Realmente, se bem me lembro, não sinto tanto calor assim em dias de verão como nestes últimos tempos. Portugal inteiro está em brasas. Literalmente, além do calor que faz ao natural, há malucos a colocar fogo em matas, campos e o que der na telha. Anda tudo a arder e os bombeiros, mais o exército, a tentar dar conta dos fogos.
Há cidades aqui com mais de 45 graus.
Aliás, a Europa toda está muito quente.
Achei que Santa Maria era o lugar mais quente e abafado do mundo, no verão.
Mas isto aqui é algo insuportável.
Sei lá como é o sertão do nordeste, que nunca fui lá.
Mas aqui há dias em que não se mexe uma folhinha e a gente só tem vontade de ficar mergulhado dentro de uma banheira de água gelada, só com os olhos de fora e olhem lá.
Não dá mesmo vontade de fazer nada.
Na Amareleja, que fica no baixo Alentejo, para os lados de Beja e é a terra dos meus sogros, a temperatura medida a vinte centímetros da relva, à sombra, o termômetro marca algo em torno de 41 graus. A sensação térmica joga este valor ainda mais prá cima. E no dia 15 de agosto é o auge da Festa de Santa Maria. A dona Graciete e o seu Manuel estão indo amanhã prá lá.
Jura que eu vou...já tô lá.
Sei que de uma certa feita, por ocasião da tal festa, acabaram com toda a cerveja da cidade. Só sobrou sucos e água. Mas o pessoal nem tchum...passaram logo pro vinho e bora lá que a festa continua.
Êta povo valente!
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