sexta-feira, julho 25, 2008

A Sexta antes do Sábado


Acordei cedo e fui deitar na rede. É o costume. Não sei por que cargas d´água acabei dormindo com o travesseiro do Arsénio e ele com o meu. Como fui eu a ir primeiro prá cama ler e ele ficou a jogar no PC, deduzo que a troca foi minha culpa.
Ele nem deu por isso e eu só fui dar de manhã, quando acordei com o pescoço todo cheio de dores. Explico. O travesseiro dele é maior, mais alto e mais maciço. O meu é menor, mais baixo e mais macio. Singularidades.
Fui prá rede ainda nem eram seis da manhã. E sabia bem estar ali, na fresquinha da manhã. Acho que ainda dormi mais uma hora quase, sentindo o ar que vinha das frestas das janelas da marquise. Queria ler, mas ainda era escuro. E acender qualquer luz ia tirar a magia.
Acordei com o alarme do relógio na cabeceira do Arsénio.
E resolvi levantar da rede prá ir tomar o remédio de todos os dias, o da tireóide.
Depois deitei de novo, agora na cama, prá fazer tempo até a hora do iogurte. Tem que ser 30 minutos depois do remédio. Ai...rituais.

O Arsénio se despacha num instante e logo está ao pé de mim, pro beijo de despedida. Como não vou à Abraço hoje, diz prá eu ficar ali a ver um filme na tv e aproveitar a cama. Digo que não, que hoje é dia de faxina e que tem um monte de coisas a serem feitas. Combinamos rapidamente as coisas do dia e ele sai, pensando provavelmente que hoje só trabalha até às 4 da tarde e que isso faz da sexta um dia melhor.

Ainda leio boa parte da Mafaldisses e espio o livro do Gabriel García Márquez, antes de levantar de vez.
Já na cozinha, coloco roupas prá lavar na máquina, enquanto como alguma coisa e bebo o iogurte da ordem.
Penso por onde devo começar. Como não gosto de rotinas e da última vez acho que foi pelo quarto, hoje começo pela casa de banho.
Vambora!
Ah...tem que ter música. Vamos lá escolher.

A Margarida me liga, já do aeroporto, check-in feito e tudo. Está faceira. Eu tinha andado a ver a previsão do tempo no México, na net, preocupada com a chuva que se ensaiava por lá. Mas graças a Deus parece que o tempo fica bom a semana inteira, entre os 24 e os 31º e, o que é melhor, bem limpinho. Só a umidade do ar é que assusta. Oitenta e tal por cento.
Digo isso a ela, que se despede com muitos beijinhos e eu digo-lhe que aproveite e fotografe muito, prá depois vermos. E que a Conferência seja proveitosa.

Ah...a música...
Escolho Tim Maia ao Vivo.
Afinal de contas...Vale, vale tudo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah, Heloísa, está cada dia melhor. Com sotaque português, bem se vê, fica melhor ainda. Seu estilo, singular, faz do texto algo leve e gostoso de se ler. Já lhe falei: escreva um livro!

Que bom que está interagindo com a Margarida. Se a vir, mande-lhe beijos!