sexta-feira, novembro 16, 2007

Frio chegando...

Acordo cedo e, como de costume, levanto cedo também.
Synthroid 50 mg e um copo d'água, enquanto preparo o café. Sim, nem tudo é perfeito, devo ter que tomar isso pelo resto da vida. Problemas com a tireóide, fazer o que? Controle, só. Depois que comecei a tomar, conversa vai, conversa vem, descobri que há muito mais mulheres com o mesmo problema do que eu imaginava. Aliás, nunca tinha nem pensando em problemas do gênero.
Enfim...só prá ilustrar.

Dou uma olhada lá em baixo. O bairro começa a movimentar-se desde muito cedo. Hoje temos um pouco mais de frio e, segundo as previsões, deve começar a aumentar nos próximos dias. O frio.
O dia parece nublado, acabou-se o efeito São Martinho, penso cá com os meus botões...

Alguns passeiam os seus cães, homens da administração limpam as ruas e começam a colocar os enfeites de Natal, mulheres passam enroladas em suas mantas, o vento parece mais forte hoje. E o vento, aqui, a partir do outono, é de um frio diferente, que se entranha. Não dá prá facilitar.

Apesar disso, as árvores aqui na Badela ainda têm as folhas verdes, só de teimosia. Na maior parte da cidade, já amarelaram e cairam. Não há uma explicação, mas a natureza também há de ter lá os seus dias de rebeldia.

A vida a acontecer lá embaixo e eu aqui, a olhá-la, pela vidraça da marquise, nariz colado ao vidro, como fazia em criança. Se me visse aos olhos, havia de ser um par de olhos arregalados e curiosos, inquietos, a olhar ora para um lado, ora para outro, tentando descobrir detalhes do grande puzzle que parece ser esse pequeno grande mundo da minha rua.

Podia desenhar...mas não sou boa nisso. Por isso gosto da fotografia. Vejo tanta coisa, que por vezes me dá medo de perder tanta minúcia. Com ela, o registro fica sempre, em algum lugar dentro do PC ou mesmo em cds, dvds ou outros bichos mais.

Ando a ler a Isabel Allende, desde ontem. O livro é bom, autobiográfico, ao estilo dela. Tem emoção e eu gosto disso.

Fui à ArCo, ontem. Levei um tempão prá encontrar o endereço. Pudera...do mesmo lado da rua há números pares e ímpares. De um lado, os números crescem, de outro, diminuem, ambos na mesma direção, uma doideira...Mesmo embrulhada, acabei encontrando, com a ajuda de um moço que estava trabalhando em uma obra.
Decepção. Cursos pontuais só para conhecedores da arte da fotografia. Workshops, nem pensar. Restou-me o curso regular, dividido em 4 semestres, com aulas duas vezes por semana, duas horas e meia por dia e mais a prática, de duas horas. Ao todo, sete horas semanais, nos meses de março a junho. Como as aulas desse semestre já estão em andamento, só posso me inscrever em janeiro de 2008. É um curso bastante caro. Mas deve ser bom, pelo que me pareceu. Não sei, até janeiro, decido. Por enquanto, vou procurando outros aqui e ali.

A minha amiga Mariângela não foi, a gripe deve tê-la pegado de jeito mesmo. E a Karina não deu sinal de vida. Nem ela, nem o seu navio. Deve me ligar, qualquer hora dessas.

Domingo chegam o Ivan Giacomelli, meu amigo e colega da Caixa e os seus irmãos, com suas respctivas esposas. Devem ficar dois dias em Lisboa e quero ver se me encontro com eles. Saudade dessa turma.

No domingo também faço anos, como é o costume dizer por aqui, então teremos um almoço em família. O Arsénio é quem cozinha, diz que o prato é Arroz de Tamboril. Eu devo fazer os tomates recheados ao forno e muita salada. Prá beber, vinho, claro. Ele queria que fôssemos almoçar em grande estilo, os dois. Mas eu não sou muito dada a essas pompas, prefiro juntar o pessoal, tomar um bom vinho e dar umas belas risadas. Prá mim, podia ser até um piquenique no parque, sentados na relva, à beira do Tejo, entre amigos. Ficava bem faceira, porque gosto disso. E os relvados aqui, aos domingos, estão cheios de gente a fazer o que dá na telha. Fica como uma grande família, já que não vão estar os filhos, a mãe, os irmãos e os pirralhinhos. Ano que vem devo passar com eles, no Brasil.

Pausa para o café.
Até mais...
Ahhh...lindo dia prá todos!

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