Sobre o hoje que foi ontem...

Bom dia, pessoal!
Lindo dia mesmo. Um sol simpático brilhando num céu bem azulzinho.
O que é que a gente pode querer mais?
Há pouco, enquanto molhava as plantas, sentia o aroma das salsas e dos coentros no ar. Agora, com o calor que faz ali na marquise (sacada fechada com vidros de correr), a coisa funciona como uma estufa e elas estão enormes. Bem verdinhas. Só preciso regar a cada dois dias, senão sufocam. Previsão de hoje, na TV: máxima de 28º. Tá bom ou quer mais?
Já não compro mais temperos na praça, tenho-os aqui à mão.
Nada mau.
Agora sim, ao som da voz da Sara Tavares, em seu cd Balancê, essa caboverdiana de voz bonita, que tem o coração no mundo, escrevo e conto sobre o ontem, que era prá ser o hoje de ontem.



We can open up the windows of our soul and face the wind with a smile.

Give me Bom Feeling!


Quinta-feira é dia de sair cedo prá Abraço, passar no café da ordem, tomar o pequeno-almoço, comprar a VISÃO na banca da papelaria ao lado, atravessar a rua, ir de metro até a Praça de Espanha, depois andar um pouco, a recolher os jornais do dia. No relvado da avenida, cortado noutro dia bem rentinho, agora há florezinhas miúdas, margaridinhas brancas, amarelas e uma outra flor rosada, muito bonitinha. O cheiro da manhã é bom. O sol deixa tudo mais bonito e as pessoas parecem mais felizes.
Na guitarra gigante da VODAFONE, instalada ali na Praça de Espanha diz, em letras digitais, que faltam 57 dias para o Rock in Rio Lisboa 08 http://rockinriolisboa08.blogs.sapo.pt/




Chego à Abraço atravessando a Praça do bairro (mercado público). A algazarra da praça é algo que me deixa animada prá começar o dia melhor ainda. Tudo muito organizado, as pessoas muito falantes, as frutas todas arrumadinhas, botando colorido nas bancas. O cheirinho de café também é gostoso e as pessoas parecem faceiras. Tá certo que também há um cheirinho de peixe, mas até isso é bom.
É curioso. Noutro dia encontrei uma colega na subida a avenida e fomos conversando pelo caminho. Quando chegamos perto, ela me falou que gostava de atravessar pela praça, porque tem um gosto especial em fazer isso. Ri, porque também sou assim. Aqui isso é uma espécie de ritual. As pessoas gostam de ir às praças.
Em algumas cidades do Brasil também. Lembro de Floripa, Pelotas, Rio Grande, Porto Alegre. Agora me dou conta de que pelo menos essas têm uma forte influência portuguesa nos seus costumes. Mas também, em algumas como em Pelotas, que foi onde morei na adolescência, havia aquela conotação do "around market", que se pronunciava "araund merquê", erradamente. Mas era assim. Porque na volta do mercado havia muita prostituição. E haviam os famosos gays. E isso era mesmo pejorativo, à altura. As mocinhas de família eram praticamente proibidas de passar sequer perto.
Hipocrisia, sim...mas era a cultura (ou a falta dela) daquele tempo.
Um dia ainda falo sobre Pelotas mais detalhadamente.
Apesar de tudo, gosto demais da cidade onde nasci. Isso também é verdade. Mas há coisas que me davam e ainda dão nos nervos.

Como chego um pouco antes das 9hs na Abraço, dá tempo de dar uma olhadela nos jornais e na revista. Nesta semana a VISÃO estampa uma entrevista com o neto do Belmiro Azevedo, patriarca da rede SONAE em Portugal e em alguns outros países, o Tomás.
Pois olha, esse guri de 18 anos, digam o que disserem, dá um banho. Gostei de ver.

O pessoal da Abraço, como já disse antes, é uma simpatia. Desde a recepção, passando pelo pessoal da limpeza, é bons dias e sorrisos a recolher. Energia boa e necessária, porque afinal, algum tipo de luta todos temos que travar, resta ver como é que fazemos isso. Eu prefiro fazer com alegria. E eles ali, ao que parece, também. Por isso gosto da Abraço e das pessoas.

Os meus colegas do marketing também são uns queridos, o Jota e a Verinha. A gente trabalha em sintonia de tudo. E aprendo muito com eles.
A Margarida, nem preciso dizer, é uma lenda. E esbanja energia.

Especialmente hoje (quinta, sim), não aproveito a boléia do Arsénio prá casa, na saída. Eles têm lá na empresa um grupo que joga no totoloto o ano todo. Vão ganhando uns trocos aqui e ali, nada que dê prá ficar rico, mas quando chega a um determinado valor, vão todos ao petisco juntos. E hoje é esse dia.
Assim que posso escolher o que fazer. Não sei se vou ao cinema, se dou uma caminhada, se vou à casa de uma amiga. Fico sem muita vontade de decidir. Acabo por ir ao Vasco da Gama ver o horário da sessão do filme aquele com o Jack Nicholson e o Morgan Freeman. Nunca é tarde demais.Tá bem divulgado e gosto muito dos dois.
Mas só tem sessão às 17:45 e o sol lá fora convida a um passeio. Como tenho a câmera na mochila, resolvo andar à beira do Tejo, até Sacavém. É hora de testar os filtros que o Arsénio me deu.
Bela caminhada. Rende-me algumas fotos muito boas e o descargo de consciência depois de toda aquela comilança de ontem (quarta-feira).
Em casa, transfiro as fotos pro PC, falo com amigos no msn, depois com a Carol, leio os blogs, olho o orkut, tomo um banho refrescante (o calor tá começando por aqui) e como algo.
A mãe liga e falamos um tempão. Ela me conta muitas novidades, inclusive da ida do nosso ilustre presidente Lula a Rio Grande e os progressos que se vislumbram por lá, por conta da plataforma 53, o Dique Seco, a vinda da Plataforma 17, fazendo do Porto de Rio Grande um dos Polos Navais de extrema importância na América do Sul, e de outros investimentos na região. A mãe é uma pessoa incrivelmente positiva prá essas e muitas outras coisas. E entusiasmada. Acaba passando prá gente e faz bem. Contou-me tudo isso com a emoção de uma adolescente.
Grande figura!

O Arsénio chega cedo do petisco. Até achei que iam demorar-se mais, já que havia jogo do Sporting e iam ver juntos. Tem mais graça, né... eles adoram comentar o jogo...rssssss
Mas não. Mal acabou o jogo, tava em casa.
E tinha uma notícia boa, que andava me adiando o dia todo, porque tem essa mania de que sou muito curiosa, como a grande maioria das mulheres, senão todas, e se diverte com isso.
Afinal, vamos entrar na vida do autocaravanismo com uma semana de antecedência. É hora de se preparar, portanto.
Uau!
Estou curiosa e bem ansiosa.
Mas sobre isso conto depois.

Bom, gente, depois foi mesmo dormir.
Se sonhei?
Sim, quase sempre sonho. Mas não sei desemaranhar prá contar aqui.
Prometido e cumprido, vamos à sexta-feira.
Bom Feeling...yeh...yeh..