sábado, maio 14, 2011

Noite...

Às vezes tenho vontade de varar a noite a fazer qualquer coisa que não seja dormir. É quando devoro livros, assisto a filmes, deito na rede, olho a rua e penso. Penso muito. Penso sempre.
Faz calor em Lisboa. Ainda não me apetece dormir.
Acabei de assistir ao filme sobre Annie Leibovitz, fotógrafa americana que fotografou muitos anos para a revista Rolling Stone e prá Vanity Fair e, por cujo trabalho tenho grande admiração. Deve ter fotografado a maioria dos artistas e celebridades mundiais e é conhecida pelo seu talento e criatividade.
"A vida através das lentes".
Interessante o enfoque do filme. Não chega a ser um documentário, ela apresenta o seu trabalho. A direção é da irmã Bárbara Leibovitz.

O livro que vem a seguir é O Velho Expresso da Patagônia, de Paul Theroux.
Dentro da idéia de viajar sem motivo, só pelo espírito da aventura, ele fez a descida do continente americano, que culminou com o percurso no velho expresso da Patagônia, saindo de Boston, à hora de ponta, até a South Station e depois, no comboio Lake Shore. O resultado é uma obra prima da literatura de viagens, segundo a crítica. Vou a caminho. Comecei a ler há alguns dias. E o que mais gosto nele é que não se volta a descrições turísticas. É uma narrativa bacana, sob uma perspectiva intimista. Turismo é outra coisa, diversa de viajar.
Curioso o nome da Editora: Quetzal. E faz referência a uma ave da América Central, que morre quando privada de liberdade; raíz e origem de quetzalcoatl (serpente emplumada com penas de quetzal), divindade dos Toltecas cuja alma, segundo reza a lenda, teria subido ao céu sob a forma de Estrela da Manhã. Afinal, há aqui uma ave que se parece comigo...ou eu pareço com ela.

São quase três da manhã em Portugal.
Fico por aqui, envolvida nesta viagem.
E depois durmo, sob protesto.

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