domingo, janeiro 25, 2009

Meu irmão Ricardo

Na minha memória de infância, sempre foste a festa.
As artes, as invenções e as cenas engraçadas.
Criatividade de sobra, a tirar da realidade a forma de driblar os momentos menos favoráveis.
A vida encarada de frente, de lado e de costas, em trezentos e sessenta graus, sem deixar escapar qualquer detalhe.
Acabava por ser uma honra e um acontecimento jogar de goleira no teu time, nas tardes ensolaradas da nossa criancice.


Menino inteligente, risonho e espirituoso.
Pai amoroso, amigo dos irmãos e filho carinhoso.
Um batalhador, vencedor da vida, foi buscando o mundo para além das fronteiras possíveis.
Amigo dos seus amigos, fiel, verdadeiro e dono de um coração de manteiga.
Assim é meu mano Ricardo, menino de asas, a cabeça sempre nos céus do mundo, a voar...voar.




E a mostrar o caminho do infinito, com paciência e cuidado.
O céu por limite.
E os desafios como jeito de viver.



Parceirão de caminhadas e conversas intermináveis, da prática de esportes radicais, das piadas engraçadas e do jeito brincalhão de ser, fazendo com que as pessoas gostem tanto de estar perto de ti.
Fico tão feliz de te ver assim, recuperado da tua queda, depois de tantos meses de sufoco com aquele colete incômodo, que te tolhia os movimentos e te judiava tanto.
Tão feliz por ver que estás aproveitando a vida como deve ser, passeando com os teus filhos, viajando, conhecendo lugares bonitos, fazendo amigos novos, voltando ao trabalho de que tanto gostas e vendo, curtindo muito mais as pessoas que amas, com mais freqüência, como sempre quiseste e nem sempre podias.
E também, acredita, por te saber a voar de novo, agora com o cuidado devido, até porque agora sabes o quanto custa estar sem poder bater asas.

A gente, aos poucos, vai se organizando prá poder levar a vida como tem que ser, mais equilibrada e mais leve. É muito bom ver que atingiste este ponto e que isso te faz ver a própria vida com mais calma e sabedoria.




Há tanta coisa linda neste mundão e estão todas à nossa espera.
Precisamos ter olhos e vontade prá elas. E precisamos nos aventurar por caminhos novos.

Gestos simples, com cheiro e gosto de infância, que nos fazem tanto bem.
A vida com toda a sua simplicidade, ensinando-nos os caminhos bons de percorrer...

A leveza da liberdade e a alegria de nos sabermos inteiros e capazes.
Levarmos tudo o que precisamos dentro de uma simples mochila e seguirmos os melhores impulsos.

Olhar o mundo com os olhos de ver verdadeiramente, tirando dele o aprendizado que nos conduz à plenitude. Coisas que realmente valem uma vida.

Conviver com os amigos verdadeiros, que sempre vão estar de braços e coração aberto para um abraço, seja na hora em que for, de dia ou de noite, em qualquer tempo. E que a gente possa simplesmente ser, sem nenhuma máscara ou maquiagem. E que as pessoas que nos amam possam ver-nos assim...

E que a gente possa sempre brincar de ser criança, de ser alegre, de ser simples e de ser uma pessoa feliz neste mundo, com a vida que nos foi dada prá coisas que valham a pena.
Que a gente possa fazer diferença sempre, vivendo, aprendendo, ensinando, amando incondicionalmente e crescendo a cada passo.
Que continues a gostar de relógios, de óculos, do mar, do céu e de levar cachos de bananas nos bolsos quando vais voar, prá poder aproveitar mais tempo lá em cima, olhando o mundo de um ângulo diferente e te sentindo um pássaro, ao sabor do vento, mas de vôo controlado pela tua vontade.
Seja o que for que tiveres em mente, sei que serão vôos surpreendentes, porque é do teu feitio estar sempre se renovando, crescendo e buscando horizontes mais bonitos, a cara dos teus sonhos, que é outra característica tua, ser um sonhador, um idealista.
Quem sabe a Arrábida...tua mais recente paixão.
Hoje é o dia do teu aniversário e queremos que recebas todo o carinho que fores capaz, porque te amamos muito e sempre.
Feliz aniversário, meu irmão querido.
Que sejas sempre, sempre, muito feliz.
E não esquece, sempre que precisares, podes ter a certeza, estarei sempre aqui prá um colo ou uma palavra ou simplesmente prá ficar em silêncio, ou caminhar lado a lado.
Beijo carinhoso.

Aniversários


No mês de janeiro há mesmo muitas pessoas queridas de aniversário.
A prima Bela, o primo Marconi, o Júnior e o Guilherme, filhos deles.
Dia 20 o tio Augusto e a Zinha, mãe da Renatinha, minha nora, e uma grande amiga. No dia 22 a minha irmã Betina, de quem falei na quinta passada.
Hoje, dia 25, é o Ricardo, meu mano passarinho, que adora andar pelos ares, a desafiar as alturas.
Ano passado escaparam alguns, sem que eu tenha conseguido fazer a homenagem, mas para 2009 quero ver se todos recebem aqui no blog a sua mensagem.

Olha, achei a idéia super interessante!

Já não era sem tempo.
Acho que em todos os lugares do mundo deveriam ter uma campanha dessas.
Parabéns!


quinta-feira, janeiro 22, 2009

Para a minha irmã BETINA


A lembrança que tenho dela, de pequena, é a de uma boneca loira, cabelos em cachos, vestida com um casaquinho redingote vermelho e umas botinhas da mesma cor, segurando outra boneca nas mãos. Naquele tempo ainda não tínhamos as fotos coloridas, mas a minha memória tem todas as cores.
Muito loirinha, muito mimosa e os cachinhos descendo pelas costas.
Um dia sujou-se toda até os cabelos e a mãe teve que cortar. Choramos todos ao ver os cachinhos no chão. Pareciam de um anjo.
Mas não ficou menos bonita por isso.


A quinta dos filhos, a terceira das meninas. Antes éramos eu e a Mara e os guris, Ricardo e Zeca.

Depois dela vieram o Sérgio e o Maurício.
Nasceu em Cachoeira do Sul e cresceu como todos nós, na granja prá onde nos mudamos quando ainda era pequenina, em Domingos Petrolini. Gastava o seu tempo brincando livre pelo campo, subindo em árvores, ajudando na horta da família depois da escola, fazendo comidinhas de boneca, brincando de casinha e de circo, defendendo os amigos, quando os achava injustiçados.
Históricas amizades. Detalhes que a gente não esquece.
Os filhos da dona Jorgina eram protegidos com unhas e dentes. A Eva é a de quem mais lembro. Depois de moça e de já ter casado uma primeira vez com o Graciolino, largou tudo prá ficar com o com o primo, filho da dona Deolinda e do seu Chico, selando uma paixão que ninguém conseguiu controlar e que já vinha desde pequena. Uma história que podia dar um conto ou até um livro. Por ela e pelos irmãos pequenos dela a Betina saltava às orelhas, cabelos e o que fosse preciso, para mantê-los a salvo contra qualquer discriminação, que à época era ainda muito mais acentuada, por serem negros e por serem pobres. Viviam numa casinha muito pequenininha, perto da nossa, e de onde a gente saía sempre com cheiro da fumaça do fogão à lenha, que funcionava o dia inteiro. Não deve ter sido uma nem duas vezes que foram fazer queixa à nossa mãe ou avisar que a Betina estava lá batendo até na sombra, em defesa dos seus protegidos. E ninguém entendia como conseguia dar conta, era franzina, magricela, mas uma leoa.
Um dia, não se sabe por que cargas d´água, brigaram feio, de não se falar. Mas não deve ter demorado muito prá fazerem as pazes, o coração muito bom não lhe deixava e ainda hoje não deixa espaço para mágoas.
Coincidência ou não, a minha melhor amiga a partir de uma certa idade e por toda a adolescência foi também uma menina negra. A Izoleiza. Hoje em dia não sei o que foi feito dela, mas tenho muita saudade daquele tempo. Sei que casou, que teve filhos e que morava lá pros lados do Herval, perto de Arroio Grande.
Graças a Deus nossos pais nos deram uma educação que passava a léguas dessas barbaridades de diferenças entre as pessoas, fosse do que fosse. Adorávamos estar com eles.
Depois veio o tempo de estudar em Pelotas, os namoricos no ônibus, os bailarecos, até que apareceu o Augusto.
Ficou comigo, em Pelotas, quando o Rodrigo nasceu e eu e o Chico fazíamos faculdade. Foi uma mãezona prá ele e até hoje têm uma grande afinidade, os dois. Empanturrava o moço de chá, esperando pelos meus intervalos das aulas lá na Faculdade Católica, prá que eu pudesse amamentá-lo e acabar com o berreiro. Ainda era solteira, podia querer ir fazer festa, passear, mas preferia ser parceira, estar ao lado, prá o que desse e viesse. Isso não tem preço.
Hoje recebe o Rodrigão e a família dele em sua casa, onde trata com o mesmo carinho a Luísa e o Francisco, os bebês do bebê que ela ajudou a criar.


Do que me lembro, a Betina não foi muito namoradeira. Aliás, foi muito pouco ou nada. A mais sossegadinha de nós as três. O Augusto deve ter sido o primeiro namorado à sério.
E com ele casou, fez noutro dia vinte e cinco anos.
Bodas de Prata, comemoradas em estilo.


Quando a Carol nasceu, ganhou uma afilhada, por quem demonstra um cuidado e um carinho extremados, como se filha dela fosse. E a recíproca é verdadeira, a Carol adora a madrinha e tem uma grande admiração por ela. São amigas e parceiras.



Quando teve o Thiago era ainda uma menininha. Mas que grande mulher e mãe é esta guria.
Dona de uma fibra e de um caráter extraordinários, é mulher de personalidade forte, decidida, atuante, inteligente e doce. E ainda vira uma leoa, quando é preciso defender os seus.
Sempre fomos muito unidas. Amigas de verdade, muito além de sermos irmãs. Temos um jeito parecido de ver as coisas, combinamos em muita coisa. Gosto de ouvir o que ela tem prá dizer. É uma pessoa sensata, equilibrada, madura. Uma pessoa em quem a gente confia cegamente e sabe que sempre poderá contar. E super divertida, com um senso de humor apurado e bom. É tão gostoso quando a gente se junta, porque a risada é garantida.
Fui muitas vezes cuidada por ela, quando estive doente, quando me acidentei, quando passei por momentos difíceis. Largava tudo e ia prá perto de mim, sem querer saber de mais nada.



Espirituosa, consegue fazer piada dos infortúnios e lidar com as situações mais complicadas, mantendo uma calma invejável.
Adora a praia, a vida, o sol, longas caminhadas diárias, conversar com as amigas, dançar, andar de bicicleta e fazer uma boa piadinha de tudo.
Tenho uma grande admiração por esta boneca crescida.
É uma mulher batalhadora, guerreira, com um enorme senso de justiça e com valores bonitos, que passou aos filhos, Thiago e Rafael.
E me deu de presente um lindo afilhado. Na verdade, dois. O Rafa, quando pequeno, não se conformava de ser só o Thiago a ter-me como dinda. E nomeou-se afilhado também. Ganhei eu, que adoro aqueles dois, assim como ao André, filho do Zeca, que também ganhei de presente.

Então a nossa irmãzinha caçula formou-se em Geografia e foi dar aulas. Grande professora, amiga dos alunos e formadora de opinião. Difícil não se apaixonar por ela.
Depois fez uma pós em Pelotas, na busca de se aperfeiçoar como profissional e como pessoa.
Hoje é diretora de uma escola em Rio Grande, para onde foi levada mais de uma vez, pelo merecimento de ter feito um excelente trabalho.
É uma profissional respeitada e reconhecida no meio educacional.
Uma pessoa que faz grande diferença no mundo.
Um ser de eleição, por quem é impossível não se tomar de amores e de uma grande amizade.
Assim é a nossa irmã Betina, que ficou sendo Betina, independente de ser Márcia Regina, desde bem pequena, quando ainda era uma bonequinha loira de cabelos dourados e cacheados.

Minha irmã, tem um grande dia, aproveita bastante junto de todas as pessoas que amas.
Que a tua vida seja uma sucessão de momentos lindos e perfeitos, do jeito que sonhas, porque se há uma pessoa no mundo que merece ser muito feliz, és tu. Que teus filhos te dêem muitas alegrias e que sejas sempre muito feliz com esta tua família linda e sorridente.
Te adoro! Obrigada por tudo! Conta comigo!
Um beijo cheio de carinho e que Deus te proteja sempre.
FELIZ ANIVERSÁRIO!
Da tua irmã que sempre será tua maior fã.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Outra de camionetas...

Estou no ônibus, cedo da manhã, linha 31, que vai prá Damaia e, no caminho, me deixa a uma quadra e meia da Abraço. O ônibus pára na segunda parada de Moscavide.
Releio a Sábado da semana, depois de ter me abancado num daqueles assentos individuais, há uma parada atrás. São quarenta e cinco minutos até o destino, dá prá relaxar.

As pessoas vão entrando rapidamente, todas apressadas e parecendo atrasadas. Vêm sérias e de alguma forma ocupadas com as suas coisas.
A motorista que conduz o ônibus (é uma mulher) arranca e logo pára na esquina da avenida, esperando a vez prá entrar, depois de ter fechado as portas do coletivo.
Ouço uma batida forte no vidro da frente.
Assusto-me e deixo de lado a revista, tentando perceber o que acontece lá fora.
Mais batidas no vidro, desta vez mais fortes, como se alguém estivesse a socar o veículo, na tentativa de fazê-lo parar, provavelmente para entrar. Socar não é bem o termo, melhor seria dizer esmurrar.
Olho prá fora e vejo uma moça de uns vinte e tal anos, bem arranjada, com ar intelectual. É ela. Bate insistentemente, como se não fosse desistir.

- Abre!
A motorista grita, diz que não abre.
Ela grita ainda mais forte e exige que a porta seja aberta.
A motorista se irrita, tenta arrancar, repetindo que não abre a porta. A moça se agarra ao veículo, como quem tenta impedir que ande, de braços abertos e olhar impassível. Ficam assim alguns minutos, a medir forças. A motorista tenta conduzir de forma a sair do impasse, a moça não arreda pé e o ônibus chega a andar uns metros, devagar, com ela grudada à frente, como a impedir a passagem e o andamento.
Nós todos ali dentro, uns oito, perplexos.
A motorista manda a moça sair e ameaça que vai chamar a polícia. A moça não sai e continua na mesma ridícula posição, agora parecendo querer empurrar o ônibus para trás.
Começo a ficar nervosa com aquilo, já quase levantando e tentando intermediar, quando a porta é aberta e a moça entra, finalmente, aos gritos.
- A senhora é muito desumana, não custava nada abrir-me a porta. A próxima camioneta só passa daqui a vinte minutos e eu não posso chegar atrasada ao trabalho, dependo dele e tenho filho prá sustentar.
- E você é muito mal educada. Não podemos abrir portas fora das paragens, seja pelo motivo que for. Só abri mesmo derivado aos passageiros que estão aqui dentro. E se eu lhe desse uma mocada? Eu era culpada? Você não estava na paragem. Não sou obrigada a abrir. Eu podia ter chamado a polícia, mas as pessoas aqui dentro também devem estar indo para o trabalho, era falta de respeito com eles. E prá além, fazia parar o trânsito. A menina acha isso normal?
- Não estava mesmo na paragem, mas a camioneta estava parada, esperando prá entrar na avenida, o que custava abrir-me a porta, pá?
Um senhor, sentado bem à minha frente, resolve envolver-se na briga, defendendo a motorista e batendo boca com a moça, mandando ela levantar mais cedo e outras coisas.
A motorista se queixa da estupidez da moça e diz que estava na rua desde as cinco da manhã, que devia ser respeitada, então achava ela normal atirar-se à frente da camioneta, daquela forma, feito uma desalmada?

A outra rebate que também, que está na rua desde cedo e exige o mesmo respeito.
Uma senhora ao meu lado, diz calmamente ao senhor à minha frente que a camioneta já havia fechado as portas, mas não havia saído da paragem, portanto, as portas deveriam ter sido abertas. Essa é que é essa. Sim senhora!
Eu não digo nada, apenas ouço e vou virando a cabeça, ora prá um lado, ora pro outro, tentando ver onde termina a confusão.
Depois pego uma caneta e começo a anotar numa das folhas da revista que vinha lendo, para não perder os detalhes.

Na parada seguinte, entram mais passageiros. As duas continuam aos berros, impassíveis, a um ponto quase irracional.
As pessoas se olham de forma curiosa, sem nada entender, mas vão entrando, afinal todos têm pressa e precisam chegar a algum lugar.
Brevíssima trégua.
A motorista arranca de novo e retoma a discussão inflamada.
Já ninguém se mete, nem o velho, que ainda vai à minha frente.
Fico pensando que a atitude não combina muito com a moça, com aquele ar de intelectual, mas depois, olhando bem, noto um ar meio pro esquisito. Tento adivinhar que motivos tão fortes levam uma pessoa a agir de forma assim tão extrema.
Ao mesmo tempo, vêm-me à mente que alguns motoristas até param fora das paragens, quando necessário, mas curiosamente são motoristas homens. Seria pelo fato de ser uma mulher, ali, no caso? Não creio. Mas é fato que as mulheres, pelo menos as daqui, parecem ser mais rígidas com as regras. Sei que parar não pode, estando fora das paragens, deve ser até proibido a eles fazerem isso. Mas alguns fazem, já vi muitas vezes. E não houve crise.
Elas continuam a discussão, indiferentes a tudo.
Começo a ter medo de que se peguem, que vão mesmo à luta e chego a ver a motorista levantando do seu lugar e atirando-se aos cabelos da outra, sentada no primeiro banco, bem atrás dela, apenas separadas pelo vidro, tal é o calor da contenda.
Mas não. Ainda bem que não. Havia de ser um fiasco engraçado.
Felizmente, algumas paradas depois, a moça desce e o ônibus volta a ficar em silêncio. Uns recomeçam a ler o jornal, outros encolhem-se cheios de frio, dentro dos seus casacos e cachecóis, parecendo olhar um ponto fixo qualquer lá fora, como quem não tem nada a ver com coisa alguma.
Eu volto a espiar a revista, já mais descansada, mas pensando ainda no assunto.
E rio sozinha, sem que os outros vejam.
Gente mais doida...

Agora, contando, a cena já me soa engraçada, mas na hora fiquei mesmo
aflita.
Nunca tinha visto alguém ter uma atitude destas, de tentar segurar um ônibus em andamento.
Francamente, as pessoas vivem a surpreender-nos.

domingo, janeiro 18, 2009

I´m so sad.


It´s Sunday.
There´s NOTHING to say.
What can I do?
Persons are as they are.
Today I´m sad.
But just for today.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Agora vai...

Os dias são mais ou menos iguais, quando está frio.
A diferença é que hoje fui caminhar. E mais, fui duas vezes. Uma vez, sozinha. Outra, quando o Arsénio chegou em casa depois do trabalho, muito bem disposto e, com vontade de se exercitar, foi logo vestindo um abrigo (fato de treino, como eles falam aqui).
A idéia era fazer o caminho à beira do Tejo. Mas este eu tinha feito antes, desta forma resolvemos revisitar o bairro, de cabo a rabo.
Há muitas coisas diferentes. Umas novas, outras reformadas. A fonte luminosa, inaugurada ontem, está muito bonita.
Foi uma bela caminhada.
Precisamos fazer isso todos os dias.
E prá isso é preciso que não chova.

Os discursos de Barack Obama


São escritos por Jon Favreau, um jovem de 27 anos, nascido em Worcester, Massachusetts, e licenciado no Holy Cross, que a partir da posse de Obama, na próxima terça-feira, dia 20, passará a fazer parte do staff do Presidente, tornando-se o mais jovem dos speechwriters (redatores de discursos) até hoje, com direito a gabinete na Casa Branca.
Sua função é ouvir as histórias que Obama conta em seu gabinete e transformá-las em metáforas ricas em contexto histórico.
Há quatro anos trabalham juntos. Trabalhou por mais de dois anos no gabinete de Obama, no Senado. Antes da maior parte dos discursos, Obama reune-se com o seu speechwriter durante uma hora, para lhe explicar o que pretende dizer. Favreau toma notas e delineia a primeira versão do discurso, que depois é editada e reescrita em algumas partes, por Obama. Depois fazem juntos as últimas revisões.
O Presidente eleito tem noção de que Jon é um talento raro. Entre eles há uma admiração e um respeito recíprocos e Obama confia nos instintos e na capacidade de Jon, diz o porta-voz de Obama, Tommy Vietor.
Na terça-feira, dia da Posse, Obama mais uma vez avançará confiante, levando no bolso do casaco um discurso de Favreau.

Extraído da Revista SÁBADO nº 246 - Eli Saslow/Exclusivo Washington Post

Dizem por aí...

Que usar a Internet ativa mais o cérebro do que ler um livro.

Quando pesquisamos na Internet ativamos mais circuitos cerebrais do que quando lemos um livro.

Quase todas as partes do cérebro são exercitadas, mas sobretudo o lobo frontal, que está relacionado com a tomada de decisões e o raciocínio crítico.

Pesquisar na Internet é o exercício que mais desenvolve o raciocínio. No futuro, vamos controlar o computador com o pensamento, mas perderemos a capacidade de identificar a emoção dos outros.

Os adolescentes passam tantas horas no computador, que não aprendem a identificar as emoções dos outros, não olham nos olhos.

O contato com as tecnologias, principalmente com a Internet, está a enfraquecer as relações sociais.
Os líderes do futuro vão ser os que dominam a tecnologia e, ao mesmo tempo, o contato humano.

São palavras de Gary Small, neurocientista e psiquiatra na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, autor do primeiro estudo sobre a influência da Internet no cérebro.

Como em tudo, há o lado bom e outro nem tanto.
Se é real ou não, só com o tempo.
Mas não custa refletir sobre.

Entrevista publicada na Revista SÁBADO nº 246 - Texto de Vanda Marques

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Inverninho básico.



Então, cá estamos de novo, eu e o meu bonezinho inseparável, nestes dias de frio e de chuva.
Não fiz muita coisa hoje. O mar não tava prá peixe. Chuva e frio não são o tempo melhor prá se andar por aí a bater pernas ou o que quer que seja.
E eu tava mais ou menos de plantão, esperando notícias do Gabriel e da Rê, que viajaram ontem do Brasil, de volta a Dublin. Essas viagens mais longas sempre deixam a gente um pouco apreensivos, pelos atrasos, pelas complicações que às vezes acontecem nos aeroportos, essas coisas.
Mas chegaram super bem, antes ainda do horário previsto, e fizeram uma ótima viagem, graças a Deus. Agora é começar tudo de novo, nas tarefas do dia-a-dia. Estudar, trabalhar, batalhar e aproveitar ao máximo a experiência. Eles são jovens e cheios de sonhos e Deus ajuda a quem sonha com vontade.
A gente torce. Sempre.
E acende velinha aqui, ali...reza.
Mãe também é prá isso, não é verdade?
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Logo que acordei, olhei prá fora e dei com a cena.
Eu toda encolhida, a olhar lá prá baixo pela vidraça da varanda, e o velhinho aquele correndo no frio e na chuva, com o seu abrigo de sempre, uma capa de chuva e o chapeuzinho, prá não se molhar. Mas correndo, como corre em todos os dias, naquele passinho miúdo e contínuo.
Fiquei com vergonha da minha preguiça e falta de coragem prá encarar a rua.
Admiro quem tem esta força de vontade, ainda mais na idade dele, que não tem menos do que uns setenta anos.
Quando crescer, quero ser que nem ele.
Não resisti, tive que fotografar.


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Andei toda a manhã a fazer coisas em casa, sempre há muito o que fazer. Se não houvesse, a gente inventava.
Depois li, fiz comida, ouvi música, fiz contas, essas coisas que se faz em dias cinzas chuvosos.
À tarde criei coragem e fui à rua, precisava cortar o cabelo.
Lá ficaram uns bons centímetros de madeixas que, segundo a minha filha Carol, são a minha marca registrada.
A princípio achei que a moça tinha exagerado, mas depois até achei bom, manter cabelos compridos no inverno é um pouco complicado.
E cabelo cresce rapidinho.


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Foi na VISÃO que li.

Asterix, o Gaulês, criação de Albert Uderzo e René Goscinny, completa em 2009 a respeitável idade de 50 anos, como eu.
Passadas cinco décadas, 33 álbuns (oito deles já sem Goscinny) e um sucesso planetário, traduzido em mais de uma centena de línguas, incluindo mirandês e crioulo das Antilhas, há novidades no horizonte. Um novo álbum está prá ser lançado este ano, declarou Uderzo, provavelmente em outubro, data da primeira apresentação da série na revista francesa Pilote.
Eu vou adorar, não tenham dúvida. Trata-se de um caso muito antigo de amor à primeira vista.
Ah...pois é!
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quarta-feira, janeiro 14, 2009

Pois é...

Deixem-me lá dizer que adorei o livro da Adriana Calcanhoto, Saga Lusa.
Li depressa, é verdade, mas é muito legal e levinho, prá além de ser muito inteligente. Pssssss...já tinha falado isso, né? Mas não faz mal, vale repetir.

Já o do Saramago ainda não consegui terminar. Dei um tempinho, mas até sábado chego à última página, de certeza.
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Não é novidade, mas nunca é demais dizer. Os alimentos biológicos dão de 1000 a zero nos alimentos convencionais. Há uma bela matéria na Sábado nº 245, da semana passada. Não vou me alongar, só vou falar da maçã, como um simples exemplo, de acordo com a matéria veiculada.
A maçã biológica:
-Tem até mais 45% de flavonóides e cinco vezes mais de antocianina, ambos antioxidantes.
-Ajudam a prevenir diabetes, doenças cardiovasculares, demência e, sobretudo, o câncer.
-Tem até mais de 67% de vitamina C. Além de antioxidante, aumenta a imunidade.
-Tem até mais 47% de ação antioxidante no purê de maçã, mas este efeito diminui quase em 30% com a pasteurização.

Uma maçã convencional NÃO TEM qualquer vantagem sobre as maçãs biológicas.

Vale a pena pesquisar e conferir o assunto.
Pelo sim, pelo não, em Portugal, o setor da agricultura biológica aumenta cerca de 34% por ano.
Resta então saber o que realmente é orgânico e o que se diz orgânico.
Uma das formas é, sem dúvida, o gosto e o aspecto dos alimentos.
É a tal máxima, nem tudo o que reluz é ouro.
O gosto é muito mais acentuado e a forma mais imperfeita.
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Fomos ver Austrália, na sexta passada.
Grande filme, vale a pena.
Agora estou super curiosa com A Troca.
Pelos comentários, o trabalho de Clint Eastwood, tendo no papel principal Angelina Jolie, é um belo estudo sobre o caráter humano e tem grande valor dramático.
Quero mesmo ver.

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Ando lendo sobre Gestão de Pessoas, a atualização é sempre necessária.
E há uma questão básica em gestão, e não só, em que acredito piamente e que acho que nunca vá sair de moda:

O que vocês faz sobrepõe-se ao que você diz.
A atitude é o que conta. As contradições percebidas entre palavras e atos podem fazer muitos estragos.

O resto é batatinha...
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Gente, uma bela noite.

Gabriel e Rê, (voltando prá Dublin), façam uma excelente viagem, que Deus os acompanhe e proteja. E que tudo continue dando super certo por lá. Um sonho tem ainda mais valor quando sonhado a dois.
Torcemos muito por vocês!
Muita Luz, Saúde e Amor.

Para todos os meus filhotes, que Deus os ilumine e guarde, sempre.
Amém.