segunda-feira, fevereiro 18, 2008

E a Badela amanheceu debaixo d'água...

Choveu a noite toda, em baldes.
Amanhecemos na escuridão, porque também a luz se foi no meio da madrugada. Raios, trovoadas e muita chuva mesmo. A coisa foi movimentada.
Ia sair cedo prá ir à Abraço, acabei não conseguindo sair nem de casa. Havia bichas de carros na rua e chegar na paragem da camioneta, nem pensar. Alagada. Água até os joelhos.
Pelas 9 horas a dona Graciete ligou dizendo que estavam debaixo d' água lá no Bairro da Petrogal. Que a água corria como se fosse uma cachoeira e a Praça de Goa era um rio de águas revoltas.
Esperei acalmar a chuva e fui até lá.
O estrago foi realmente grande. Já no caminho, carros abandonados em meio ao rio que a rua era, com água pelo meio, na altura do carro. Mais adiante, na entrada do bairro, uma carrinha parada, de portas abertas e tudo, sem poder andar nem prá frente, nem prá trás. O condutor andava em meio ao lamaçal, sem saber o que fazer direito, talvez esperando socorro.
No bairro, não dava prá entrar. Consegui ir pela beirada do prédio, embora houvesse muita lama. Era impossível chegar até a rampa sem se atolar até os joelhos. Tudo cheio.
Cheguei bem no momento em que o pessoal começava a se movimentar para olhar o estrago e tentar minimizar a coisa toda.
Nas garagens a água subiu em torno de 70cm, alagando tudo e enchendo os carros. Aquilo virou um mutirão.
As pessoas limpavam as garagens (dentro era o caos). Lama, grama, sujeira de todo o tipo, trazida pela avalanche de água.
Falaram que isso tinha acontecido há 40 anos atrás, mas não foi mais do que uns 20cm. Essa de agora foi muito além.
Acabamos por decidir fazer uma grande e comprida vala, rente aos prédios, para que a água, se a chuva cair de novo com essa vontade toda, enverede por ali e não inunde tudo, porque vai ser todo o trabalho a se repetir. Os carros foram tirados para fora das garagens e tentamos esgota r a água que havia lá dentro. Mas terão que ser lavados e secos em algum posto, aspirados para sair o restante da lama.
O Bairro é o local mais baixo da região, para onde a água escorre naturalmente. E a maioria das pessoas que ali vive são de idade avançada. Os filhos, na sua maioria, casaram e foram morar em outros lugares. Os pais ficaram.
Um quadro e tanto.
Espero que não chova esta noite e que abra sol durante a semana, para que possam tentar secar toda a molhaceira.
Dia movimentado mesmo.
Volto depois.

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