De Cáceres prá Trujillo e Parque Natural de Monfrague.

Foi um sono só e acordamos por volta das 8 da manhã. A chuva parou e uma réstia de sol foi se abrindo entre os galhos das árvores que via pela janela.
Tomei o meu café e o Arsénio comeu o seu iogurte (é o que ele come de manhã). Organizamos as coisas e partimos em direção a Trujillo, ainda na província de Cáceres, a 47 km a leste. Em Trujillo, cidade natal de Francisco Pizarro, o conquistador do Perú, estivemos visitando a Plaza Mayor, onde há uma estátua de Pizarro montado em seu cavalo, o Castelo (antigo alcácer árabe) e as igrejas de Santa Maria (século XIII), de São Francisco e de São Martinho. Ainda vimos a casa da família de Pizarro e sentamos numa das esplanadas que ficam em frente à praça para tomar una caña ( chopp).
Sinceramente, Trujillo é um lugar que eu gostaria de ter ficado mais tempo. Mas temos muito o que ver, vai ter que ficar prá uma outra vez. A cidade é uma graça, simpática mesmo.

De Trujillo seguimos pela estrada que vai a Plasencia. O destino era Malpartida de Plasencia, uma povoação perto do parque Natural de Monfrague. Mas o Parque de Campismo onde pernoitamos não fica na povoação e sim a uns 5 km dali. O Camping de Monfrague é um parque de campismo de primeira categoria. E não só na classificação. Realmente é o que se pode querer de um bom parque de campismo. Com tudo o que é preciso e muito bem organizado. Passamos ali bons momentos.

Durante o dia fez bastante calor, mas à noite, por estarmos na serra, faz um friozinho considerável. Precisamos puxar os sacos de cama para fazer de edredom. Assim tivemos uma boa noite de sono e no outro dia de manhã, ontem, fomos pedalando até Malpartida de Plasencia. Cinco quilômetros de ida e cinco de volta, em meio a uma estrada rural, cheia de vacas e bezerros pelo caminho. Melhor, o trânsito era pouco e a estrada bastante boa.
A povoação em si, tacanha. Nada prá ver, o pouco que tinha estava em obras - a igreja.
Perguntei a um moço que passava onde ficava a praça do centro. Respondeu que havia muitas praças, mas nenhuma era a principal. Depois indicou o caminho, que nos levou ao mesmo lugar de onde tínhamos vindo.
Tomamaos um café, compramos pão e uns bolos numa pastelaria e resolvemos voltar pro Camping, prá fazer o almoço.
Depois do almoço o Arsénio resolveu organizar a autocaravana para ficar pronta, já que íamos sair cedo, pela manhã.
Foi quando o Rodrigo ligou prá falar sobre a cirurgia da Raquel. A partir daí fiquei bastante angustiada e foi complicado aguentar a espera até as onze da noite prá saber notícias. Fiquei falando com ele, com a Carol, com a própria Raquel, até ela entrar prá sala. Às onze o Rodrigo entrou no msn e falou que tinha corrido tudo bem e que ela já estava na recuperação. Por volta da uma e meia da madrugada daqui (estamos a cinco horas de diferença do Brasil, aqui na Espanha) ainda falei com a Carol de novo e depois com a Raquel, que já tinha acordado da anestesia. Só aí consegui sossegar e depois dormir.
Mãe é fogo!
Sei, sei de tudo. Mas não me controlo nessas situações.
Caminho e rezo.
É tudo o que consigo.
Mas, já passou. Graças a Deus está tudo tranquilo.