sábado, fevereiro 23, 2008

1º Dia de Passeio com muita chuva...

Saímos de Lisboa eram sete e meia da manhã, em direção a Vendas Novas. E nem me perguntem por que Vendas Novas, que eu já contei aqui mesmo, noutro dia.
As bifanas, lembram?
Pois então...passamos ali perto das oito e meia e tomamos o pequeno-almoço. Bifana, galão descafeinado, sumol...
Sempre a chover.

Descendo o Alentejo pela estrada regional (R2), chuva mandando ver e blues no som do carro. A Espanha à nossa esquerda, na outra margem do Rio Guadiana.
A chuva deu uma trégua quando passamos por Torrão, sol à vista. Mas foi por pouco tempo, em Serpa voltou a chover. E chuva da grossa.

A R2 não é lá essas coisas, em alguns trechos. Lembra de leve algumas estradinhas manhosas lá do sul do meu Brasil. Mas posso garantir que isso foge à regra, as estradas em Portugal são geralmente muito boas.
Há umas árvores ao longo da estrada, pergunto ao Arsénio o que são e ele me esclarece. São os sobreiros, árvores de onde se extrai a cortiça, produto em que Portugal se destaca por ser o maior produtor e exportador do mundo.

Em Mértola entramos na N 122, em direção a Castro Marim, costeando o Guadiana, passando por Guerreiros do Rio, Alcaria, Almada de Ouro e Azinha.
Almoçamos em Guerreiros do Rio uma comidinha bem caseira e muito gostosa, a um preço razoável para os padrões daqui. Carne de porco preto assada, batatas fritas, salada de alface e arroz de coentros. A sobremesa foi uma tarte de amêndoas deliciosa. Café e toca a andar.

Mais uma meia hora e estávamos quase em Castro Marim.
Ainda atravessamos a ponte, antes, para dar uma olhadela em Ayamonte, que já fica do lado da Espanha e voltamos para Castro Marim, para depois rumarmos a Vila Real de Santo António. Mais uns quilometrozinhos e finalmente chegamos em Monte Gordo, nosso destino, debaixo de muita chuva.

O Hotel é o Calema Apart Hotel. Um bom lugar, com bastante conforto, piscina aquecida, sala de jogos, um bom restaurante e uma academia de ginástica. A limpeza é marca registrada.
Nada mau...
Entramos, descarregamos as coisas e fomos dar uma volta pela vila.

Monte Gordo é uma vila balneária, com cerca de 4000 habitantes em tempos normais e que passa a 40.000 na temporada de verão, segundo o senhor Fernando, pai da nossa amiga Isa, que é dono de um Pub muito à maneira aqui na vila. Os hotéis à volta e as ruas estão cheios de turistas ingleses, holandeses, irlandeses, entre outros mais. A maioria são representantes da Feliz Idade e eu fico encantada em vê-los a andar pela rua, em bandos, a curtir o que a vida tem de melhor, depois de provavelmente terem trabalhado muito para chegar até aqui.

Depois de dar umas voltas, fomos até o Pub e ficamos de conversa com o seu Fernando e mais um casal de galeses (País de Gales) muito simpáticos, que estavam a olhar o jogo de rugby entre o País de Gales e um outro time que nem consegui saber qual. Mas a senhora, totalmente fã dos time galês, trazia, além da camiseta, uma bandeira e torcia feito uma desatinada.
O marido, um sujeito interessante como ela. Uns sessenta e tal anos, cabelos brancos, uma barba e cavanhaques muito diferenciados e usando um brinco em uma das orelhas. Ele bebe imperial num caneco. Ela toma uma cerveja que eu não conheço, mas que deve ser do norte da Europa.

Ambos aposentados em seu país, contaram que passam praticamente o tempo todo a viajar. Não me admira nadinha, com a aposentadoria que ganham, devem dar risadas de estar gastando aqui em Portugal, onde as coisas custam quase um terço do valor de lá.
É piada.
Fico imaginando se fossem viver no Brasil.
Haviam de rasgar a boca, tal o sorriso...hehehehe...
Eles falam um inglês que me soa meio escocês, não sendo nada parecido com o inglês londrino. Ela elogia o meu cabelo, enquanto comenta isso com o pai da Isa. Depois nos conta que em setembro vai ao Brasil, mas não sabe me dizer onde exatamente. Ela é uma figura! Pelo jeito ainda havemos de nos encontrar por ali, eles parecem ser assíduos freqüentadores do pub. E a gente, pelos vistos, vai passar a ser. A imperial dali é mesmo muito boa.

Na saída, o senhor Fernando e a dona Maria José (a mãe da Isa, que chegou depois e com quem logo simpatizei) não nos deixaram pagar as imperiais e as "popcorn" consumidas, nos fazendo prometer que amanhã vamos de novo e que daí sim, será uma rodada por nossa conta.

Isso combinado, fomos até o supermercado para comprar algumas coisas para lanches e cafés da manhã. Aqui dá prá gente cozinhar e tudo, assim a viagem fica mais em conta.
Já no hotel, a idéia é tomar um banho, comer alguma coisa prá depois ir dormir. Mas estou agora a digitar as primeiras impressões. O aparelhinho da banda larga do Sapo tá funcionando lindamente, graças!

Bem, gente, tô um pouco cansada. Vou tomar um banho quentinho, comer alguma coisa e rumar ao berço, que amanhã tem mais.
Amanhã vou colocar aqui umas fotos, prometo.
Por enquanto, uma bela noite e bons sonhos.
Até mais...




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