terça-feira, maio 29, 2012

Sempre a começar...

E começo de novo por aqui.
Um novo começo que sabe a recomeço.
Tenho andado energética, se for mesmo este o termo aplicável. Sem mais, nem menos. Sinto que preciso mexer-me o tempo todo, como se tivesse gastar uma energia sempre excedente.
Domingo andamos cerca de três horas, em passo acelerado. Ontem não fui. Andei pela Baixa atrás de uma nova câmera fotográfica. Encontrei. Comprei e já ando a usá-la. Esta agora faz imagens de vídeo em Full HD. Sei lá se isso me agrada, mas tento seguir a corrente, ainda que isto não seja algo determinante para mim.
Hoje saí por volta das oito da manhã e fiz uma longa caminhada, intercalada com corrida leve - e bem leve mesmo - desde casa até o final do Parque das Nações.
A gente vê cada coisa no caminho...
Um gajo, não me perguntem por que, nem por que não, abriu a porta da casa, em pijamas, e pôs-se a urinar na grama logo à saída da porta. Nem me viu, absorto que estava em sua atividade matinal. Com certeza dá-lhe um gozo especial urinar logo à saída da porta da casa. Como os cães, a demarcar terreno, suponho. Ou o único banheiro da casa estava ocupado.
Começo de manhã inusitado..

Ufa!

Contente por conseguir retornar à antiga forma de postagens aqui no blog (alguém tinha dado a dica, mas eu nunca encontrava a tal engrenagem ao lado da opção de troca de idioma. Hoje, como por encanto, apareceu. Gracias!)
Ortodoxa, eu?
Digam o que quiserem, sinto-me mais à vontade.
Será que tô ficando idosa e cheia de manias?
Uau!

domingo, maio 20, 2012

A N D A N Ç A S

Desde o dia seis de maio, dia da minha última postagem aqui, ando na função de ganhar mundo. Na verdade, um pouco mais adiante, até o dia 12 estive envolvida com as obras da casa em Floripa. E no domingo, treze, iniciei a andança, junto com o Gabriel, de Floripa para São Paulo. Fizemos uma excelente viagem de carro e, grata surpresa, as estradas estão muito boas para estes lados. E por ser domingo, foi mais tranquilo ainda. A loucura do trânsito na entrada de São Paulo não é totalmente uma realidade aos domingos. Foram dois dias e meio em São Paulo, na companhia do filho Gabriel e da Rê, onde ainda conseguimos sair para jantar, dar umas voltas e terminar de fazer a mudança dos dois para um novo endereço, agora bem mais amplo do que o flat onde moravam. Gostei da cidade, já havia estado em São Paulo duas outras vezes, mas nunca tinha olhado por este ângulo. Sempre ficava envolvida com as coisas que havia ido fazer: curso do banco e outro curso sobre vidros temperados, quando começamos a vendê-los na Gorski & Andres, há uns bons anos atrás, quando fomos eu, o Chico e o Moura. Desta vez pude ver São Paulo com mais calma. Andei pela Paulista, fui almoçar e jantar com os amigos queridos Gilnei e Simone. Fui ao cinema na Livraria Cultura e assisti a um filme lindo. Iria ao MASP, se tivesse mais tempo. Mas vai ter que ficar prá volta. Gostei mesmo de São Paulo, desta vez mais do que das outras. Só detesto aquele trânsito infernal, com isso não há como não se incomodar. As pessoas levam horas dentro dos tranportes, seja do tipo que for. Um tempo roubado à família, aos amigos, à vida em geral. .................. Saí de São Paulo no dia dezesseis pela manhã, em vôo da TAM para Brasília. Cheguei por volta de 12:30h. Em Brasília apanhei um táxi, eu e as malas todas, e tentei descobrir com o taxista onde ficava a loja de uma transportadora, onde deveria resgatar o carro da Daiane e levá-lo até Barreiras, na Bahia, onde agora vivem o filho Rodrigo e a família. Confesso que não foi nada fácil encontrar o tal endereço, por sorte o senhor do táxi foi muito atencioso e prestativo. Depois de quase uma hora, acabamos por encontrar. Bagagem no carro, papéis assinados, entrei no carro e comecei a sair da cidade, rumo a Barreiras. Na saída havia um posto de gasolina junto a um shopping, onde consegui abastecer o carro e comprar algo para ir mordendo durante a viagem. Não queria perder muito tempo, uma vez que aqui para estes lados o sol se põe bem mais cedo e é ruim estar à noite em uma estrada desconhecida. Consegui começar a viagem por volta das duas e meia da tarde, mais coisa, menos coisa. Na hora de abastecer ainda deu um probleminha no trem do compartimento de entrada do tanque de combustível, tive que pedir socorro a um senhor de uma oficina de troca de óleo, pois a menina do posto se recusava a abastecer, com medo de quebrar o tal trem. Um detalhe que acabou por atrasar a minha saída, mas acabou dando tudo certo. .................. A estrada é boa, uma reta sem fim, em terreno extremamente plano. Lembrei das estradas dentro da Argentina, que levam a Mendoza. No caminho, apenas postos de abastecimento, com restaurantes e lanchonetes. As maiores cidades por que passei a caminho daqui foram Formosa, e até ali a estrada é duplicada, e Luis Eduardo Magalhães, já a cerca de noventa quilômetros de Barreiras. Não parei nenhuma vez. Tinha um certo receio, a estrada é movimentada, o trânsito de caminhões de carga faz com que a gente tenha que estar com um cuidado redobrado. Além do mais, não conhecia nada por aqui, era tudo novo, nem podia saber o que me esperava nos 635km a percorrer. Tentei seguir em frente sem paradas, até pelo medo de estar sozinha em uma estrada desconhecida. E queria chegar a Barreiras antes de anoitecer, não gosto nada de dirigir à noite. Prendi o cabelo e coloquei o rabo de cavalo para dentro da gola da camisa, um chapéu panamá na cabeça e, como dizem os portugueses, "ala que é Cardoso", o que significa algo assim como "Seja o que Deus quiser, vamos em frente" ou nada disso. ................... O meu telefone celular é de Santa Catarina, o roaming consome muito mais carga do que o normal. Foram duas ou três ligações para acertar a situação do carro, com a Daiane, e acabei por ficar desligada do mundo o tempo todo da viagem. Tinha esperança de encontrar um telefone no caminho ou algum lugar para carregar, mas não havia nada de jeito e eu não queria parar para ligar o netbook, por receio de atrasar a viagem e pegar a noite. Uma escolha que me custou vários "xixis" dos filhos, com toda a razão. Estou a ouvir até hoje, por conta das minhas horas de incomunicabilidade. Atravessei o estado de Goiás ainda era dia. Fotografei o céu, foi o que deu. Quando entrei na Bahia, me senti mais aliviada, embora a estrada continuasse uma reta sem fim e começasse a me assaltar um certo medo de sentir sono. Coloquei três chicletes na boca e masquei até sentir dor nas mandíbulas. Quando ficava sem gosto, trocava por outros. E os caminhões, cada vez maiores, passando. Menos mal que os motoristas me facilitaram bastante a vida, dando passagem, fazendo sinal, numa demonstração de educação e respeito. Foi o que me valeu durante toda a viagem. Vi um por-do-sol espetacular já a mais de meio do caminho, em estrada baiana. ................... À entrada de Barreiras, já era noite há mais de hora e meia, estacionado ao lado do posto da Polícia Rodoviária, estava o carro do Rodrigo que, ao me ver, fez sinal de luz. Eram 20:45hs e ele já tinha ido questionar os policiais sobre a possibilidade de algum acidente entre Brasília e Barreiras. Menos mal que disseram não haver nada, ele pode ficar mais tranquilo. Nem desci do carro, ele estava ligando para o Gabriel, Carolina e Raquel. Com certeza, não era para tanto, mas entendo o lado deles e tive que me desculpar muito pela peripécie. Não tive culpa, mas poderia ter entrado em contato, de alguma forma. Enfim...passou, correu tudo bem e tenho mais esta experiência na bagagem. Dá um certo medo, é verdade. Mas o desafio é sempre maior do que o medo. E eu tenho esta coisa de andar a testar-me continuamente, não consigo evitar.

domingo, maio 06, 2012

Um dia de domingo

Aos poucos as cores do dia vão tomando conta da cena matinal. Sol lindo lá fora. Vamos viver a pleno! Música, maestro!

As caras e as cores da lua desta noite...

sábado, maio 05, 2012

A lua de ontem, vista da janela. Espiando e me vendo por dentro.

Porque hoje é sábado.

Do outro lado da janela, canta o pássaro da manhã. Abro os olhos devagarinho, como quem evita quebrar o encanto. Vejo sua sombra através da cortina, entre o sol que nasce e a janela, pousado no muro, agitando as asas. Depois vai embora. Meu primo Marcelo,que vive em Rivera e que também escreve, comentou noutro dia que é preciso algum ócio para que a gente consiga escrever. Ele escreve muito bem. Fiquei pensando nisso e vejo que tem razão. Se agora levantar e começar a rotina do dia, já não vai haver palavra alguma escrita aqui. Ontem foi a lua, espetacular, brilhando no céu da noite. Enorme e magnética. Desde criança tenho esta fixação. A lua. Leio que de hoje para amanhã ela vai estar ainda mais perto da terra e que vamos poder vê-la melhor. Já tenho a câmera a postos. Ontem consegui algumas fotos interessantes, uma postei no face. Depois adormeci, encantada com ela, através da janela do quarto. Fascínio especial. Daqui a uns dias estarei chegando em Lisboa, a minha outra casa no mundo. Mais uma vez, vou arrumar a mala. De lá, no comecinho de junho, para Barcelona e depois,descendo pela costa espanhola abaixo, até o sul. Estou animada, cheia de idéias. Viagens são um outro fascínio. Por aqui, obras da casa andando, as coisas se organizam. A parte que não tem a ver com ócio me manteve extremamente ocupada no dia de ontem e em todos os outros dias antes de ontem. Mas hoje é sábado e há um sol espetacular bem ali fora. Impossivel ficar aqui, neste estado contemplativo. Vou contemplar o mundo em volta. E é já. O dia promete!