domingo, fevereiro 03, 2008

O Domingo propriamente dito...

Pois foi uma decepção a tal da função de ver o Carnaval Saloio de Loures.
Desde ontem chove. Mas quando chegamos do Alentejo, à tarde, aqui estava um dia razoável. Até sol havia. À noite o nosso amigo Énio ligou para dizer que não iam conosco ao carnaval, tinha o torneio da gurizada, onde o Zamorano (afilhado do Arsénio e filho do Énio) jogava. Perdemos a parceria. Ainda restava o primo Sérgio, mas a chuva acabou por dissuadí-lo por completo. Preferiu ficar em casa se preparando prá assistir ao jogo do Sporting com o Belenenses.
E o dia amanheceu mesmo molhado. Com o que eles chamam aqui de trovoadas, que não são as mesmas trovoadas nossas, mas umas pancadas de chuva que vêm e vão.
Perto do meio-dia já havia parado, chegou a se ensaiar um sol, por isso é que resolvemos ir até Loures prá ver o tal corso.
Estranhamos chegar lá e não haver problema para estacionar o carro. Havia muito lugar. Ainda faltava meia hora para o desfile, mas tudo o que se via na rua era um aglomerado de gente, uma rapaziada vestida com camisolas (prá nós, camisetas) vermelhas, copos de imperial na mão e uns apitos marados. Batucada de leve que lembrava o carnaval. Esperavam ali, em um ponto central. E estavam cheios de boa vontade prá coisa acontecer.
Paramos para tomar um café, onde ficamos sabendo que o desfile havia sido cancelado e que agora só na terça-feira.
Decepção.
Enfim, como já estávamos por ali, resolvemos dar uma caminhada rua acima, indo até os bombeiros onde, segundo a moça do café, era o ponto de concentração dos blocos, se houvesse desfile. Havia muita gente lá, também à espera de algo diferente. Mas, como nada acontecesse, resolvemos dar mais uma volta e retornar à casa.
Grande corso!
Tudo bem que aqui é inverno e que, nesse caso, a chuva é fria e molha mesmo. Mas o povo bem podia ser mais animado. Fiquei com pena das criancinhas fantasiadas, esperando pelo desfile, ao longo da rua principal.
Ah, detalhe mais do que relevante... nos auto-falantes, a música que tocava era:
Hei, você aí, me dá um dinheiro aí...
Mas ainda ouvi:
Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe, eu quero mamar...
Você pensa que cachaça é água...
Você pensa que minhoca é cobra, minhoca não é cobra não...

E por aí vai...
Ainda bem que não era Bilú Tetéia, que essa era a que tocava nos bailes, quando o Arsénio ainda se aventurava pelos salões...
Valei-me!
Mas vai daí que descobri que os portugas não têm músicas de carnaval, tudo o que toca aqui é brasileiro.

Olha, sabem o que eu vou fazer? Vou ver se consigo sintonizar algum canal que passe o Carnaval do Brasil, isso é o que me resta.
Boas festas, gente!
Aproveitem!

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