quarta-feira, junho 09, 2010

Madrugada de quase inverno no Cassino.

Prá quem deitou às sete da noite, até que dormi bastante.
A gripe me pegou de jeito. Acabo acordando no meio da madrugada prá tomar xarope e sento na cama prá tentar respirar melhor. Já sem sono, acabo por ligar o portátil.
Por isso, eis-me aqui.

O mar lá fora é barulhento, mas de um barulho bom. Parece que vai se derramar todo. Mas o mar não derrama, não. Quando era pequena, custava a entender isso. Há pouco encontrei o Rafa, meu sobrinho, aqui no msn e ficamos divagando. Ele morou no Cassino até quase os dezoito anos e me conta que tem saudade deste barulho à noite. Era bom ficar deitado a ouvir.

De resto, o povo dorme. Não há muito o que se fazer por aqui. É mesmo uma espécie de retiro espiritual. Há que se aproveitar.

Faz frio. Bastante frio.
Tenho esta tosse chata e fico tentando segurar, prá não acordar o pessoal. Mas às vezes é preciso.
Dói-me a cabeça e, a cada tossida, dói também a garganta. Não lembro da última vez em que fiquei assim gripada. Acho que em Lisboa não tive gripe ainda e espero não ter. Portanto, não me gripo há quase quatro anos. Aqui deve ser mais úmido. Preciso comprar uns lenços descartáveis urgentemente.
Atchim!


Durante o dia, a mãe passa a maior parte do tempo à frente, quase dentro da lareira, a tomar chimarrão. Sai pouco à rua, só quando o sol tá mais quentinho. Não sei como gosta tanto de viver aqui. Não há proposta que a faça sair e já está por cá há uns bons anos.
Corajosa.
No inverno praticamente hiberna. Só precisa de lenha, muita lenha, prá garantir a fogueira diária. A minha mãe faz oitenta anos no dia vinte e nove de junho, agora. Estamos organizando uma festinha prá ela. Grande mulher, a minha mãe. Um grande exemplo.

Ontem fui a Pelotas solicitar nova cópia, atualizada, da minha certidão de nascimento. Não sei o que acontece, mas parece que o pessoal anda a se armar em cágados, como dizem lá em Portugal. Estive alguns quarenta minutos na fila. Depois de atendida,paguei e o rapaz foi buscar o troco numa sala ao lado. Deve ter feito um longo percurso em direção à caixa. Levou uns quinze minutos prá voltar. Estavam lá umas doze pessoas à espera. E só um antendente. Paguei R$ 36,80 pelas certidões, o que significa que eles não devem ganhar muito pouco. Não entendo isso. Ah...sim.
E só me entregam na sexta-feira.
Espetáculo.
Vou abrir um cartório.


Nenhum comentário: