quinta-feira, agosto 21, 2008

Vida

Fico aqui na frente do PC a olhar para o mapa mundi ali na parede. Todo cheio de tachinhas coloridas, marcando as viagens que o Arsénio já fez.
Dá uma vontade enorme de botar o pé na estrada, sair sem rumo, ir parando em cada povoação, conversar com as pessoas.
Eu já falei aqui uma vez.
Só queria ser correspondente de alguma revista de viagens. Fotos e mais fotos. Só isso.
Mais nada.
Êta coração cigano!
Talvez por isso ( e foi) o meu filho Gabriel tenha um dia me desenhado assim, só falta a câmera ao peito. Mas ele há de corrigir, né, Gabriel?
Já o meu sobrinho Lee, filho da minha irmã Mara, não concorda.
Pergunta-me para que servem os cartões postais, se nas esquinas é tão diferente?
Acho normal, ele é jovem, tem idéias de transformar o mundo. Muito saudável.
Se cada um fizer um pouquinho...pode ser. É super importante.
Mas o mundo tá aí e é enorme e lindo.
Tenho que ver sob todos os ângulos.
Os olhos também são prá isso, meu querido Lee.
Uma hora dessas temos que ir à Madeira.
E a Paris. A Dublin, à Indonésia.
E Marrakesch.
E prá isso é preciso andar de avião.
Do que eu gosto muito.

Mas ontem caiu mais um, aqui ao lado, no aeroporto de Barajas, em Madri.
153 pessoas deram adeus aos seus sonhos mais cedo.
É triste demais e me faz pensar no acidente da TAM, em São Paulo, ano passado.
Inaceitável.
Inconcebível.
O piloto do avião tenta decolar, volta e torna a decolar, mesmo sem condições. Até o avião partir-se em dois e explodir, em plena pista.
Não consigo entender.
Fico pasma.

O mundo não é cor-de-rosa, não, Arsénio, tens uma certa razão.
Mas tem lá as suas nuances. E é atrás delas que vou.
Bom, gente, agora vou mesmo é à lida.
A Esperança não deve vir hoje, se calhar foi à rua, cuidar dos seus interesses.
Digo eu.
Sendo assim, tocam-me as vassouras, os panos de pó e o ferro de engomar.
E não sou gente de fugir da raia.

Música, maestro!

E vamos a isto!
Grande dia prá todos.
Não esqueçam de viver a pleno!
Afinal, sempre tem o dia das vassouras...que por acaso também têm lá os seus encantos.
Bruxinhas não voam em suas vassourinhas?
Então?
O que não me falta é imaginação. E o chapéu a gente faz de jornal.
O gato preto?
Ah...vai passando um ali embaixo, na rua.
Dançando xaxado e tudo.
Vão dizer que não sou sortuda...
Hein?

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