sexta-feira, junho 18, 2010

O mundo perde JOSÉ SARAMAGO

Vamos sentir falta do homem e da sua literatura, mesmo com tudo o que fica.

quinta-feira, junho 17, 2010

CHICO, MICHELE E PADILHA - A nova direção da URI Santiago!

Parabéns pela VITÓRIA!
Que seja uma gestão plena de êxito e promova o crescimento em todos os sentidos.
Um grande abraço.
BEM HAJAM!

terça-feira, junho 15, 2010

Conversas de viagem

- Ô vovó Lolô, como é que o ônibus sabe que a gente vai prá Santiago?
- O moço que tá dirigindo sabe, Luísa.
- Mas cadê o moço, que eu não tô vendo?
- Ali, depois da portinha.
- Mas por que ele fecha a portinha?
- É porque ele não pode conversar enquanto dirige, senão se atrapalha e pode bater. Tem que ficar olhando a estrada, muito atento.
- Mas o papai conversa quando dirige. E não tem nenhuma portinha lá no carro.

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- O que tá fazendo, Francisco? (ele com o nariz colado à vidraça da janela, olhando a noite lá fora)
- Olhando as árvores. Tem um monte de árvores lá fora. E não é de dia - responde muito sério, enfiado dentro de uma jaqueta de couro marrom, que os dois dizem ser de motoqueiro, uma calça xadrez cheia de bolsos, as meias às riscas verde e brancas do Sporting de Portugal e o tênis do Ben 10, que ele não tira nem por decreto, a não ser prá dormir.


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- Vovó, que cidade é esta? Já é Santiago?
- Não ainda, aqui é São Pedro do Sul.

- SÃO-PREDO-DO-SUL? Mas que cidade é essa, que eu ainda não conheci.
- É São Pedro, pertinho de Santa Maria. A vovó já trabalhou aqui, na Caixa Federal.
- Mas ainda falta muito prá chegar em Santiago?
- Falta um pouco, mas logo a gente chega.
- Ah...então eu quero guaraná.


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- Vovó, eu queo fazer xixi lá no vaso do ônibus.
- Tá bem, Francisco. Luísa, cuida aqui que a vovó já vem.
- Tem um vaso muito grande, vovó. E onde é a descarga?
- Que?
- A descarga, vovó. Tem que dar descarga.
Encontro no chão uma alavanca e pressiono com o pé. Era da pia, começa a jorrar água até fechar sozinha. A da esquerda, sim. Faz um barulho enorme e o Mano se assusta.

O homem é um ser em movimento

Portanto, tô na idéia.
Tenho feito alguns quilômetros na rota Santa Maria, Cassino, POA, Santiago, desde que cheguei de Lisboa. Mas, embora seja esquisito estar sempre em provisório, como tenho uma alma meio cigana, não desgosto. Além do que, é o jeito de ver a todos, de estar com cada um em especial.

Ontem o programa foi com a gurizadinha do Rodrigo. A Luísa já me esperava em Santa Maria com a mochila alinhavada e decretou que não ia à escolinha a semana toda. Vó tem isso: desencaminha os netos. Ela tem muita personalidade e decide o que quer fazer. Claro que nem sempre faz aquilo que escolhe, desde que o mundo é mundo, criança tem que obedecer aos pais.

Mas neste caso, em especial, os pais concordaram prontamente.
Afinal,ela e o mano Francisco (que agora ela chama de Chico), vinham se programando prá viajar de ônibus comigo até Santiago, já fazia uns dias.
Quando cheguei em Santa Maria no domingo à noite, já dormia, mas tinha feito plantão cerrado ao pai o dia todo, para ir me buscar na rodoviária junto com ele, à noite. Pobrezinha, não se aguentou, caiu no sono antes da vó Lolô chegar.
Ontem de manhã veio correndo me dar bom dia e perguntar a que horas a gente vinha prá Santiago. Não gostou muito de ter que esperar até às sete da tarde, já que eu tinha hora agendada na DPF, mas afinal concordou e andou comigo a tarde toda, na maior parceria, sem se cansar e sem pedir colo, prestando muita atenção em tudo.

Fomos à DPF, fui lá levar os documentos do passaporte, finalmente. Agora a gente tira foto lá mesmo. Imagina como aquilo fica, mas é assim que é. Tudo feito na hora. E as impressões digitais são colhidas em uma maquinetinha, monitorada pelo computador. Uma beleza a tecnologia. Daqui a seis dias úteis tenho o novo passaporte nas mãos.
A Luísa assiste a tudo com muito interesse. É atenta ao detalhe. E pergunta tudo.
Depois conta ao pormenor as andanças e os passeios, à mãe, ao pai e aos avós.
Fui cortar o cabelo e as gurias lá da Ione resolveram brincar de boneca com ela. Lavaram o cabelo, escovaram, pintaram borboletinhas e flores nas unhas da moça e ela encantada.
O Francisco nos esperava em casa, mochila pronta. Dormiu a tarde toda.
Achei que iam desistir na hora de dar tchau aos pais, na rodoviária, mas não.
Sentaram os dois, muito à vontade, cada um agarrado à sua maletinha de brinquedos, um saco de salgadinhos, água e guaraná, enquanto acenavam ao Rodrigo e à Daiane, bem faceiros, pelo vidro da janela.
A Luísa, esfregando com a mãozinha, tentando ver melhor lá fora, ainda protestou.
- Vovó, este vidro tá sujo, não consigo ver o papai direito.

segunda-feira, junho 14, 2010

Em Santa Maria

Cheguei há pouco.
A viagem foi boa, mesmo sendo seis horas. O ônibus vinha praticamente vazio.
Sentei sozinha, condição prá dormir comodamente boa parte da viagem.
O Rodrigo foi me apanhar na rodoviária.
Já estou em casa, devidamente instalada e abafada debaixo dos cobertores.

Leio no blog do Júlio Prates que a tia Luísa Gorski faleceu hoje. Fico triste. Era uma tia muito querida.
Amanhã vou prá Santiago, gostaria de chegar a tempo para ir ao enterro, mas não há informação da hora. De manhã vou ligar prá saber.

Bem, hora de dormir, porque amanhã já não é amanhã, na verdade, é hoje. São quase duas da manhã. Já passaram três trens desde que cheguei e subi para o quarto. Já não lembrava de ouvir tantos trens à noite, aqui em Santa Maria. Ou nunca tinha prestado atenção.

Até depois.

domingo, junho 13, 2010

E hoje vou dormir em Santa Maria da Boca do Monte


Pois é, à tardinha apanho o ônibus da Planalto em Rio Grande e, com certeza, terei uma duplinha me esperando prá parceria de algazarra e de cama: a Luísa e o Francisco. Vó é assim, só chega prá bagunça, né gurizada!
Prometi que voltava logo prá gente fazer uns passeios e irmos prá Santiago juntos, na terça-feira. As tias Carol e Raquel estão à espera. Também a fofa da Yasmin. No fim de semana a Daiane e o Rodrigo junta-se à nós.
Amanhã à tarde tenho hora agendada na Polícia Federal de Santa Maria prá levar os documentos do passaporte. Tomara que não falte nada.
Por hora é só.
Vou dar uma organizada nas coisas e fechar a mala (de nooooooovo).
Tão bom isso de andar revisitando a vida.

Parcerias da Infância e pela vida afora...




Outra amiga de longa data, a Ângela Traversi, hoje Silva, é uma das parcerias que ficou pelos pagos. Aqui casou com o Veymar, tem dois filhos adoráveis, a Vanessa e o Keko e, sempre que venho ao Cassino, a gente se visita prá relembrar daqueles tempos. As nossas famílias foram vizinhas e amigas durante muitos anos, em Domingos Petrolini, uma localidade que fica a meio caminho entre Rio Grande e Pelotas. Na época eu tinha mais afinidade com a Rosana, irmã dela, que hoje vive em Israel, depois de ter morado muitos anos na Bolívia. E fui colega de aula (acho que a uma determinada altura nutri uma dessas paixonites de criança por ele) do Dadinho, o irmão delas. O pai, seu Eduardo, tinha um conjunto musical e volta e meia me chamava, mais ou menos pelo meio da apresentação, nos bailes dos clubes familiares onde tocava, para cantar músicas do Michael Jackson (uma vez já contei isto aqui no blog). Foi quem me aprimorou o gosto pela música, depois do meu pai. A mãe, dona Neusa, disso nunca vou esquecer, muito calma, dava-nos sábios conselhos e fazia uns bifes temperados com alho, que amassava e preparava junto com o sal, com as costas de uma faca muito grande, dessas de cozinha, e depois passava nos bifes antes de fritar. Aquilo tinha um gosto que ficou mesmo na memória da boca. Depois fritava batatas cuidadosamente e, no final, juntava-as todas em uma frigideira, colocando ovos batidos por cima. O feijão dela, não tem como esquecer. O arroz bem soltinho. Desconfio que ela até hoje cozinha maravilhosamente bem. A Rosana colocava o arroz no prato e, ao lado, umas colheradas de massa de tomate, que ia misturando aos poucos, saboreando tudo com muito gosto. Por uns tempos cultivei o hábito de imitá-la e não era de todo mau. Borrifávamos vinagre por cima de tudo.
Era especial a vida na casa das gurias, ali na Estação Experimental Fitotécnica de Rio Grande.
Foi onde vi pela primeira vez uma oliveira de verdade. Na época de colher as azeitonas colocavam grandes panos espalhados pelo chão, uma espécie de lona, e sacudiam as árvores, para que caíssem os frutos. Naquele tempo eu nem sonhava que um dia iria viver no país das oliveiras...
A Ângela, que tem alguns cinco anitos a mais do que nós, logo começou a namorar. A gente, eu e a Rosana, umas gasguitas verdadeiras, não tínhamos nem autorização e nem candidatos disponíveis, portanto ficávamos espionando os movimentos da irmã mais velha, tentando saber o que se passava na sala, onde ficavam a mãe e o casal. Mandávam-nos dormir, mas a gente, em pijamas e meias, espiava. E ríamos um monte de tudo aquilo.
Quando fomos estudar em Pelotas, aí sim, logo foi tempo de conhecermos uns guris novos, de fora de Petrolini. Era uma emoção sem tamanho passarmos horas a fio a trocar confidências, ora junto ao portão do condomínio onde ela morava, ora junto à porteira da granja dos meus pais, que era uma das únicas que ficava dentro da vila, em frente à estação do trem que nos levava até Pelotas, muito cedo da manhã, prá estudar. Depois deixamos de ir de trem, o seu Eduardo nos levava no ônibus da Experimental, amarelo ovo, com um nariz muito grande, do tipo daqueles que que se vê nos filmes americanos (isso também já contei aqui). Quando acabaram as viagens no narigudo, começamos a viajar no ônibus da linha, mas para isso tínhamos que ir até a faixa, que ficava a alguns três quilômetros de casa. Nestes tempos levantávamos às quatro e meia da manhã e os invernos eram extremamente rigorosos prá nós. Meu pai ia com a gente, depois de preparar nosso café e fazer-nos comer um ovo quente. Acompanhava a gente até passarmos o caminho de mato. Ainda era escuro e pisávamos a geada com sapatos de borracha. Dali íamos sozinhos, pelo campo aberto, ele a cuidar-nos de longe e a acenar até já não conseguirmos vê-lo. Encontrávamo-nos todos na parada do ônibus, os que estudavam em Pelotas e aquilo era uma alegria. O pai voltava prá lida da granja, tinha uma grande horta e muitos animais para tratar. E ainda cozinhava, porque minha mãe trabalhava em três turnos, em escolas das redondezas. Eram tempos de luta, nada era conseguido de maneira fácil, mas gostávamos da nossa vidinha do jeito que era.
Crescemos e a Rosana virou uma moça bonita, a pele muito morena e umas pernas de parar o trânsito. Destacava-se no meio das gurias na escola e vivia recebendo bilhetinhos dos guris apaixonados. Eu era magrela e tinha umas pernas muito finas, odiava usar umas saias pregueadas de tecido xadrêz à escocesa, que a mãe mandava fazer na Sessé, amiga e costureira de mão cheia lá de Petrolini. As meias até os joelhos, coloridas e combinando com as cores da saia ou do twin set, que a minha mãe se dava ao trabalho de tecer, com agulhas e lã muito fininhas, eram da Lolypop e lembro que a minha irmã Mara tinha coleções delas. Usávamos com mocassins comprados no Uruguai e fabricados na Argentina, à mão. Uma beleza, eu amava aqueles sapatos, os mocassins porteños.
Algum tempo depois, a Rosana e eu acabamos namorando dois irmãos em Pelotas, o Fleuby e o Cleubi (Maninho), filhos do saudoso Chico Antunes e da dona Sônia. A minha amiga casou, teve três filhos lindos, a Michele, o Alexandre e a Carol. Eu e o Maninho tomamos rumos diferente. Ele foi para os Estados Unidos num programa do AFS e, quando voltamos a nos encontrar, eu já estava casada com o Chico e grávida, esperando o Rodrigo. Somos grandes amigos até hoje. Ele mora no Laranjal, casou, tem uma filha, separou e tem uma nova companheira. A Rosana e o Fleuby viveram algum tempo na Bolívia, separaram e hoje cada um tem o seu companheiro. Ele vive em Goiânia, onde também moram a Michele e a Carol, com a nova família (teve mais dois filhos) e ela em Israel, com o Zvi.
O seu Eduardo, grande perda, já não está entre nós, como meu pai e o seu Chico Antunes. O Dadinho mora em Rio Grande, com a família, e também já tem netos, como eu. A dona Neusa vive perto dele e parece que prá ela os anos não passam, tá cada vez mais nova.
A dona Sônia, mãe do Maninho, ainda mora em Pelotas e fui visitá-la algumas vezes. Sempre muito carinhosa comigo, é uma amiga especial que fiz pela vida.
À sua maneira, todos parecem felizes, graças a Deus.

Ontem passamos uma bela tarde aqui na casa da mãe, eu, a Ângela, o Ricardo e mais tarde, a Betina e o Augusto, a lembrar das coisas bonitas da nossa vida. A mãe fica toda emocionada, revivendo tudo. O Sérgio escuta tudo muito atento, era pequenininho ainda quando saiu de Petrolini.
Hoje já não há mais muita gente da nossa época por lá e Domingos Petrolini já não tem a mesma vida intensa de outros tempos. Como diz a Ângela, no nosso tempo é que aquilo era bom, né dona Helena!

Dos dias, das lembranças e dos amigos verdadeiros.

Ricardo, Catary, eu, o Zé e o Zeca.
Afinal, anteontem acabamos por não ir à FENADOCE. E agora já nem me apetece ir. Acabei por comer os doces todos na casa da minha amiga Catary, que preparou um chá delicioso prá gente, cheio de guloseimas lá da Padaria Central, e ficamos de papo, eu, ela e o Zé. Depois chegaram o Ricardo e o Zeca, meus irmãos, e já estava anoitecendo quando tomamos a estrada de volta pro Cassino.
Ficou prá próxima e valeu a pena.
A Catary é uma grande amiga de escola, do tempo da adolescência. Uma irmã que tenho, assim como a família dela foi também a minha quando estudava em Pelotas e depois ficou sendo, mesmo a gente estando distantes. É sempre um resgate bom. Dessas amizades que a gente faz na vida. Chegam, fazem casa de sobrado e ficam prá sempre.
É uma das lembranças mais marcantes que tenho, o casarão ali no início do Fragata, um pouco além da Escola Técnica Federal, a porta sempre aberta e um lugar à mesa. Muitos quartos, a vida pulsando, a vó e suas comidas cheirosas e os seus truques sem igual, com ela aprendi a fazer um glacê espetacular, a mãe Ena, que me ensinou tantas coisas e me dava conselhos valiosos e a gurizada sempre a mil, no auge da adolescência, a começar os namoricos. A Catary, a Cátia, a Carla e a Cíntia. Os guris eram o Lauro, o Guga e o Mica. Uma prole enorme, como a minha original, sete. Na altura estudávamos todos no Nossa Senhora de Lourdes. A Catary e o violão, a voz bonita entoando as músicas todas feitas por ela. Muitas festas fizemos naquela casa. Eu, por temporadas, me mudava de mala e cuia e a mãe ia lá me resgatar de volta prá Petrolini. Era uma luta, difícil me deixarem ir. E eu adorava estar com eles.
Com a Catary, formamos um grupo musical, na altura em que estouravam Os Almôndegas. Éramos As Empadinhas, batizadas pela Cátia, a espirituosa da turma. Eu tocava um surdo (ou era um bombo?) e fazia vocal. Sei lá se fazíamos aquilo como devia ser, a gente adorava. Tínhamos roupas especiais, que a minha mãe fabricava a toque de caixa e ainda fizemos algumas apresentações em escolas e festivais estudantis.

Até hoje,super unidos, a família Colvara Bernardi não perdeu o sentido de família e de parceria.

Catary, Cátia, Lauro, Carla, Guga, Mica e Cíntia.

E eu amo estas pessoas, verdadeiramente.
Cada vez que nos encontramos é como se eu estivesse voltando prá casa.

sexta-feira, junho 11, 2010

Pelotas e a FENADOCE


Vou a Pelotas ver a minha amiga Catary e a Tia Martha, minha madrinha.
Depois, não tem jeito, não há como resistir.
Há um cheiro de doce no ar.
Hoje vou ter que cometer o crime, mas tenho a desculpa de ir para fotografar.
Depois eu conto em detalhes e mostro.
Fenadoce quase acabando, não dá prá perder.

E o Felipão...afinal não vem.

Pois é, foi bom enquanto durou.
Que era bom, lá isso era, sim.
Portugal ainda tá lá, cheio de viúvas do gajo.
Mas, com bem diz o Santana, ia haver um suicídio coletivo no Grêmio.
Melhor não.
Fica prá próxima.

quinta-feira, junho 10, 2010

Abram Alas! Começou a Copa do Mundo!

Em grande estilo, diga-se a verdade.
Com toda a alegria, ritmo, cor e espontaneidade de que é capaz o povo africano.
Contagiante.
Estamos aqui assistindo, encantados, a Cerimônia de Abertura.
A minha mãe toda vestida de amarelo, camiseta e boné. O Sérgio armado em espanhol, que de um tempo prá cá me inventou essa. Tem a camiseta da seleção espanhola que eu trouxe prá ele no ano passado.
Só falta a pipoca.
Eu bato fotos, claro.
E o meu irmão Ricardo dorme com todo este barulho.
É família do Dom Fulgêncio no seu melhor.
Êta nóis!

E Viva NELSON " MADIBA" MANDELA!

Scolari?

E se o Felipão vier mesmo treinar o meu Inter?
Ah...eu vou ficar louca de feliz, é claro!

Chuvarada com vento.

Depois de uns poucos e bons dias de sol, a chuva chega de novo, barulhenta e fria.
E eu me prometi que não havia mais de falar do tempo...
Sem brincadeira, hoje eu tinha me programado prá uma longa caminhada matinal na praia, com o Ricardo. Ia levar a câmera, ontem ele me ligou do caminho, todo agitado, tinha visto um leão marinho nas dunas e ficou extasiado. Na manhã anterior estavam lá gaivotas às centenas, catando os peixes abandonados pelas redes dos pescadores à beira da praia.
Ele teria gostado de registrar as imagens, mas agora vão ficar na retina.
O que também não é mau, pena é privar outros olhos de vê-las.
Mas há momentos assim...só nossos.

A chuva começou de repente, muito intensa.
Normalmente não é assim.
Fico apreensiva, chuvas dessas sempre trazem muitos estragos.
Aqui no Cassino, onde a maior parte das ruas são de areia, sem calçamento, ficam aquelas crateras cheias d´água, poças gigantes que, quando secam, dão um efeito ondulado no terreno. Quando se passa de carro, tem-se a sensação de estar em um tobogã. Dá até aquele friozinho na barriga e tudo.


quarta-feira, junho 09, 2010

XVIII INTERNATIONAL AIDS CONFERENCE




De 18 a 23 de Julho próximos, vou estar presente como ouvinte e como fotógrafa neste evento mundial super importante na área de VIH - SIDA, na cidade de Viena - Áustria.

Nem preciso dizer que estou verdadeiramente feliz em poder ir, ver, ouvir e fazer uma das coisas de que mais gosto: fotografar.
A Conferência Internacional sobre AIDS acontece a cada dois anos, sempre em cidades diferentes, pelo mundo. É a primeira vez que participo, estou super curiosa.
Vou a trabalho, com a ABRAÇO, ONG onde atuo como voluntária, em Lisboa, desde o início de 2007.
As fotos poderão ser vistas no site oficial www.abraco.org.pt , na galeria de fotos ou no próximo Boletim Informativo da Associação, acessado através do site da Abraço, a partir do mês de agosto/2010.


Mais informações sobre o evento: www.aids2010.org




Meu irmão Maurício faz anos hoje.

Parabéns, guri!
Agora com mais um motivo maravilhoso prá comemorar: o filhote Matheus. Lindão, dono de uns olhos azuis que parecem umas bolitas de gude.
Felicidade, meu irmão!
Muita paz, alegria, saúde e amor, sempre, junto da Lia e do gurizão.
Energia pura e verdadeira.
Feliz Aniversário!

Madrugada de quase inverno no Cassino.

Prá quem deitou às sete da noite, até que dormi bastante.
A gripe me pegou de jeito. Acabo acordando no meio da madrugada prá tomar xarope e sento na cama prá tentar respirar melhor. Já sem sono, acabo por ligar o portátil.
Por isso, eis-me aqui.

O mar lá fora é barulhento, mas de um barulho bom. Parece que vai se derramar todo. Mas o mar não derrama, não. Quando era pequena, custava a entender isso. Há pouco encontrei o Rafa, meu sobrinho, aqui no msn e ficamos divagando. Ele morou no Cassino até quase os dezoito anos e me conta que tem saudade deste barulho à noite. Era bom ficar deitado a ouvir.

De resto, o povo dorme. Não há muito o que se fazer por aqui. É mesmo uma espécie de retiro espiritual. Há que se aproveitar.

Faz frio. Bastante frio.
Tenho esta tosse chata e fico tentando segurar, prá não acordar o pessoal. Mas às vezes é preciso.
Dói-me a cabeça e, a cada tossida, dói também a garganta. Não lembro da última vez em que fiquei assim gripada. Acho que em Lisboa não tive gripe ainda e espero não ter. Portanto, não me gripo há quase quatro anos. Aqui deve ser mais úmido. Preciso comprar uns lenços descartáveis urgentemente.
Atchim!


Durante o dia, a mãe passa a maior parte do tempo à frente, quase dentro da lareira, a tomar chimarrão. Sai pouco à rua, só quando o sol tá mais quentinho. Não sei como gosta tanto de viver aqui. Não há proposta que a faça sair e já está por cá há uns bons anos.
Corajosa.
No inverno praticamente hiberna. Só precisa de lenha, muita lenha, prá garantir a fogueira diária. A minha mãe faz oitenta anos no dia vinte e nove de junho, agora. Estamos organizando uma festinha prá ela. Grande mulher, a minha mãe. Um grande exemplo.

Ontem fui a Pelotas solicitar nova cópia, atualizada, da minha certidão de nascimento. Não sei o que acontece, mas parece que o pessoal anda a se armar em cágados, como dizem lá em Portugal. Estive alguns quarenta minutos na fila. Depois de atendida,paguei e o rapaz foi buscar o troco numa sala ao lado. Deve ter feito um longo percurso em direção à caixa. Levou uns quinze minutos prá voltar. Estavam lá umas doze pessoas à espera. E só um antendente. Paguei R$ 36,80 pelas certidões, o que significa que eles não devem ganhar muito pouco. Não entendo isso. Ah...sim.
E só me entregam na sexta-feira.
Espetáculo.
Vou abrir um cartório.


segunda-feira, junho 07, 2010

Dia de outono

Já temos sol.

O Ricardo fez fogo na lareira bem cedo, se empanturrou de roupas e foi dar a sua caminhada diária na praia. Não fui porque estou bem resfriada, com dor de garganta. E não é desculpa esfarrapada, não.
A mãe e o Sérgio tomam mate à beira do fogo. Eu bebo um chá prá esquentar a goela.
Um bem-te-vi canta insistentemente ali fora.
Nesta época do ano não se tem muito movimento por aqui. Só os moradores fixos do Cassino.
Aproveito prá ler as notícias na internet, enquanto falo com o Arsénio pelo mail e a máquina lava umas roupas.
Lá em Portugal já são quase duas da tarde.
É preciso aproveitar o sol, abrir a casa e organizar umas coisas.
Até depois.

Mosquitos

Hoje cedo, quando acordei, acendi a luz e dei de cara com uma dupla de mosquitos, pousados na parede aqui ao lado da cama, numa posição muito suspeita e culpada. Estendi a mão e eles voaram. Sumiram.
Fiquei procurando os possíveis furinhos no corpo. Mas ainda não encontrei nada. Nem coceira.
As coisas que uma pessoa despreocupada faz nessa vida...
Nunca tinha visto mosquitos no inverno. Com este frio...

Mais fotos da festa

Dodo, Marcos e eu.

Júnior, música na alma.
Como diz o Marconi, nesta família todo mundo canta.

O Pedro, promessa da música. Grande garoto!


Família bonita da Bela e do Marconi. Bela, Guilherme, Marconi, Júnior, Vítor, Giovani, Giovana, Sandra e Tita.


Bela, Ana Paula e o namorado, com o primo Marcos.


Denise, Luísa e Laura.


Juliana, Marconi e Tiago (olha quem encontrei, direto de Santiago!)


Marcos e as filhotas Juliana e Muriel.

Festa da Tia Ilda, em Cachoeira do Sul


Tia Ilda e os filhos Elba, Marcos e Bela.


Pedro, Marcos e eu


Betina, Bela e Marcos.
Sábado foi dia de reencontrar parte da família paterna.
Nossa tia Ilda Flôres fez setenta e oito anos e os filhos fizeram uma bela festa prá comemorar.
Foi muito bom encontrarmos pessoas queridas da nossa infância, alguns que já não víamos há uns bons pares de anos.
Fomos eu e a minha irmã Betina.
A festa aconteceu na casa de nosso primo Marcos, na localidade de São Lourenço, um balneário tranquilo à beira do Rio Jacuí. Churrascão tradicional, um espetáculo.
Muita música, alegria e as delícias da culinária gaúcha.
Fazendo um som muito legal e de qualidade, Clenio Bibiano e parceria, com direito a canjas do pessoal presente. Adorei cantar com eles.
Valeu, gurizada.

Vida nova

É hoje que a Raquel filhota começa a sua nova vida como funcionária do BANRISUL, em Nova Esperança do Sul.
Força, filha!
Entra com o pé direito!
Todos estamos torcendo por ti.

Semana nova

São seis e dezesseis da manhã. Segunda-feira.
Aqui na praia do Cassino, onde vivem minha mãe e meu irmão Sérgio, está frio e o vento faz barulho lá fora.
Continuo acordando com as galinhas. Aliás, não deve haver nenhuma por perto, ou pelo menos não se tem notícia de galos. Não há cantos matinais para ninguém.
Temos estado reunidos por aqui e os dias, graças a Deus, têm sido ensolarados. O Cassino com chuva é um tantinho deprê.
Ando em função, tentando renovar meu passaporte, que vence no dia quatro de julho. Agora já não se renova, dizem lá na Polícia Federal. Faz-se um novo. Tenho que preencher um documento no site, imprimir, pagar no banco e depois ir à Polícia. E agora a foto é feita por eles.
Antes é preciso solicitar cópia atualizada das Certidões, nascimento, casamento, divórcio, essas coisas, no cartório da cidade onde fomos registrados.
Feito isso, encaminha-se tudo e, após seis dias úteis temos o novo passaporte nas mãos.
Bacana.
Pelo menos não vou precisar ficar um dia inteiro na fila, no Consulado do Brasil, em Lisboa. Sem contar que lá ainda é mais caro.
Digo eu.

sexta-feira, junho 04, 2010

Chove no Cassino...

Bom dia, gente!
Acordar assim, com o barulhinho da chuva, também é bom.
Estou no Cassino, chegamos ontem à noite.
Casa de mãe é sempre um MOMENTO.
A mesa posta cheia de quitutes, o carinho incondicional, a caminha fofa e cheirosa, quentinha, chamando a gente ao descanso e ao abandono à preguiça.
Casa de mãe é tão bom...

Parabéns, Júlio e Eliziane! Chegou a Nina!

Chegou a Nina, com toda a sua luz, para trazer Alegria e Amor ao mundo.
Que seja uma menina linda, cheia de saúde, que traga brilho no olhar e a alma cheia de sonhos.
Que seja justa e solidária, de valores bonitos e verdadeiros.
Que encontre muito carinho e seja sempre muito feliz!
Abençoada sejas, menina Nina!

Um abraço carinhoso aos papais.
Ter um filho é sempre algo mágico, intenso e repleto de significado.

Bem hajam!

terça-feira, junho 01, 2010

Outra semana

Cá estou eu, de novo, às cinco da matina, a viajar na maionese.
Mas hoje até se explica.
Há pouco sairam a Raquel, a Yasmin e a Licinda, mãe do Dionathan, prá Porto Alegre. A Raquel tá indo fazer o curso de integração do BANRISUL. Oficialmente, assume hoje. Semana que vem já estará trabalhando. Mais uma bancária na família. O Gabriel até brinca que já está se sentindo excluído. Os três irmãos trabalhando no banco. Rodrigo e Carol na Caixa e agora a Raquel no Banrisul. Depois é que lembramos que ele também já passou em um concurso prá Caixa. Foi chamado e tudo, só não assumiu porque tinha outros planos, na época. Êta gurizada!

Ontem à tardinha recebi a visita dos meus amigos Ângela Gomes e Ricardo Freire. Tão queridos. Sempre é uma festa. Combinamos parcerias para o dia 22 de junho, na apresentação do Pandorga, na Quarta Colônia. Vou adorar!

Hoje à noite o Ricardo volta de Salvador e vem prá Santa Maria. Vamos dar umas voltas por aqui, em Santiago e Cachoeira, antes de irmos lá prá mãe, no Cassino.

A nossa mãe Helena, neste ano, faz os seus 80. Um acontecimento que tem que ser super comemorado. Vamos nos juntar todos, os sete filhos, cada um vindo de um canto. Coisa bem boa!