terça-feira, abril 26, 2011

P Á S C O A

E a Páscoa passou sem mais delongas.
Não enviei mensagens, recebi algumas de amigos muito queridos, a quem ainda não agradeci - só li depois de chegar em Lisboa, ontem - liguei e falei com os meus filhotes (à exceção da Raquel, que tem sempre o telefone desligado, mas prá quem mandei muitos beijos pela Carol e pelo Rodrigo).
E era isso.
Não sei se é altura de me perguntar se ando ficando meio insensível ou se passei a dar valor àquilo que realmente tem. Sinal dos tempos? Sinal de mim? Ou nada disso?
Não comprei nenhum chocolate, também não ganhei nenhum, não presenteei ninguém e não me importei de maneira alguma com isso.
A minha irmã Mara me falou um dia que eu estava ficando estranha, que tinha assimilado a cultura européia. Acho que não. Em todo o caso, comecei a prestar mais atenção ao que venho sentindo, que é prá ver se não me desvio da minha essência que, segundo ela e mais alguns, é de manteiga derretida.
A bem da verdade, tenho sentido imensa saudade do meu país, do meu estado e da minha gente, sob os mais diversos aspectos. E põe aspecto nisso! Mas acho que não está aí especificamente a Páscoa.
Outra verdade, mas que nem por isso me redime (se culpada for), é que andei viajando nestes dias e fiquei complemente sem acesso à internet, embora tenha levado o modem da Vodafone comigo. E o aparelho que temos para carregar baterias de telefone e outros trecos mais deve ser um aparelho da treta, não carregou nada. Assim foi que fiquei praticamente incomunicável, salvo raras exceções, no caso de ligar aos filhos. E quando consegui carregar, graças à amabilidade de uns companheiros de uma outra autocaravana, não havia rede prá ninguém.
Assim é que, embrenhada nas montanhas da Beira Baixa, estive off a maior parte do tempo. Mas cheia de saudade, isso também é verdade. O que continua nada tendo a ver com Páscoa, sinto saudade em tempo integral.

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