sexta-feira, fevereiro 15, 2008

O Doutor Renato, a Zoraide e a gurizada.

Além de médico, é um bom amigo.
Enquanto falava, há pouco, ia lembrando de algumas passagens que só vêm confirmar o que digo a seu respeito.
Todos naquela família são muito especiais. Ele, o meio português cozinheiro inveterado, curioso das lides dos gostos e das panelas, apaixonado pelo Cruzeiro de Santiago. Muitas vezes nos sentamos lá na casa deles no Cassino, com a Zoraide e, vez ou outra, algum dos filhos, o Rodrigo, o Eduardo ou a Renata, prá conversar sobre a vida, sobre comidas diferentes (ele adora peixe e eu também). Falávamos de músicas, de livros, de viagens, dos filhos, claro. Cada um com as suas características. E dávamos sempre boas risadas, porque eles são mesmo muito divertidos e com um astral fora de série.
Eles são gente da melhor que há.
A Zoraide toca piano porque gosta. E eu sempre querendo escutar, porque adoro música e sobretudo música ao piano. Ouvíamos discos.
Lembro dela sempre deitada na rede a ler, lá no Cassino. Quando chegávamos, trazia todas as cadeiras da casa para que a gente se acomodasse e sentava ali, daquela forma simpática e educada, com aquele sorriso aberto e receptivo.
E era curioso, eu lá os visitava muito mais do que em Santiago.
O Dr. Renato, segundo a minha boa e querida mãe Hélène (como eu a chamo carinhosamente), foi quem lhe botou saudável de novo, depois de andar por um bom tempo a perambular em consultórios, aqui e ali, cuidando dela de forma super especial. A mãe não esquece disso, volta e meia fala no assunto e é eternamente agradecida a ele.
Depois com a Dona Ilda, quando esteve doente, eles sempre ali, presentes, dando uma palavra de alento e fazendo muito bem o seu trabalho.
As duas confiam demais no que eles dizem e fazem, como eu.
Uma vez eu estava no México e, sei lá se por causa da comida ou qualquer coisa do gênero, contraí uma virose violenta, que me deixou uma semana prostrada, com febre e dores pelo corpo todo, além das dores de cabeça infernais, sem poder sequer sair do hotel. Lá as farmácias têm médicos. E me indicaram um remédio prá tomar. Adivinha se eu tomei antes de consultar o Dr. Renato e a minha amiga Raquel Fernandes, de Santa Maria? Não. Só tomei as tais injeções depois de saber o que eram e prá que serviam e que podia tomar sem problemas.
Isso também aconteceu quando me acidentei em Floripa. E muitas outras vezes sem conta. E não tinha hora.
A Zoraide foi minha anestesista em uma cirurgia, há tempos, em Santiago. Nunca vou esquecer da forma como ficou comigo o tempo todo, segurando a minha mão.
Os filhos, toda vez que nos encontramos, é uma alegria. Herdaram a simpatia e a simplicidade dos pais. O Rodrigo virou um excelente e reconhecido Chef, a Renata uma profissional competente na área de design e o Eduardo um advogado conceituado. Mas acima de tudo, continuam sendo pessoas muito queridas para nós.
Felizmente, como eu digo, eles são gente da melhor que há.
E nós somos privilegiados de poder contar com a amizade e o carinho deles.
Queria fazer esse registro, porque nem sempre temos oportunidade de falar o que sentimos e do quanto gostamos das pessoas.
Obrigado, amigos. Estão e sempre vão estar em nossos corações.

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