Tempo prá não esquecer, nestes últimos dias.
Estar com os filhos, a família, os amigos, fazendo tudo aquilo que nos faz mais felizes: viver a pleno, a emoção sempre à flor da pele.
Não tem preço.
Uma parte da família vive em Rio Grande e no Cassino. Betina, Augusto, Rafa, Zeca, Sérgio, a minha mãe Helena. Cada vinda é uma festa especial. Difícil sair. Despedidas são sempre doídas.
Passar com os filhos e netos as férias deles (que eu ando praticamente em férias em tempo integral), voltar a Floripa, retomar a casa que tem a nossa cara, depois de três anos alugada, e tentar deixar do jeito que era uma vez. A parceria da gurizada, a alegria dos netos, música, música, conversas intermináveis e muita risada. Momentos prá não esquecer. Rodrigo, Daiane, Carol, Lucas, Raquel, Dionathan, Mireski, Luísa, Francisco, Yasmin, Eda, Elias, Marcelo, a prima Raquel, o Vítor e a Cecília , grandes momentos passados. Fizemos com arte o nosso carnaval. E a praia como sempre, grandiosa, na nossa Barra da Lagoa.
Em Santiago, encontrar os amigos, viver o dia-a-dia, cantar na Gaúcha com os guris (Dionathan e Mireski), ver pessoas que há muito não via, reviver raízes esquecidas. Lembrar das músicas gaúchas, curtir uma música latina e se emocionar com ela.
Tão bom.
Passar umas horas de reviver velhos tempos (nem tão velhos assim)com o Rica Freire e a Ângela, em Santa Maria, gravar com o Marcelinho Schmidt, parceria boa com o Daniel Retamozo.
Cantar, cantar, cantar. Como gosto de cantar.
Há tanto a encher de emoção a nossa vida.
Há tanta poesia em tudo.
Depois aqui, já quase a atravessar esse marzão que agora olho, saboreando a serenidade baiana que cheira a coqueiros, pele morena, acarajés e gente feliz. Estar com o meu irmão pássaro e a minha amiga Marly, sentir esta paz tão boa.
Não demora volto a Lisboa. A noite toda vai ser de voar sobre o mar, levando saudades de todas as cores, vozes, cheiros, gostos e tons.
Não há como negar, amo o meu país.
E amo demais as pessoas que vivem nele.
Estar longe é como não se estar inteiro.
A despedida é sempre doída, é verdade.
Cada vez mais.