quinta-feira, outubro 22, 2009

22º Festival da Música Crioula de Santiago


Emerson Martins, em Procura.


A minha canção preferida, Cemitério dos Cativos, por Jean Kirchoff.

A vencedora, Inventário, defendida por Nilton Ferreira.


Emerson Martins, uma grata surpresa.

Foi uma alegria poder assistir a mais um desses eventos que marcaram a minha vida naquela cidade.
Adorei.
Não vou aqui fazer uma análise, que até nem sou uma expert no assunto.
Apenas gosto.
Da função, de ver desfilarem as músicas, ver o que há de novo, o crescimento musical dos artistas, de rever amigos.
Durante muitos anos participei da organização desse festival. E até apresentei alguns, na companhia do meu grande amigo Carlos Alvim de Oliveira.
Momentos bons de lembrar sempre.

Achei que foi boa a escolha da vencedora, Inventário, afinal uma letra de Rodrigo Bauer e Juca Moraes é sempre algo em que se pensar. Mas confesso que a minha torcida toda era para Cemitério dos Cativos, de Carlos Omar Vilella Gomes, Luis Fernando Gastaldo, Piero Ereno, Diogo Matos e Jean Kirchoff, defendida de forma brilhante pelo Jean Kirchoff e que acabou ganhando o Segundo Lugar e os prêmios de Melhor Pesquisa, Melhor Arranjo e Melhor Grupo Instrumental.
Chamaram-me a atenção também Procura, defendida por Emerson Martins (Melhor Melodia) Duas Taipas, do Adão Quevedo e do Robledo Martins, cantada pelo Robledo (Troféu Revelação) e "De Bois e Arados", de Flávio Saldanha e Sabani Felipe de Souza (Melhor Composição Campeira).

E como não poderia deixar de ser, vou manifestar aqui a minha impressão sobre o local e forma de realização do evento.
Gosto de ouvir a música, de ver os detalhes da apresentação, de perceber cada instrumento dentro do contexto. É um momento único.
Em um ambiente de barulho, de frio e destinado aos mais variados interesses, torna-se bastante difícil concentrar-se no palco.
Sendo bem saudosista, festivais como os que aconteciam no Cine Neno, never more. Mas também não vamos a tanto. Sei das dificuldades de quem organiza um evento desses.
Só acho que deveria acontecer em um lugar mais abrigado, com melhor acústica e mais conforto para quem vai assistir.
É uma questão de respeito com os artistas e com o público apreciador de festivais.
O Festival da Música Crioula de Santiago tem um nome forte no cenário da música nativista gaúcha, precisa continuar acontecendo.
Além do mais, tem um público mais do que definido, vai quem realmente gosta.
Faça-se, portanto, do tamanho deste público.
Festival e Feira não combinam. Perde-se qualidade e a essência do Festival.
Otimize-se a Feira, mude-se o foco que, para além de Mostra, deve ser de negócios.
É apenas uma impressão, não uma crítica.
Sempre fui de participar na organização dos eventos, não aprecio a crítica pela crítica. É preciso que mais pessoas se engagem, trabalhem e tragam novas idéias.
E sobretudo, ousem.

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