quarta-feira, março 18, 2009

Meu pai.

Se ele ainda estivesse entre nós, fisicamente, estaria hoje completando oitenta e oito anos. Mas Deus quis levá-lo prá junto de si e nós ficamos aqui com a saudade e a lembrança, praticamente todos os dias da nossa vida.
Hoje de manhã, no ônibus, quando ia para o trabalho, pensava no quanto é doído saber que nunca mais vamos ver as pessoas mais queridas da nossa vida, depois de elas terem vivido tão intensamente e terem feito tanta diferença para nós. Fica uma lacuna muito grande quando nos deixam.
É uma ferida que nunca fecha.
A gente se conforma, de alguma maneira, mas não entende...
Esforçamo-nos, mas nunca vamos entender.

Saudade, pai.
Vontade de uma conversa amiga, de umas risadas e de ouvir as suas músicas.

Quando penso nisso e vejo o quanto somos efêmeros, vêm-me à mente aquelas pessoas que vivem como se o fossem fazê-lo para sempre, pela eternidade. Acham-se donos da verdade, julgam toda a gente, são preconceituosos, apontam o dedo a todo o momento, culpam, desdenham, fazem pouco...tão senhores de tudo e tão desprovidos de realidade.
De vez em quando, pelo menos uma vez ou outra, deviam pensar que somos todos iguais e que teremos todos o mesmo destino, invariavelmente, de uma forma ou de outra.

Essa sim, parece-me uma verdade inevitável.

E, sendo assim, parece-me que a única preocupação deveria ser a de ficar no coração das pessoas a quem amamos e que nos amam, pelo nosso melhor. Assim, de uma forma natural e simples. Além de muito verdadeira.

É isso, pai.
É assim que lembro de ti.
Amoroso, amigo e, acima de tudo, simples.
E é essa a minha saudade.
Que estejas em paz.

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