quinta-feira, janeiro 01, 2009

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Acordo cedo na esperança de olhar prá fora e ver que a chuva parou, que o sol nasceu e o dia tá lindo prá gente ir "des"mofar na rua.
Não houve muitos fogos, é verdade. Sinal dos tempos ou falta de lembrança dos fogueteiros de plantão?
Toda a gente foi dormir tarde, ou deveria ter ido, ou isso agora é só uma conclusão forjada pela força do hábito.
A cidade está quieta.
Olho pela janela da varanda e vejo tudo mais ou menos igual. Um nevoeiro intenso, quase não se vê nada lá fora. Estava assim quando fomos dormir. O mundo continua com ar de cachorro molhado, mas a gente tem sem pre uma esperancinha remota de que aconteça a luz, que a roupa no varal finalmente seque e a nossa alma amanheça mais lavada (e seca!), com cheirinho de amaciante de roupa de bebê.
Este 2009 chega sem muito protagonismo.
Quieto, sombrio ou grave?
Não se pode saber, se calhar a névoa anda a esconder a sua essência.
Ano Novo no inverno é mesmo esquisito. Natal ainda vá, a gente cresceu vendo muita neve nos natais americanos e europeus, nos filmezinhos, nas revistas, nos desenhos. Mas o primeiro dia do ano tem que ser azul, ensolarado, com cara de sorriso feliz.

As praias do Brasil ensolaradas, lá, lá, lá, lá...eu este ano, quero paz no meu coração...como todo dia nasce novo em cada amanhecer...

Não lembrava de nada assim tão descaracterizado.
Mesmo assim, gosto de pensar que é outro ano e que é mesmo novinho em folha.
Vou voltar ali na varanda e ver se vislumbro qualquer coisa mais otimista, vá lá.

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