domingo, setembro 28, 2008

Seguindo a viagem...

Saímos do Parque de Campismo perto das onze da manhã e fomos visitar outros monumentos e lugares de Mérida.







No centro vimos, entre outras coisas, o Templo de Diana, outros prédios históricos e a Ponte Romana, sobre o rio Guadiana, o mesmo que passa na cidade de Ayamonte, também na Espanha, e depois em Vila Real de Santo António, já em Portugal, onde tem a sua foz.
Depois de vermos tudo, deixamos Mérida em direção a Cáceres
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Uma curiosidade: aqui na Espanha as estradas são realmente boas e na maior parte delas não é cobrado pedágio. Detalhe importante, sobretudo para quem anda em autocaravanas, uma vez que o valor cobrado, quando se cobra, é bastante salgado.

A viagem até Cáceres foi tranqüila.
Chegamos à uma da tarde no Albergue Municipal de Cáceres, um belo lugar para pernoitar e também para deixar a autocaravana, além de estar a cinco minutos do centro histórico da cidade, o que nos permitiu ir a pé até lá. O bom é que tem estação para abastecer os depósitos de água, despejar cassetes e águas residuais e deixar tudo limpinho. Uma mão na roda. E o melhor: totalmente grátis.

Pertence ao município e está bastante conservado.


Porreiro!, pá!
Logo na chegada encontramos um senhor daqui de Cáceres que estava abastecendo a autocaravana e que nos deu várias dicas do caminho e de lugares interessantes para visitar. Em função disso, é possível que a gente altere o roteiro previsto. Talvez espichemos a viagem até Plaséncia.

O almoço foi mais tarde, lombinho de porco com maçãs ao forno. Uma delícia. O forno aqui da autocaravana é um espetáculo, acho que é melhor do que o de casa. E aquele já é bom. Tinha também salada de alface e rúcula, com tomate. E tomamos um vinho branco fresco.
Sobremesa: pudim de leite condensado, que trouxe pronto de Lisboa, e pêras bêbadas.
Racionado, sim. Se eu deixo, o Arsénio come o pudim inteiro, de colherinha. Ele adora.

O tempo esteve esquisito, mas ainda conseguimos ir até o centro histórico, dar uma volta e conhecer. A chuva nos pegou no caminho, por isso voltamos mais cedo. Compramos algumas lembranças numa loja de uns senhores bem velhinhos, muito simpáticos e atenciosos.

em casa, aproveitei prá descarregar as fotos do dia, ler os mails aqui no portátil e atualizar o blog, enquanto comíamos chocolate Milka com água mineral das pedras sabor tangerina e víamos a chuva cair lá fora, pela janela da autocaravana.
Pecados e mais pecados, um atrás do outro, tudo num só dia. Valei-nos os quilômetros de bicicleta que fizemos ontem, em Mérida.












Uma coisa que achei super interessante é que todos os prédios do centro histórico aqui de Cáceres são ocupados pelos órgãos públicos, que ali funcionam, estando, por isso, em perfeito estado de conservaçáo. Realmente, um bom exemplo a ser seguido. Claro que a Comunidade européia entrou com uns 70% do valor gasto e que eles têm muito poder. Mas com certeza deve ter havido um bom projeto por trás.

Uma confissão:
Já não é de hoje, toda a vez que vejo estes espaços cheios de prédios históricos, sendo valorizados como deve ser, lembro da igreja matriz de Santiago e me dá uma dor no coração de pensar que foi demolida.
Hoje, não por acaso, me veio tudo à mente de novo.
E senti uma grande pena.
Pensando nisso, acho que agora o que se pode fazer, num caso como esse, é tentar construir réplicas. E alguém ficou com fotos, documentos, plantas, o que quer que fosse daquela igreja?
Aquela capela do santo, que a gente visita no fim do Caminho de Santiago das Missões, poderia ter sido feita nesses moldes.
Com um bom projeto, poderia haver verbas estaduais ou federais para isso?
Não sei, pergunto...
Ou eu estou sonhando muito alto?
Em todo o caso, é de se pensar...
O próximo prefeito, seja quem for, poderia ver isso com carinho, não é verdade?
Gosto de sonhar que é possível.

Por aqui a chuva continua caindo de mansinho, lá fora. E dá prá sentir que o tempo refrescou.
Em Cáceres são 22:45hs e o sono começa a bater.
Na TV espanhola, um filme sobre casamentos e leis.
Vou tomar uma xícara de chá e dar jeito de ir pro berço.
Tomara que amanhã o tempo esteja melhor.
De qualquer sorte, dormir com a chuva caindo assim suave é algo que dá algum gosto.
Boa noite, gente.
Volto amanhã.

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