domingo, junho 13, 2010

Dos dias, das lembranças e dos amigos verdadeiros.

Ricardo, Catary, eu, o Zé e o Zeca.
Afinal, anteontem acabamos por não ir à FENADOCE. E agora já nem me apetece ir. Acabei por comer os doces todos na casa da minha amiga Catary, que preparou um chá delicioso prá gente, cheio de guloseimas lá da Padaria Central, e ficamos de papo, eu, ela e o Zé. Depois chegaram o Ricardo e o Zeca, meus irmãos, e já estava anoitecendo quando tomamos a estrada de volta pro Cassino.
Ficou prá próxima e valeu a pena.
A Catary é uma grande amiga de escola, do tempo da adolescência. Uma irmã que tenho, assim como a família dela foi também a minha quando estudava em Pelotas e depois ficou sendo, mesmo a gente estando distantes. É sempre um resgate bom. Dessas amizades que a gente faz na vida. Chegam, fazem casa de sobrado e ficam prá sempre.
É uma das lembranças mais marcantes que tenho, o casarão ali no início do Fragata, um pouco além da Escola Técnica Federal, a porta sempre aberta e um lugar à mesa. Muitos quartos, a vida pulsando, a vó e suas comidas cheirosas e os seus truques sem igual, com ela aprendi a fazer um glacê espetacular, a mãe Ena, que me ensinou tantas coisas e me dava conselhos valiosos e a gurizada sempre a mil, no auge da adolescência, a começar os namoricos. A Catary, a Cátia, a Carla e a Cíntia. Os guris eram o Lauro, o Guga e o Mica. Uma prole enorme, como a minha original, sete. Na altura estudávamos todos no Nossa Senhora de Lourdes. A Catary e o violão, a voz bonita entoando as músicas todas feitas por ela. Muitas festas fizemos naquela casa. Eu, por temporadas, me mudava de mala e cuia e a mãe ia lá me resgatar de volta prá Petrolini. Era uma luta, difícil me deixarem ir. E eu adorava estar com eles.
Com a Catary, formamos um grupo musical, na altura em que estouravam Os Almôndegas. Éramos As Empadinhas, batizadas pela Cátia, a espirituosa da turma. Eu tocava um surdo (ou era um bombo?) e fazia vocal. Sei lá se fazíamos aquilo como devia ser, a gente adorava. Tínhamos roupas especiais, que a minha mãe fabricava a toque de caixa e ainda fizemos algumas apresentações em escolas e festivais estudantis.

Até hoje,super unidos, a família Colvara Bernardi não perdeu o sentido de família e de parceria.

Catary, Cátia, Lauro, Carla, Guga, Mica e Cíntia.

E eu amo estas pessoas, verdadeiramente.
Cada vez que nos encontramos é como se eu estivesse voltando prá casa.

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