quarta-feira, maio 28, 2008

Post 340

Hoje me vesti de verde e tô com uma alegria brasileira instalada desde cedo.
Hoje me vesti da cor da esperança, que é a nossa profissão, a dos brasileiros.
De tanto ouvir os portugueses a se queixar da vida por tudo quanto é motivo, quanto mais não seja pelo aumento de tudo quanto é preço, depois de o combustível ter aumentado 16 vezes ou mais, em quatro meses, fiquei com vontade de ter esperança.
Não que não tenham razões. Não que os motivos não sejam justos. Mas se pode escolher entre passar a dançar ou a chorar, às vezes.
Afinal me dou conta de que passo grande parte do meu tempo a espernear contra me entregar a
essa onda de pessimismo que impera no ar.
Não quero ser triste.
Não quero ser cinza.
Quero ter sempre cor.
Muita cor.
E cor viva, de preferência.
Nada contra, mas eu é que não quero isso prá mim.
A gente pode até morar em qualquer lugar do mundo, mas não tem que assumir todas as posturas que encontra no caminho.
Nesse ponto, as gentes do nosso Brasil dão de mil a zero.
"Não me ensina a morrer, que eu não quero..." (Perdão Você - Marisa Monte)

3 comentários:

Jotta disse...

Não te esqueças de algo bem simples: o Brasil tem samba, Portugal tem Fado. E os portugueses carregam em si o fado, a cruz da vida, um eterno queixume num mar imenso de pranto. Povo latino este que tanto tem de diferente dos vizinhos espanhóis (em alma de fiesta) e dos franceses (que se manifestam,. revoltam, 'viram a mesa' e fazem os políticos assumir o seu verdadeiro lugar). Por aqui sempre se cantou o fado e sempre se cantará. «Cantarei até que a voz me doa», assim reza a letra de um belo fado de Maria da Fé. E pena é que nada mais se faça do que um permanente lamento sem qualquer outra intenção para além disso mesmo. De um puro lamento.

helo flores disse...

Então é isso?
A acabarem-se os lamentos, se calhar, acaba-se o fado?
É um alto preço.
Resta saber o que é mais importante. Ou o custo-benefício.
Quanto a mim, não posso ter e nem tenho a petulância de querer mudar um povo. E além do mais, adoro Portugal, mesmo com as suas carinhas tristes.
Mas, vá lá...
Custa dar um sorrisinho, custa?
a propósito, amigo Jotta, nem pareces português, andas sempre a rir e contar coisas divertidas.
Não ias dar bom fadista, sério.
Beijinhos, guri!

Anônimo disse...

Ora pois,pois! Agora entendi de onde algumas pessoas da minha família herdaram as lamúrias. Deve ter ficado no DNA por ancestralidade.
Teu blog está ótimo! bj