isso a escolha foi um consenso bom.

Com três anos, desfilava. Era cheia de jeitos, caras e poses, que a gente nem sabia de onde tirava. Tinha um mundo todo dela. Foi Boneca Viva, Rainha do Carnaval, manequim infantil. Tinha jeito e desembaraço. Sempre foi uma danada prá dançar. Tem o ritmo na alma.
E a mãe aqui, claro, fazia todas as vontades.
Qual é a mãe que não faz?



Um dia, tinha uns quatro anos e tal, resolveu participar em um programa de calouros, cantando música de gente grande. Era também metida, a guriazinha. E acabou com um honroso terceiro lugar, no meio dos adolescentes, toda prosa e com a família inteira à volta, babando, com certeza. Uma música da Marisa Monte, difícil de cantar...

De todas, essa sempre foi uma das características mais marcantes da Raquel. Não ter medo de nada, enfrentar as situações mais desafiantes com uma energia invejável. E de ser completamente responsável pelas suas escolhas. Sempre muito independente, dona do seu nariz, desde cedo mostrou que tinha coragem e vontade própria.

Foi mesmo uma surpresa boa quando ouvimos o nome dela como candidata aprovada no curso de Publicidade e Propaganda da UFSM. Era o curso que eu teria gostado de fazer.
E ela, além de ser inteligente, sempre foi super aplicada e tirou excelentes notas na escola, por isso no PEIES tinha folga até prá entrar em Medicina. Mas optou por ser publicitária. E acredito que acertou em cheio. Fez a sua escolha. Formou-se a nossa menina e hoje é uma publicitária que faz diferença.
E gosta do que faz, o que é uma situação ideal, a meu ver. Que bom que toda a gente pudesse fazer o que gosta, realizar-se assim.
Sempre gostei de escrever e tive alguma facilidade de externar o que penso. Não sei se escrevo bem ou não, mas isso também não é o mais importante. Mas a Raquel vem se superando. É uma ótima redatora. E como isso é bom de ver. Gosto muito de ler o que ela escreve. E de certa forma é também bom de ver que se parece comigo em muitas coisas. Gostamos de desafios, gostamos de desbravar, adoramos um yakult, caminhadas ao ar livre, acampamentos, leituras, ouvir e cantar música da boa e de vez em quando beber um cafezinho expresso com uma torta fresquinha, em algum café pelo mundo, observando o que se passa à volta com os olhos de ver.É uma baita parceira de viagem. E sobe até montanhas, coisa que eu não faço nem que me paguem a peso de ouro. Mas ela é curiosa. E um pouquinho teimosa...não mede esforços se lá no topo estiver algo que ela nunca viu e quer muito ver. Foi assim a primeira vez que viu a neve em Andorra. De diferente, gosta de tomar o café bem doce e de preferência que fique aquele açúcar no fundo, prá comer de colherinha. E há também o famoso vinagre com azeite e sal, que mistura prá comer assim, sem salada nem nada.

Amiga dos irmãos, sempre teve uma relação sossegada com todos.
Manteve a posição de caçula pela forma de ser, enquanto foi crescendo e tomando posições pela competência e personalidade muito definida desde muito pequena.
Sabe discutir, é calma prá falar, pondera, respeita a opinião das pessoas, ao mesmo tempo que traça suas metas e corre atrás delas com uma garra que a faz muito maior do que a aparência. Sempre uma menininha, com a força de uma leoa.
É bonito acompanhar a sua trajetória. Sempre quis fazer as coisas por si mesma, conquistar os seus espaços pelo seu mérito, porque assim é que tinha graça e valor.
E nem por isso deixa de ser uma pessoa super divertida, engraçada quando tem que ser, artista em imitar caras, falas, jeitos e danças. Quando nos juntamos todos, são momentos sempre muito divertidos. E ela tem uma enorme participação nisso.
Como por todos os meus rebentos, tenho uma admiração muito grande pela pessoa que ela sempre foi. Pela postura, pela garra, pela boa índole e pela solidariedade que demonstra em todas as suas atitudes para com os outros. É uma amiga de verdade, fiel e atenta.
Uma pessoa linda, a nossa filhota.
E como diz a mana Carol, hoje a nossa Mimo faz vinte e seis aninhos...E que estão ficando velhinhas...

Eu não acho, prá mim vão ser sempre as minhas menininhas pequenas e lindas, que eu vestia e penteava como quem brinca de bonecas. Sei que cresceram e que se transformaram em grandes pessoas. E que logo terão também as suas bonecas de verdade. Mas haverá sempre o espaço criança dentro de nós e não é bom que a gente se separe definitivamente dele. Faz-nos bem, deixa-nos leves e donos de uma pureza que é sempre bem-vinda.

Enfim, resolveu escolher Santiago. Como a Carol. E a gente apoia. Cada um tem que estar onde se sente feliz. No caso delas é na cidade em que nasceram e que as viu crescer. Apoiamos em tudo, porque o que nos interessa é que sejam inteiros e realizados. E o mais bonito é ver o sorriso que trazem no rosto e na alma.

E encontrou o Dionathan, que parece ser a sua alma gêmea.

Filha do meu coração, que sejas sempre muito feliz. Que vocês sejam felizes.
Que o dia de hoje seja apenas um dia prá refletir e reafirmar o teu caminho, que até aqui tem sido brilhante. Porque aniversários fazemos todos os dias, e cada dia é super especial.
Com tu dizes, o mais importante sempre vai ser que a gente consiga manter a nossa essência, com tudo o que ela tem de melhor. Sim, eu sempre disse isso, também. Se conseguirmos isso, é porque estamos no caminho que nos deve levar a uma vida plena e cheia de verdade.
Menos do que isso, nem devemos aceitar.
Feliz aniversário, Raquelita!
Que Deus ilumine sempre o teu caminho e te cuide.
Eu daqui só queria era poder agora te dar um gostoso e apertado abraço, cheio de carinho e do grande amor que tenho por vocês, meus filhos queridos.
E mesmo daqui, do outro lado deste oceano que parece tão grande, num país que tem tudo prá ser tão distante, estou sempre pertinho, ao lado, de mãos dadas, porque nada neste mundo é capaz de ser distância entre nós.
Um beijo super carinhoso da mammy. Te amo muito!
Vai com tudo, filha! Força e vontade, que a vida responde de forma positiva a quem se lança de alma aberta e ideais verdadeiros.
Que sejas sempre muito feliz.
Mereces tudo o que houver de mais lindo neste mundo.
Obrigada por seres a filha e a pessoa que és.