quinta-feira, novembro 25, 2010

With Love, from me...to me. Brilhante idéia!


A jornalista irlandesa Miriam O´Callaghan é uma figura interessante.
Estudante de Direito pela UCD, foi uma menina tímida, triste e solitária na adolescência. Formou-se e fez uma especialização em Leis Européias.
Hoje tem um programa de entrevistas em uma rádio aqui em Dublin e apresenta outro na TV, onde comenta assuntos atuais e também política, mas de forma simples, como para chegar ao grande público.
E tem oito filhos.
É considerada uma mulher de sucesso. Uma Marília Gabriela irlandesa.

E teve recentemente uma idéia genial.

Fez uma pergunta a cinquenta e nove celebridades irlandesas, como artistas, apresentadores de tv, homens de negócios, desportistas, escritores, músicos, modelos e outras estrelas, e pediu que respondessem em forma de carta, endereçadas a eles próprios, como se estivessem falando consigo mesmos, aos dezesseis anos.
- O que você diria para si mesmo, se encontrasse aquela pessoa hoje?
São sessenta cartas, incluindo a da autora.
Há também uma menina de dezesseis anos que escreve a si mesma, projetando-se no futuro.
O resultado está neste pequeno livro, editado por Joseph Galliano.
Muitas das cartas foram impressas manuscritas e há fotos de todos os autores, na adolescência ou atuais, algumas com adesivos de bonequinhos,coraçõezinhos, rabiscos e desenhos. Aquelas coisas clássicas que se faz quando se tem dezesseis anos.
Original, fascinante, surpreeendente, emocionado e divertido, mas sobretudo escrito com o coração.
E não fica nisso.
Toda a renda obtida com a venda do livro reverterá para uma causa super importante: a Irish Youth Foundation, que trabalha com jovens adolescentes que não tiveram as mesmas oportunidades, tentando promover a educação e mantê-los longe das drogas e de situações de risco. Também apoia jovens com necessidades especiais.
E a pergunta refere os dezesseis anos por ser a faixa etária que aqui demarca, de certa forma, o fim da adolescência.

Fiquei encantada.
Uma campanha que não é de simplesmente pedir donativos, sobretudo apropriada para os dias atuais em todo o mundo, onde a crise parece ser a causa e, de certa forma, a justificativa para não fazê-lo. E as fundações, associações, ONGs e tantas outras instituições, tendo que fazer o trabalho que os governantes deveriam fazer (e muitas vezes não conseguem) precisam contar cada vez mais com o mínimo de ajuda que cada um de nós puder dar, pelo mundo afora.

O livro custa em torno de 16 euros.

Quem me falou nele foi a Rê, que a conhece pessoalmente, de encontrá-la nos eventos onde trabalha.
Curiosa ao extremo, tive que ir atrás do livro.

Realmente, uma idéia das boas e por uma excelente causa. Tomara que o livro venda como água!

2 comentários:

Renata disse...

Fica a curiosidade...
O que a Heloisa de agora diria para a Heloisa de 16 anos de idade? hehehe
As ultimas paginas do livro sao dedicadas para que façamos esse exercicio. Eu ainda na tive coragem e tempo para escrever para mim mesma aos 16 anos, mas certamente farei.
Beijos grande Helô!
Saudades...

helo flores disse...

Também eu. E devo ter muita coisa prá falar. Vamos lá ver...Prometo que te mostro, quando escrever.
Beijinhos.
Se cuidem.
Saudade também. Muita.