terça-feira, janeiro 06, 2009

Cotidiano

Não fui muito cedo para o trabalho, antes precisei resolver algumas coisas de ordem pessoal e intransferível, porém corriqueiras.
E já está.
De qualquer modo, o dia na Abraço foi cheio e produtivo, não paramos um minuto.
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Não sei se por influência do livro do Saramago, ou não, começo a me dar conta de que há mais cegos do que eu antes percebia, andando pelas ruas, nos ônibus, no metro e em todo o lugar onde se vai. Com certeza eles não começaram a andar ou sair mais de uns dias prá cá, eu é que antes não os percebia tanto. Ou ando meio impressionada.
Na certa ando.
Estou lá pela metade do livro e desconfio de que já me assalta uma onda meio deprê.
O livro é pesado, é crú, mas ao mesmo tempo é cheio de detalhes e de significado. É interessante, mas é crú.
Não sei, mexe comigo e não é pouco. E não consigo parar de ler.
Depois fico em transe.
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Íamos ao cinema à tardinha, na saída do trabalho, mas o filme a que queríamos assistir só começava às nove da noite, acabamos por comer uma fatia de pizza (credo, mas e as metas para 2009?), andando um pouco por ali, no Vasco da Gama, e depois viemos prá casa.
Antes passei na Bertrand prá encomendar o livro que queria, do Peter Drucker, e acabei por comprar Saga Lusitana, o relato de uma viagem, da Adriana Calcanhoto.
Fiquei curiosa.
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Pelo jeito, hoje é vestir uma roupa quente, umas pantufas com meias grossas de lã e ler até que o sono venha. Já comi a sopinha da ordem, agora é me trajar pro evento e toca a comer letras, de sobremesa.
Gosto pouco...
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Tenho deixado recados prá gurizada, volta e meia encontro um deles por aqui, mas no geral andam envolvidos com as suas vidas e afazeres, sem muito tempo prá teclar. Mesmo assim cuido de saber se anda tudo bem, porque mãe não sossega, tem que estar sempre a par, prá desatino do Gikovate.
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Ontem tive que dar risada de um velhinho que me abordou quando estava parada esperando o meu ônibus. Bem em frente à paragem (que aqui é assim que se diz) há um prédio cuja porta é muito grande e quase toda de vidro. Dá jeito mesmo prá gente conferir a silhueta, o cabelo e o que seja. E como mulher não pode ver espelho...já se sabe.
Eu não vi, mas ele me viu, porque quando vinha saindo do prédio deu com a cena.
Quando dei por ele, já falava comigo, com um papel na mão, gesticulando e rindo. À primeira olhada, achei que me vendia algo, ou pelo menos tentava.
Mas não.
- Olha, deve-me dois contos. Resolvemos começar a cobrar pelo uso do espelho.
E ria-se, cheio de graça, àquela hora da manhã e com todo aquele frio.
Achei a maior piada.
-Desculpe lá, estou a brincar, estou a brincar.
-Pois. Não faz mal, é verdade, grande espelho!
E foi-se embora rindo, embrulhado no cachecol, fazendo diferença no meu começo de dia.
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E, no más...tchururum, né Tramelita?
No intervalo cozinha-se uma canjica, que é prá lembrar do Brasil.
Hmmmmmmmmmmmmmm...
Hasta la vista.
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Em tempo, a canjica ficou um espetáculo!
Até louco come!

Boa noite.

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