domingo, maio 22, 2011

Projeto MAIS MERCADO - Campo de Ourique


Numa iniciativa elogiável da Câmara Municipal de Lisboa, através da Divisão de Gestão de Mercados e Lojas, o Mercado do Campo do Ourique oferece uma opção diferente aos moradores do bairro e a quem quiser dar só uma olhada ou fazer boas compras, ou ainda as duas coisas.
Aos sábados acontece o Projeto Mais Mercado.
E a cada sábado abrem espaço a uma atividade diferente, além, é claro, do funcionamento normal das bancas tradicionais do mercado.
Há Artesanato, Velharias, Livros e Solidariedade.
É uma tentativa interessante de resgatar a tradição e incrementar as vendas. Dar vida a estes espaços que estão de certa forma abandonados, depois do advento das grandes superfícies, os hipermercados. Dão oportunidade às instituições de se fazerem conhecer, de terem alguma renda com a venda de produtos ou artesanato e acaba por trazer mais gente para circular naquele espaço.
No sábado último, 21, tive a oportunidade de estar na banca da Abraço, no dia da Solidariedade, junto com os meus colegas Milton e Vítor. Também lá estiveram várias outras instituições, como a Raríssimas, a Ajuda de Mãe, a Associação de Doentes com Lúpus, a Associação Salvador, a Associação SOL, a Associação Juntos ao Luar e a Pirilampo Mágico. Foi uma manhã agradável e cheia de sentido. Estar junto do público que frequenta aquele mercado, das pessoas do bairro, dos feirantes, divulgar o nosso trabalho e fazer novas amizades, tudo é gratificante. Para além disso, há uma oportunidade de troca de experiências com os colegas das outras associações, o que acaba por criar um clima de entendimento e cooperação.
Adorei!
O Mercado do Campo de Ourique é bonito. Grande, bem iluminado, com uma boa distribuição de espaços e variedade de produtos.
Tenho uma predileção por mercados públicos desde pequena. Um tipo qualquer de fascínio por aquele mundo colorido e repleto de cheiros, gentes e barulhos. Não há uma cidade que eu visite que não tente achar um desses mercados - as famosas praças, por aqui - prá dar uma bela volta, olhar os peixes, as frutas, as verduras, as flores, o jeito das pessoas, a azáfama, as falas. Adoro fotografar isso tudo. Dá fotos lindas. E adoro conversar com eles, saber coisas.





Movimento desde cedo.

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Lindas demais.

Flores e mais flores.


Assim é que gosto de vê-las.

Peixinho fresco.

E a dona Lucília, uma simpatia, anunciando as suas sardinhas.

Os tradicionais manjericos, prontos para as Festas dos Santos Populares, em junho.


O Igor, que me contou muitas histórias e acabou por ficar meu amigo. Neto da senhora da floricultura.


Vítor, eu e Milton - Banca da ABRAÇO




Noutro dia, na aula de inglês, falávamos sobre estes mercados de rua, os mercados públicos, muitos deles ao ar livre. Era a lição de uma das unidades. E toda a gente concorda.

É verdade, comprar nestes lugares é tão mais gostoso. Sentir os cheiros, ter os produtos frescos à disposição, a maioria colhidos de manhãzinha; ter este contato bacana com as pessoas que ali trabalham e que são sempre as mesmas, por quem somos tratados como fregueses assíduos e conhecidos de longa data. Não lembra nem de longe estar em um supermercado onde tudo é extremamente impessoal. Na feira, o dono da banca nos dá o fruto à prova, conversa com a gente, nos chama pelo nosso nome, e a gente sabe o nome dele; fazemos amizades ali, não somos apenas números.


Acho que esta idéia é boa demais e deveria ser estendida a todos os mercados públicos de todos os lugares.

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