Eram exatamente quatro e cinqüenta e sete da manhã quando acordei sem qualquer motivo.
A sensação esquisita de uma angústia que não era minha, como se alguém estivesse a sofrer naquela hora da madrugada e não tivesse a quem recorrer. Como alguém que, inconscientemente, pedisse ajuda.
Levantei, respirei fundo. Fui até a sacada olhar lá prá baixo e não havia nenhum movimento na rua. Nem vozes, nem carros, nem um murmúrio sequer. Nem um miado de gato ou um latido de cão.
Voltei prá cama e liguei a TV.
Depois fiquei naquela de cochila e acorda por um bom tempo.
Sensação desagradável...
Acordei mais tarde e o Arsénio já tava de saída.
Levantei da cama eram quase nove da manhã.
Inédito.
Tomara que tenha sido só uma impressão e mais nada.
De qualquer maneira, quando isso acontece lembro de rezar por quem quer que seja.
Sempre é um bom alento.
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